segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Primavera está quase a chegar

O Inverno ainda por aí está mas começamos já, todos, a preparar a chegada da Primavera. Com ela chegarão as flores e as folhas verdes e viçosas das árvores, os animais aí estarão com fulgor e vida e nós, que também somos animais, andaremos mais felizes.
A Primavera tem um efeito químico especial nas pessoas. Em mim, pelo menos, tem grande efeito.
Os dias amanhecem cedo e a tarde é mais longa, apetece dar passeios e saborear cada instante da vida, bebê-la em suaves goles, aproveitar cada momento, rir, cantar, saltar, retirar peças de roupa de cima do corpo e vaguear por aí.
Na Primavera fico mais comunicativo, apetece-me dizer BOM DIA em voz alta, gosto de sorrir e cumprimentar todas as pessoas, fixo-me a olhar para os pássaros e marco cada pormenor das árvores com que me familiarizei para ver até onde crescem os ramos no ano em curso.
Na Primavera fico mais positivo, tendo a esquecer muitas negatividades e angústias e fico mais confiante em mim e no futuro que terei pela frente, ao lado das pessoas que mais amo.
Ela ainda não chegou mas já me estou a preparar para a chegada da minha prima preferida: a Prima Vera.
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Nota 1: Começou mais uma edição da Feira de São Matias, em Abrantes. Ainda não a visitei mas lá irei. Parece que é a última a ser feita em Alferrarede. Até que enfim que chegará, em 2009, ao Vale da Fontinha, o sítio que defendo desde há 8 anos, pelo menos.
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Nota 2: Parece que o partido que governa o concelho tem uma surpresa preparada para apresentar em termos autárquicos. Constou-me que sim.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Passar à clandestinidade é que não?!?

Disse-me aqui o St3ves que "passar à clandestinidade é que não".
Talvez não, digo eu, embora essa seja uma grande vontade que tenho.
O mundo em que vivo, a minha comunidade local e regional, algumas pessoas, alguns hábitos e vícios são tão nocivos e tão deprimentes que o melhor é evitar mais aborrecimentos do que aqueles que a vida nos proporciona a todos, no trabalho e, por vezes, nas nossas vidas pessoais.
Vejo a minha terra a caminhar sempre no mesmo plano inclinado, com muitas opções erradas, não obstante haver aqui e acolá alguns sinais de gente que não se resigna à fatalidade da depressão do interior. Mas, em geral, vejo um futuro muito preto e branco, com muitas tonalidades de cinza, mas restringido a uma paleta de cores monocromática.
Vejo isso e vejo a ausência de soluções, de propostas, de saídas para esta crise colectiva. E sinto, infelizmente, que ninguém se importa verdadeiramente, porque pensam que o futuro colectivo não passa pela nossa acção individual.
É por isso que me sinto cansado. Cansado de lutar por ideais alternativos, sobre os quais acredito que havia maior validade. Cansado de tentar fazer ver que há outros caminhos, mas que a maioria das pessoas nem se quer maçar a ouvir, a pensar, a reflectir, a pensar em sentido crítico colectivo.
É por isso que por vezes não me apetece aqui escrever. Estou a ficar egoísta, estou a ficar mais fechado sobre o mundo alternativo que fui construindo. Vou-me refugiando na família, no trabalho e no meu paraíso de lazer (sempre que posso).

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ainda o Paul Potts

O homem canta outras coisas e até já gravou - depois do concurso - um disco. E tem uma carreira nova brilhante à suas frente.
Fiquem apenas com a semi-final, em que ele cantou Time do Say Goodbye do Andrea Boceli. Mais uma vez muito bem!

Surpreendido

Por vezes julgamos os outros de modo precipitado, pelas aparências, por aquilo que pensamos que são mesmo sem que conheçamos bem os outros.
Sempre assim foi e - infelizmente - penso que será sempre assim.
Já todos nos precipitámos em juízos de valor e tivémos que emendar a mão.
Descobri no Youtube uma história que, uma vez mais, me fez pensar nisto e foi mais uma lição de vida.
Um vendedor de telemóveis, Paul Potts de seu nome, vindo do País de Gales, vai ao programa de talentos da televisão britânica e ninguém dá nada por ele. O resultado é uma muitíssimo agradável surpresa. Em especial, cantando Nessum Dorma de forma brilhante, apenas superável por Pavarotti.
Convido-vos a verem.


O homem acaba por ir mesmo à final do Ídolos britânico. Nesta fase está ainda mais próximo da versão de Pavarotti, embora o timbre seja diferente. Mas igualmente arripiante.


E sempre, sempre, sempre humilde. Um talento vindo de onde menos se esperava.

E, no final, entre talentos igualmente fabulosos, ganhou mesmo.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Só para marcar presença

Hoje, finalmente, ao fim de alguns dias, voltei a este espaço. Tenho andado muito ocupado em termos profissionais e esgotado ao final do dia, quando chego a casa, geralmente tarde, sem vontade de escrever.
Não tenho sentido grande vontade de escrever - e essa é outra razão. Sinto-me desinspirado e, acima de tudo, sem fulgor nem motivação para escrever sobre a nossa comunidade.
Parece que vem para aí uma unidade de apoio a idosos. Faltei à reunião semanal porque, à última hora, tive de ir em trabalho a Famalicão. Mas vou analisar melhor o assunto.
Para já, neste intervalo do Benfica 1 - Nuremberga 0, é o que se me oferece dizer.
Ainda não decidi se mantenho este blog ou se passo à clandestinidade. Volto a ter pensamentos desses, tal como sucedeu no ano passado.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Entrudo

Não gosto do Carnaval. É uma época fingida, falsa, de hino à aparência, à máscara, a que possamos mostrar pessoas diferentes dentro de nós.
Quando era criança, mascarei-me muitas vezes mas fui compreendendo que a época nada tem de especial.
Por isso, vou aproveitar o dia e vou para o paraíso. Sempre me posso considerar mascarado de agricultor... só que, sem ser a fingir.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Um homem com passado

Com este exemplo do nosso Primeiro-Ministro, como é que alguns presidente de Câmara Municipal que conheço terão autoridade moral para impedir agora a tão habitual ‘traficância’ de assinaturas de projectos?
Terão sido praticados crimes, o que é aceitável num homem que já disse, e de quem já se disse, por diversas vezes, ser um homem normal, não providencial. Mas o juízo que cada um faz sobre a formação ética deste tipo de atitudes, que não constituem bom exemplo para ninguém, vindo de um homem que passa a vida a impor regras de sacrifício, dor e amargura aos portugueses, não pode ser, de modo algum, positivo.
Há autarcas que ‘proibiram’ técnicos das suas autarquias de participar nesta espécie de ‘cambalachos’ – e bem. Ficam agora diminuídos porque os técnicos poderão dizer que se o Primeiro-Ministro também ‘jogava nesta divisão’, porque não hão-de eles poder fazer o mesmo?
Pode também ser lido
aqui.