segunda-feira, 11 de setembro de 2006

O nosso Castelo

(foto retirada de http://castelosdeportugal.no.sapo.pt/fotosdecastelos/abrantes2.jpg)



O Castelo de Abrantes é um imóvel de interesse público. Não é Monumento Nacional mas é mais do que Imóvel de Interesse Municipal. É o que temos e é bom. Temos de aproveitar essa vantagem que muitos não têm.
É um ponto de visita obrigatório para todos os que nos visitam, para a comunidade escolar, para o reforço da identidade local. Não há povos com futuro sem memória do passado. Abrantes tem um passado riquíssimo, com fortes tradições, com estórias relevantes, com importantes contributos do Castelo para a história militar, religiosa, das artes, entre outras.
O Castelo deve, por isso, oferecer aos visitantes, a possibilidade de estes nos ficarem a conhecer melhor. Deve abrir caminho para outras visitas a monumentos (Igrejas, edifícios notáveis), a espaços de lazer, convidar a ficar e estar (oferta hoteleira), a comer (gastronomia e doçaria).
O Castelo de Abrantes pode e deve ser a porta de entrada de quem nos viista, para um conhecimento mais profundo das nossas forças e riquezas.
Não é incompatível que no próprio Castelo possa existir comércio, em paralelo com as actividades inerentes a este amplo espaço-museu, depósito de memórias incontáveis.
O próprio Museu, recentemente intervencionado, tem de ver reforçado o seu papel.
Há medidas importantes a tomar, nomeadamente a introdução de novos conceitos interactivos com o público visitante, capazes de proporcionar a fruição e alguma comercial, designadamente merchandising e restauração, realização de eventos medievais, realização de concertos musicais, espectáculos teatrais e reconstituições históricas.
A própria figura do fundador da pátria e de Abrantes, D. Afonso Henriques, deverá ser explorada e elevada a marca a promover. Quantos concelhos promovem figuras históricas, tantas vezes com duvidosas provas da sua passagem por esses concelhos. Camões viveu em Constância? Qual o grau de afinidade de Gil Vicente com Sardoal? Isto para falar apenas de casos vizinhos. Contudo, D. Afonso Henriques esteve cá, teve papel determinante na conquista de Abrantes aos Mouros e por aqui deixou herdeiros.
O Outeiro de São Pedro foi agora utilizado como espaço de diversão musical durante quatro fins-de semana. Foi essa a opção.
Contudo, entendo que outro uso pode ser dado a esse espaço, talvez cumulativamente ou sem prejuízo desse tipo de eventos.
O Outeiro de São Pedro pode e deve ser a porta de acesso de visitantes ao Castelo, com melhoria da iluminação de acesso, construção de bolsa de estacionamento no exterior e local de fruição e contemplação, no interior do espaço murado.
Fazendo isso estamos, não só a honrar a memória do passado, como também a projectar Abrantes para o futuro, com todas as suas riquezas históricas, culturais e sociais, não enjeitando as vantagens que daí poderemos obter para o desenvolvimento do turismo.
Será uma nova fase: a fase de Abrantes Viva! O quanto antes...

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