quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Última hora - António Mor administrador do CHMT

António Mor no Conselho de Administração do CHMT.
Para quem não queria ninguém da lógica do triângulo Abrantes-Tomar-Torres Novas, para ser equidistante na gestão das valências e na gestão delicada das relações entre estas três unidades da mesma entidade administrativa...
Afinal, saiu tudo ao contrário.
Em princípio, serão boas notícias para Abrantes.
António Mor é um profundo conhecedor da saúde, pelo menos em Abrantes. É presidente da Comissão Concelhia de Saúde desde o ano passado mas a sua ligação aos hospitais remonta aos tempos do serviço médico à periferia.
Acompanhou com fervor todo o processo de retirada de valências a Abrantes e foi dos mais indignados quando, por exemplo, o serviço de Urologia deixou de funcionar aqui no nosso hospital. Disse-o em pública e disse-me a mim em privado - e não estou a cometer nenhuma inconfidência, porque era este mesmo o nosso sentimento na Comissão Concelhia de Saúde. António Mor tem sido, pelo menos até aqui, um feroz adepto da manutenção - e até reforço - das competências e capacidades do hospital de Abrantes.
Esperemos que faça um bom trabalho e que consiga reforçar o peso da unidade de Abrantes no contexto do Médio Tejo.
Faço votos para que assim seja e espero que a sua determinação, a partir de hoje, seja a mesma que vinha mantendo até aqui. Por outras palavras, que não se deixe vencer pelo comodismo, pelas situações de meias-tintas, de 'nim', de compromisso institucional.
Espero - sinceramente - que consiga fazer, agora com poder, tudo aquilo que reivindicou quando era um atento observador do que se passava e dos 'ataques' que iam sendo desferido ao Hospital de Abrantes. Que a sua luta de ontem seja a de hoje e de amanhã, porque a pessoa é a mesma, a função é que é outra, para melhor. Para ele e, esperamos, para nós, enquanto comunidade.
Boa sorte António Mor. Parabéns aos socialistas de Abrantes que conseguiram fazer prevalecer esta nomeação, contrária aos propósitos iniciais de formar um grupo totalmente neutral, de fora dos circuitos regionais.
Ainda há dias (há uma semana!) um deputado socialista do distrito me dizia que isto não iria acontecer e que o conselho de administração seria totalmente exterior à realidade de Abrantes, Tomar e Torres Novas.
A política é assim mesmo.

Uma solução para as quotas

Pagar as quotas até 10 dias antes não é boa opção. Como se tem visto pelo triste espectáculo do PSD.
Permitir pagar no próprio dia das eleições, na sede, será ainda pior, na minha opinião, porque aumenta a confusão e as influências e permite que ande dinheiro vivo a saltar de mão em mão.
Que solução de compromisso, então?
Penso que uma opção possível, abrangente, plural, inclusiva, não sujeita a caciquismos de última hora é adoptar a solução de ver quem tem as quotas do ano anterior em dia.
Quem tem, possuirá todos os seus direitos; quem não tem, não poderá ter capacidade eleitoral activa nem passiva. Assim, as regras são conhecidas de todos, não há pressões de última hora, não há sindicatos de votos com base na compra dos mesmo pelo pagamento das quotas feitas pelas estruturas de campanhas, e os militantes sabem que, se esquecerem de cumprir as suas obrigações até 31.Dez, durante todo o ano seguinte, não poderão concorrer nem ser eleitos.
É apenas uma das opções possíveis.

