segunda-feira, 31 de outubro de 2005
Fim de semana prolongado
sexta-feira, 28 de outubro de 2005
Acordar
quarta-feira, 26 de outubro de 2005
Antes de comprar um novo par de sapatos, pare e pense
Quantas vezes compramos coisas de que não precisamos?
O mundo em que vivemos leva-nos a não pensar muito nos problemas que seres humanos sentem na pele todos os dias.
Vivemos, trabalhamos, temos o nosso ordenado, compramos coisas necessárias e úteis e vamos seguindo a nossa vida.
Porém, quantas vezes cedemos e compramos algo de que não precisamos MESMO?
Por exemplo, um par de sapatos. É um exemplo. Há pessoas que têm armários cheios de sapatos com poucas horas de uso. Vale a pena olhar para a imagem que se segue.
Uma fotografia que já venceu 3 prémios internacionais e que dispensa comentários. Só nos remete para uma reflexão sobre o sentido da vida e dos nossos gastos supérfluos e desnecessários.
Cá vai, mais uma vez agradecendo ao meu amigo Nuno Romão pelo seu envio.
Lamento não poder creditar a foto, mas desconheço o seu autor. Peço desculpas por isso. Se viesse creditada, aqui ficaria o registo. Como sempre faço.
domingo, 23 de outubro de 2005
O Código Da Vinci
Comecei a lei, apenas na passada sexta-feira, o livro de Dan Brown, composto de 536 páginas.
Bem sei que já muita gente o leu antes de mim mas, embora me tenha sido oferecido há cerca de um ano, ainda não tinha tido oportunidade de o começar a ler.
É fantástico, muito interessante. Vou na página 316, ao cabo de dois dias. Quanto mais se lê, mais se quer ler.
Lembrei-me da sua forte ligação à Ordem do Templo, aos Templários, cuja presença foi forte na nossa região.
Eis um belo exemplar arquitectónico da sua obra (dos Templários).
sexta-feira, 21 de outubro de 2005
A Diferença entre o Paraíso e o Inferno...
O QUE É O PARAÍSO?
.
É um lugar onde:
- a polícia é britânica;
- os cozinheiros são franceses;
- os mecânicos são alemães;
- os amantes são portugueses;
- e tudo é organizado pelos suíços.
.
O QUE É O INFERNO?
.
É um lugar onde:
- a polícia é alemã;
- os cozinheiros são ingleses;
- os mecânicos são franceses;
- os amantes são suíços;
- e tudo é organizado pelos portugueses.
(Obrigado Nuno Romão e um abraço)
quarta-feira, 19 de outubro de 2005
Por Abrantes, Por Justiça!
APELO AOS CIDADÃOS
1. Como é do conhecimento geral, o Governo concedeu isenção de sisa à venda da Central Termo-Eléctrica do Pego, feita pela EDP à TEJO ENERGIA, no ano de 1993.
5. Nesse processo, ficou definitivamente assente, em 1ª instância, que o prejuízo consequentemente sofrido pelo Município de Abrantes se cifra no valor da indemnização pedida, de 10.800.000 contos.
Presidente do Tribunal Constitucional
______________________________________________________________________________________ residente em _____________________________________________________________________________________________
titular do Bilhete de Identidade número _____________________________,
a) _________________________________________________________________
Esta intervenção cívica de todos os abrantinos, de todos os quadrantes políticos, de todas as associações, de todos os cidadãos, é urgente e fundamental.
terça-feira, 18 de outubro de 2005
Há quem diga...
domingo, 16 de outubro de 2005
Ressaca do Benfica
sábado, 15 de outubro de 2005
Fim-de-semana de Outubro
Uma bela imagem, sem dúvida.
Continuo a navegar e chego ao Extranumerário, um blog fantástico sobre poesia contemporânea. Vale a pena uma visita. O seu autor, Gonçalo Nuno Martins, que não conheço, tem veia artística.
Não resisto, após as eleições autárquicas, a transcrever o pema "A quadrilha". Cá vai:
Avelino já tem dentes do siso
Concorre com os “Malucos do riso”
E quando não vai ao bordel
Fica a ler Maquiavel
Ainda quer roubar mais vezes
Nada resta no Marco de Canavezes
O people de Felgueiras axa cool
A doutora Fátima e o saco azul
“Ela vai à bola todas as semanas
E no final paga o fino e as bifanas”
Ó Fatinha fazias cá uma falta
Nada como uma ladra pra animar a malta
Valentim é o maior do campeões
Oferece varinhas-mágicas e televisões
Festa e sardinhada na avenida
E que se lixe a câmara falida
Que o major está bem de vida
O Isaltino é um queridinho
Guarda o dinheiro do sobrinho
E ao Domingo vai à missa
Rezar pelas contas da Suíça
E se a eleição der para o torto
Compra um táxi e rouba no aeroporto
Ó ladrõezecos deixem-se de modas
O vosso problema é falta de fodas.
