O problema do arsénico (ou arsénio) é sério. Há quem, levianamente, diga que é falso o que afirmei e que apenas quero mal a Abrantes por ter a coragem de tornar pública a minha opinião. Há quem pense - erradamente - que tudo o que toda a gente escreve deve ser a bajular o poder executivo.
Mas se eu não votei neles, se não os apoio e se defendo outro modelo, esperam o quê? O impossível, por certo.
Não, não vou por aí. Mais vale deixarem de me ler, aqueles que não gostam do que escrevo, porque eu não vou para de escrever, de reflectir, de aqui colocar o meu pensamento. Pelo menos eu tenho essa coragem, ao contrário de alguns mutantes. O mais recente dá pelo nome (na blogoesfera) de "abdulmatata". Um cobarde - mais um - no anonimato. Por favor, devo conhecê-lo (porque me trata por "tu") mas faça o favor que vai à casa de banho ter a sua habitual diarreia, desligue-se desta página e não volte cá mais, porque não faz cá falta nenhuma. Faça o seu próprio blog, avise-me do endereço, para que não me esqueça de nunca o visitar, OK?
Voltando ao arsénico, o problema é mesmo muito sério em algumas regiões do país, mas também noutros pontos do planeta. Por exemplo, no Bangladesh, como relata a "ecoesfera".
De tal modo assim é que a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) veio anunciar, já em 2002, um novo método para descontaminar a água para consumo humano.
Segundo a ecoesfera, no Bangladesh, "a intoxicação por arsénico, causada pela ingestão de água de poços contaminados, continua a ser uma ameaça para a saúde dos seus habitantes".
Por isso, "o novo método para tratamento da água, designado STAR (Stevens Technology for Arsenic Removal), do Instituto norte-americano Stevens, de New Jersey, já foi testado por uma organização não governamental (ONG) no distrito de Chandpur".
É um assunto mesmo delicado porque o Bangladesh "está a passar pela maior intoxicação colectiva de uma população", devido aos elevados níveis de arsénico existentes na água para consumo.
E a OMS adianta como consequência o facto de os habitantes daquele país oriental estarem a ser confrontados com cancros cutâneos, tumores na bexiga, rins e pulmões, problemas de circulação sanguínea e hipertensão".
Por cá, como é?
Quantos cancros, quantas mal-formações, quantos problemas respiratórios, de hipertensão e de circulação poderá ter sido gerados/agravados com a existência da arsénico na água? Seja em Ponte de Sor, seja nos concelhos ao norte de Portugal onde as concentrações excedem largamente os valores limite, seja em Tramagal, onde excedem pouco (mas excedem! ou excederam em 2004) mas onde estamos em presença da 3ª maior população exposta, superior a 4 mil pessoas.
A responsabilidade de controlo de qualidade da água é da Câmara Municipal (onde os Serviços Municipalizados estão integrados).
Existe um Laboratório, aliás muito alardeado de ser bom (e deve ser): o A_Logos.
Os responsáveis políticos sabiam da existência de arsénico a mais na água de Tramagal?
Fizeram o quê para informar/avisar as populações?
Fizeram o quê para melhorar a dita qualidade da água?
Quem mais sabia e, todos juntos, fizeram o quê?
Que segurança podemos ter na água que pagamos como potável e que nem sempre o é, sem que ninguém informe convenientemente que situações anómalas se passam?
Relembro que a OMS recomenda um nível máximo de arsénico na água para consumo de 0,01 miligramas por litro.
E ainda há quem ache que com isto alguém pode estar a mentir (eu) só com o intuito de dizer mal (por dizer mal) da Câmara Municipal de Abrantes.
Francamente... não há pachorra. O pior cego é o que não quer ver. De facto, é!
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