A turbulência do instável PSD

Os analistas políticos têm-se deleitado com o clima de guerrilha que se vive no PSD.
Tenho para mim que esta situação dos cadernos eleitorais um dia teria de rebentar.
Nenhuma liderança consegue resistir à tentação de os dominar e os arrebanhamentos são comuns, pelo menos entre PSD e PS.
Infelizmente, a bomba rebentou nas mãos do PSD.
No PS também há sindicatos de votos e gente a pagar quotas em nome de outro. No PS podem pagar-se quotas à bica das urnas, dentro da sede, o que alimenta ainda mais as possibilidades de haver quem – na posse de uns euros e com forte ambição de vitória – estar passivamente na sede à espera dos militantes que ‘comprou’, pagando-lhe ali as quotas, passando-lhe as notas para a mão e facilitando, desse modo, a forma como se podem controlar grupos e sindicar votos.
Ao menos no PSD ainda são exigido cheques individuais. Ou pagamento por vale – o que já aumenta a possibilidade de ser outro a pagar, nos CTT, como deverá ter acontecido, quer na candidatura de Menezes, quer na de Mendes. Ou o pagamento por Multibanco. Aqui a coisa é mais difícil. Excluir militantes dos cadernos eleitorais, por mera suspeição – não comprovada e não comprovável – de que terá sido a mesma pessoa a estar fechada numa caixa durante 4 ou 5 horas, por mais que isso seja plausível, é uma atitude discricionária do Presidente da Jurisdição que envergonha qualquer militante.
Para mim, que nunca morri de amores por Guilherme Silva, não é novidade nenhuma. Ele é capaz disso e de muito mais. Até de alterar o Regulamentos do Congresso, coisa que pensei ser impossível. Permitir aos militantes dos Açores que votem até mais tarde do que o prazo fixado em Regulamento é alterar o Regulamento. E essa é uma tarefa vedada à Jurisdição. Só o Conselho Nacional o pode fazer. Daí o desafio feito – e bem – por Menezes para que Manuela Ferreira Leite convocasse o Conselho Nacional para permitir a alteração do Regulamento do Congresso. Coisa que ainda não sucedeu. Logo, o acto da Jurisdição Nacional do PSD é um acto nulo, não produzindo efeitos. Por isso, se Menezes perder poderá impugnar as eleições. E bem. O que determinará a intervenção de tribunais exteriores ao PSD. O que já me entristece, mas tenho de aceitar. É a vida.
Posto isto, acredito que a vida no PSD nunca mais será como até aqui. As posições ficaram, de facto, muito extremadas. De um lado, os agarrados ao poder lutam desesperadamente por mantê-lo, nem que seja ir pedir apoio aos índios do Brasil.
Se Mendes ganhar, não terá mais o respeito dos portugueses porque ficará associado a uma ‘chapelada’. Se Menezes vencer, terá uma moratória curta, curtíssima, para pacificar o partido – no máximo um mês – sob pena de, se não o conseguir fazer, perder de imediato a sua capacidade reformadora e de afrmação.
Lamento que tudo isto se esteja a passar mas também sinto que se trata de um processo lento de limpeza dos tradicionais fazedores de política no PSD.
Prevejo mesmo que, ganhe quem ganhar, a tendência dos militantes – e dos cidadãos – seja muito mais olhar para os próximos perfis de possíveis líderes: Rui Rio, Morais Sarmento, Aguiar Branco, Pedro Passos Coelho, Alexandre Relvas, Jorge Moreira da Silva.
Dito isto, devo ainda dizer que duvido que amanhã se verifiquem eleições directas no PSD. Duvido mesmo muito. Ainda assim, lá irei hoje à noite entregar uma lista de candidatos a delegados ao Congresso.
Quem esteve bem ontem foi Pedro Santana Lopes. A sua atitude de indignação na SIC Notícias foi uma lufada de lucidez no panorama político. A estação dirigida por Ricardo Costa quebrou-lhe a entrevista para dar um directo da chegada de Mourinho ao aeroporto. Indignado pelo facto de o país estar ‘doido’, Santana Lopes recusou que a sua entrevista fosse vista como mais um folhetim de espectáculo e transmitiu serenamente a sua discordância pelo facto de lhe cortarem a entrevista, sobre um assunto sério, para dar a chegada ao aeroporto de um treinador de futebol.
Esteve muito bem Santana Lopes. Espero que faça pedagogia e mais lhe sigam o exemplo, para ver se o nível das televisões melhora para além da espuma dos dias, do sangue e da faca na liga, da faca na Liga, da Liga na faca, ou da Liga sem e com treinadores.
Com tudo isto, chegamos ao plano distrital. Como será o partido no distrito depois destas episódios, depois da nova liderança, depois do Congresso?
Para já, fica apenas a interrogação. E algumas reflexões, que não transmito ainda e que estou a formar, com a análise de faço da situação e da troca de impressões que vou fazendo, aqui e acolá, espaçadamente, com militantes com quem me encontro, seja fisicamente, seja através dos meios de comunicação (telefone, mail, chat,…). As tecnologias são impressionantes e têm o condão de nos fazer sentir mais próximos.
Por Abrantes, as eleições para os novos órgãos dirigentes estão marcadas para 20 de Outubro.
Que consequências poderá ter o Congresso Nacional e as lutas nacionais para a formação das listas a nível local? Sobretudo quando se sabe que o principal apoiante da candidatura de Marques Mendes em Abrantes surge por ligações familiares com o mandatário distrital, por ausência de mais nomes no nosso concelho, a viver no concelho.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Sondagem