Não fui eu que escrevi. Mas está interessante.
sexta-feira, 14 de outubro de 2005
O que me pediram
quinta-feira, 13 de outubro de 2005
Miguel, o exaurido - Conto de ficção
As pernas tremiam que nem varas verdes. Nunca havia pensado que poderia assistir a uma cena daquelas.
Sentou-se. Levantou-se. Sentou-se. Voltou a levantar-se. Lavou a cara no bebedouro público onde, a custo, conseguiu afastar os pombos que por ali costumam habitar em dias de calor.
A escola havia-a deixado aos dez anos de idade, quando resolveu partir com os homens dos carrinhos de choque, no final de mais uma Feira Anual. Desde então, nunca mais pegou em livro algum. Mal sabia ler ou escrever, mas em contas de cabeça era um ás, ninguém o conseguia enganar. Talvez por isso ganhou o epíteto de ministro da droga.
Essa era a sua actividade. Comprar e vender, traficar, roubar. Nunca matou e não tomava drogas duras. Sabia que não o poderia fazer, pois isso seria o seu fim. Fumava uns charros, não dispensava a sua ganza.
Nunca esteve preso. Uma vez, de noite, em pleno Inverno, após o início de novo ano, conseguiu fugir por uma vala de esgoto, após uma rusga em Almada. Andou desaparecido durante quase uma semana e, quando surgiu em casa de Matilde, a namorada, ia doente. Esteve internado durante mais de um mês no Hospital, com difteria e tuberculose. Nunca mais foi o mesmo, ficou para sempre franzino, seco de peles e de olhar, sorriso triste e pose deslombada.
Porém, naquela noite, teve de se fazer forte e corajoso.
Entrara em casa de Matilde, como habitualmente, em busca do seu sossego e de um pouco de conforto no regaço da sua amiga de infância, auxiliar num lar de crianças abandonadas. Uma mulher pobre mas honrada, amargurada pelos azares que a vida lhe trouxe mas séria, triste mas digna. Nunca disse a Miguel que uma certa vez, abortou, impedindo que o filho de ambos chegasse a nascer. Estava de esperanças há 8 semanas quando decidiu que o rebento nunca haveria de conhecer este mundo, nem o pai, nem a mãe. Para não ter de cair na mesma vida, na mesma miséria, na mesma desgraça. Fê-lo por amor.
Miguel procurou Matilde mas não a encontrou. Por isso, sentou-se e ligou o televisor. Enrolou mais um charro, que tragou com uma mini e adormeceu ainda antes do final da primeira parte do jogo entre o Benfica e o Sporting, um clássico que não lhe despertou interesse. O seu desinteresse era devido a outros interesses da sua vida.
Quando acordou, pelas quatro da madrugada, estava amarrado a uma cadeira, a casa revolvida e Matilde, em frente de si, enforcada com um bilhete pendurado no vestido e o seio pendurado por fora do vestido rasgado.
Ao longe, Miguel conseguiu ler: “NUNCA MAIS VENDAS DROGA IMPURA. ÉS O PRÓXIMO”. A assinatura era de Cajó, um cliente, que agiu assim zangado com a falta de pureza do ‘cavalo’ que Miguel lhe havia vendido.
Atrás de si, um rastilho consumia-se em direcção a uma botija de gás. E ele amarrado, impotente para se mover, sem força para sair dali.
Conseguiu ir buscar forças onde nunca pensou que elas estariam guardadas e atirou-se para o chão, rastejando em direcção à porta da rua. Estava fechada. Restou-lhe fazer novo esforço e atirar-se da janela.
Caiu do primeiro andar no pavimento de terra batida e a cadeira, partiu-se. Conseguiu fugir mais uns metros e, ao olhar para trás, viu desaparecer num colorido vermelho, amarelo e laranja, toda uma existência, uma vida e conforto.
Correu o mais que pode e foi assim que o encontrei.
Miguel vinha exaurido.
quarta-feira, 12 de outubro de 2005
Dias do futuro
A neblina do chuvisco, num dia austero de chuva forte outonal com o céu forrado a seda cinzenta impede-me de ver os recortes precisos do horizonte. Tudo fica desfocado. Tudo fica diluído e perde-se a nitidez da linha do horizonte e parte da amplitude da vida.