A mudança, a evolução com inovação, sobretudo assumindo com coragem que se mudou de opinião, de atitude e de posição na vida, são atitudes inteligentes.
No mundo da política é muito raro assistirmos a episódios destes, de assunção de rupturas com o passado, empreendidas pelos mesmos que vinham defendendo caminhos distintos.
Infelizmente. Parece que temos dificuldade em demonstrar que somos humanos e erramos, por vezes. Maldito orgulho do ser humano que, quando são os nossos adversários a mostrarem-nos que errámos, nos impede de o fazermos e de o assumirmos. Embora interiormente saibamos que o outro tem razão, resistimos a conceder-lhe esse crédito.
Explico melhor. Durante 4 anos, Pedro Marques e João Miguel Salvador, na Câmara Municipal, bem como todos os membros eleitos e Presidentes de Junta de Freguesia eleitos pelo PSD, assumiram sempre uma posição crítica face à estratégia da Abrampolis, empresa municipal de desenvolvimento detida a 100% pelo Município de Abrantes.
Para nós, era errado assumir uma vocação de mediador e operador imobiliário.
Para nós, gerir os “trocos” (não são assim tão poucos – cerca de 50 mil euros por ano) dos parques de estacionamento da cidade de Abrantes, era pouco.
Para nós, a Abrampolis deveria vocacionar-se para a criação de projectos estruturantes que gerassem riqueza, emprego, dinamização de espaços vocacionados para o turismo, o lazer, o desenvolvimento de projectos na área cultural, sobretudo isso.
Ficou sempre clara a nossa posição. Crítica, sim, mas com enunciação de outro modo de ver as coisas.
Agora, finalmente, após as eleições e a tomada de posse de nova equipa gestionária no Município, ficámos a saber que a Abrampolis vai inflectir a sua estratégia e vai dedicar-se a outro tipo de actividades, mais viradas para a criação de riqueza, o aproveitamento de nichos de mercado específicos, nas áreas do turismo, do lazer e não só. Manterá uma vocação imobiliária mas não exclusiva.
Contudo, o Orçamento e Plano Plurianual de Actividades, ontem votado e aprovado na Câmara Municipal de Abrantes, não defende ainda esse caminho. É um Orçamento e um Plano de Actividades na continuidade. Por isso mesmo, os eleitos pelo PSD na autarquia votaram contra. Foi na sequência desse voto que ficámos a saber que, passados quatro anos de andarem a defender o contrário, os eleitos pelo PS, afinal, sem quererem assumir que tínhamos razão, vão mudar a sua atitude para a gestão da Abrampolis.
Mesmo sem o fazerem de modo explícito – como se perdessem dignidade ou honra assumindo que a sua visão para a gestão da Abrampolis, ao longo dos quatro últimos anos, não foi a mais correcta, sendo a nossa mais próxima daquilo que agora vão assumir – não deixo de felicitar esta atitude lúcida de emendar, corrigir, romper, inovar que se anuncia e se espera venha a ter resultados concretos e palpáveis no terreno.
Fica o registo, pela satisfação que o assunto em mim provocou.
No mundo da política é muito raro assistirmos a episódios destes, de assunção de rupturas com o passado, empreendidas pelos mesmos que vinham defendendo caminhos distintos.
Infelizmente. Parece que temos dificuldade em demonstrar que somos humanos e erramos, por vezes. Maldito orgulho do ser humano que, quando são os nossos adversários a mostrarem-nos que errámos, nos impede de o fazermos e de o assumirmos. Embora interiormente saibamos que o outro tem razão, resistimos a conceder-lhe esse crédito.
Explico melhor. Durante 4 anos, Pedro Marques e João Miguel Salvador, na Câmara Municipal, bem como todos os membros eleitos e Presidentes de Junta de Freguesia eleitos pelo PSD, assumiram sempre uma posição crítica face à estratégia da Abrampolis, empresa municipal de desenvolvimento detida a 100% pelo Município de Abrantes.
Para nós, era errado assumir uma vocação de mediador e operador imobiliário.
Para nós, gerir os “trocos” (não são assim tão poucos – cerca de 50 mil euros por ano) dos parques de estacionamento da cidade de Abrantes, era pouco.
Para nós, a Abrampolis deveria vocacionar-se para a criação de projectos estruturantes que gerassem riqueza, emprego, dinamização de espaços vocacionados para o turismo, o lazer, o desenvolvimento de projectos na área cultural, sobretudo isso.
Ficou sempre clara a nossa posição. Crítica, sim, mas com enunciação de outro modo de ver as coisas.
Agora, finalmente, após as eleições e a tomada de posse de nova equipa gestionária no Município, ficámos a saber que a Abrampolis vai inflectir a sua estratégia e vai dedicar-se a outro tipo de actividades, mais viradas para a criação de riqueza, o aproveitamento de nichos de mercado específicos, nas áreas do turismo, do lazer e não só. Manterá uma vocação imobiliária mas não exclusiva.
Contudo, o Orçamento e Plano Plurianual de Actividades, ontem votado e aprovado na Câmara Municipal de Abrantes, não defende ainda esse caminho. É um Orçamento e um Plano de Actividades na continuidade. Por isso mesmo, os eleitos pelo PSD na autarquia votaram contra. Foi na sequência desse voto que ficámos a saber que, passados quatro anos de andarem a defender o contrário, os eleitos pelo PS, afinal, sem quererem assumir que tínhamos razão, vão mudar a sua atitude para a gestão da Abrampolis.
Mesmo sem o fazerem de modo explícito – como se perdessem dignidade ou honra assumindo que a sua visão para a gestão da Abrampolis, ao longo dos quatro últimos anos, não foi a mais correcta, sendo a nossa mais próxima daquilo que agora vão assumir – não deixo de felicitar esta atitude lúcida de emendar, corrigir, romper, inovar que se anuncia e se espera venha a ter resultados concretos e palpáveis no terreno.
Fica o registo, pela satisfação que o assunto em mim provocou.
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