Prossegue a disputa interna no PSD.
Hoje há um almoço com autarcas do PSD e o candidato Marques Mendes em Santarém. Na próxima 6ª feira, o mesmo Marques Mendes janta com apoiantes em Ourém.
Quanto a Luís Filipe Menezes, ainda não está marcado o dia e a hora do encontro com apoiantes, mas essa reunião também se irá realizar.
Entretanto, chegou-me às mãos um estudo de opinião efectuado pela EuroSondagem, nos dias 4, 5 e 6 deste mês, portanto há menos de uma semana.
O questionário era simples: depois da caracterização do entrevistado (sexo, faixa etária e região de residência), perguntava-se em que partido tinha votado nas últimas eleições e, finalmente, era colocada a questão, uma única questão. A saber:
Quem escolheria para líder da Oposição (Presidente do PPD/PSD)?
Antes de vos dar os resultados, vou transcrever a ficha técnica:
Estudo de Opinião efectuado pela Eurosondagem, S.A., nos dias 4, 5 e 6 de Setembro de 2007.
Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores seleccionados e supervisionados, entre as 19 horas e as 22 horas.
O Universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando em lares com telefone da rede fixa.
A amostra foi estratificada por Região (Norte – 19,9%; A.M. do Porto – 13,9%; Centro – 30,4%; A.M. de Lisboa – 26,0%; Sul – 9,8%), num total de 1.510 entrevistas validadas.
Foram efectuadas 1.869 tentativas de entrevistas e, destas, 359 (19,2%) não aceitaram colaborar no Estudo de Opinião. Foram validadas 1.510 entrevistas, correspondendo a 80,8% das tentativas realizadas.
A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo.
Desta forma aleatória resultou, em termos de sexo, (Feminino – 51,3%; Masculino – 48,7%) e, no que concerne à faixa etária, (dos 18 aos 29 anos – 22,1%; dos 30 aos 59 – 50,8%; com 60 anos ou mais – 27,1%).
O erro máximo da Amostra é de 2,52%, para um grau de probabilidade de 95,0%.
Os resultados são claros:
Resultados Globais - Luís Filipe Menezes: 38,4%; Luís Marques Mendes: 33,8%; Tem dúvidas, não sabe ou não responde: 27,8%.
Menezes é muito forte na faixa etária dos 30 aos 59 anos de idade (42,6% versus 33,8% de Marques Mendes), é igualmente forte nos jovens (35,1% versus 26,4% do seu adversário) mas perde nos mais velhos, com 60 e mais anos de idade (33,2% versus 39,8%).
Entre os votantes do PSD inquiridos no estudo, os resultados são ainda mais animadores:
Luís Filipe Menezes: 46,2%
Luís Marques Mendes: 41,6%
Tem dúvidas, não sabe ou não responde: 12,2%
Ou seja, admite-se que menos de 1/6 dos militantes ainda estão por decidir mas a diferença é de 4,6 pontos percentuais, nesta altura, a favor de Luís Filipe Menezes.
A coisa promete!

domingo, 9 de setembro de 2007

Red Bull Air Race

Até me esqueci. Na semana passada, no Sábado fui a Gaia ver os aviões. Bom espectáculo. No próximo ano talvez volte. Para quem não foi nem viu imagens na TV, aqui vão algumas das minhas, muito amadoras.









Domingo em Setembro

Domingo. Dia cinzento. O Verão está a começar a despedir-se. Voltam, por inteiro, as rotinas: deixar os filhos na escola, ser rápido nos almoços, levar e trazer. Mais as aulas de música, de inglês, de ténis, se calhar do ballet.

Infelizmente, este ano vou ser menos colaborante nestas tarefas. É o preço a pagar por estar mais longe de casa. Chego cedo a Fátima, à empresa onde trabalho, regresso tarde a Abrantes, onde resido.

Tem desvantagens? Sim. Tem vantagens? Naturalmente.

Estou mais longe das questões mundanas do nosso concelho mas também estou mais protegido emocionalmente com o que de mau se vai passado. "Penas que não se vêem, não se sentem", diz o povo. É, em parte, verdade.

Contudo, estar ao pé da porta quando os filhos são pequenos é uma vantagem. Quem sabe, um dia, se não venho para mais perto? Para já, estou bem e profissionalmente feliz e realizado. Gosto do que faço, dá-me prazer.
Amanhã é segunda-feira. Volto - voltamos à rotina - na semana em que recomeçam as rotinas escolares. Bom ano escolar!

sábado, 1 de setembro de 2007

Eleições PSD

Um amigo dizia-me há dias ao telefone que este espaço anda com pouca reflexão. Dizia ele que nem sobre as eleições para a liderança do PSD eu tomava aqui posição.
É verdade. Mas tenho posição.
Contudo, também é verdade que tenho trabalhado bastante e até tenho encontrado tempo para dar um novo ritmo a um projecto literário que vinha esboçandop desde há algum tempo e que agora está a andar a bom ritmo. Sobre isso falarei um dia.
Sobre as eleições para a liderança do PSD posso falar já: antes quero quem faça a rotura com a podridão do sistema do que a manutenção decadente (olham para os 15,8% de Lisboa) de um partido sem chama, ao lado de cuja liderança vive a maioria dos pseudo-barões, muitos deles profissionalizados na política, que não abrem espaço para ninguém, que fazem parte do bloco central de interesses, conveniências e negócios.
Acho que esta muito pequenina reflexão é o bastante, se outras razões não houvesse - e até há! Certo?