Este blog tem tantas mais visitas quanto os posts digam respeito a questões polémicas da vida política local.
Quando os assuntos são outros, mais generalistas ou sociais, transversais à sociedade, mas sem sal&pimenta, o blog perde visitantes.
Quando escrevo sobre o PS ou assuntos da vida municipal, aumentam as visitas locais e as pessoas abordam-me na rua ou enviam-me recados. Uns concordam, outros discordam mas vejo que as visitas e os comentários aumentam.
Quando escrevo sobre o PSD local ou distrital, alguns dirigentes de todo o distrito vêm também ler o que escrevi. Raramente ou nunca fazem comentários aqui escritos mas os recados chegam-me de vários lados. Dizem que “é uma pena, o rapaz até não é parvo de todo mas o que se há-de fazer, tem aquela vontade de escrever e disparar em todas as direcções”, ou ainda “o gajo não tem respeito por nada nem por ninguém, arranjou um argumento esfarrapado para se ir embora da concelhia e criou um cenário de crise por sua única vontade”, ou ainda “o gajo tem-se governado à conta e fica-lhe mal criticar os políticos, parece que está a cuspir no prato da sopa”.
Já ouvi de tudo e até pior do que escrevi atrás. Algumas pessoas contam-me as reacções alérgicas de alguns dos senhores do poder de Santarém (não todos) face aos meus escritos. Sei que o que tenho escrito os incomoda. E muito. Paciência.
Estou-me nas tintas para o que pensam e para o que dizem. Pela minha parte, direi sempre aquilo que penso, nos locais adequados. Neste espaço tenho tido a reserva ou pudor de não dizer o que penso de muitas pessoas do PSD com que privei ao longo dos anos, de exprimir o que penso de alguns. Não o fiz nem farei. Penso que é melhor assim. Há gente boa, há gente assim-assim e, depois, há a “camarilha”. Se calhar no PS é a mesma coisa e no CDS e noutros projectos políticos onde a liberdade de expressão é a regra.
Um amigo meu, muito próximo, diz-me com frequência que as pessoas só têm desilusões porque se iludem. Talvez seja isso mesmo. Se alguém se iludiu comigo e eu não correspondi às expectativas pode agora estar desiludido. Os que me iludiram também me desiludiram. É assim a vida, é só questão de sermos mais maduros e não nos deixarmos iludir com os outros. A primeira regra é não confiar cegamente em ninguém. O mundo está cheio de escroques, de gentios que se encontram cheios de soberba despudorada. A confiança ou se dá em pequenas doses, um pouco de cada vez, ou se conquista igualmente pouco a pouco. Manter uma reserva de sanidade mental é uma boa solução, preservar as amizades uma tarefa difícil mas acessível a quem está eivado de vontades profundas de respeitar os outros, tolerando as suas fraquezas e apoiando-os nos momentos de dificuldade, de angústia ou de dor. Não é fácil mas a vida seria uma maçada se tudo fosse fácil.
As pessoas, em geral, são perversas. Não vou aqui esmiuçar as teorias do bem e do mal absolutos (porque conheço alguma coisa mas não o suficiente para me expor) mas há uma tendência fortemente enraizada para que as pessoas sejam, em primeira instância, más. A bondade não é um acto natural, genuíno mas antes fruto da educação e do trabalho árduo sobre o nosso carácter. É assim que penso. É assim que justifico que algumas pessoas mudem de convicções de modo tão volátil, apenas para, através da alienação da alma, poderem exercer cargos de poder, às vezes poderes vazios, apenas formais.
Em Abrantes, na actual maioria da Câmara Municipal também assim é. Posso assegurar o que digo porque sou testemunha de coisas que ouvi e vi e que, no actual contexto, se eu não o vivesse e não estivesse presente, se apenas me fosse contado, diria ser mentira e impossível.
Em Abrantes, na vida interna do PSD também é assim. Posso igualmente assegurar o que digo pelas mesmas razões que já referi no parágrafo anterior. Os próximos dias o confirmarão. Talvez, afinal, seja tudo por uma boa causa. Talvez seja eu que não consigo atingir os motivos válidos. Talvez; por isso, é melhor mesmo fazer uma pausa. Foi uma boa decisão a que tomei em Outubro passado. É mesmo disso, de uma pausa, que eu preciso. Para não ter de ser surpreendido, em cada dia, pela avalanche de contradições a que assisto, como se fosse regular e normal a vida ter de ser mesmo assim.
Vou iniciar uma nova fase. Estou feliz por isso. E, por agora, é só isso que importa. Mas vou continuar vigilante, atentamente vigilante. E vou por aqui escrevendo, enquanto houver pelo menos uma pessoa que me leia.
O futuro, bom o futuro será o que nós fizermos e o que daí resultar. Será uma consequência das pessoas e das suas circunstâncias, no momento apropriado.
Em política nada morre, tudo pode renascer. Um dia…
Quando os assuntos são outros, mais generalistas ou sociais, transversais à sociedade, mas sem sal&pimenta, o blog perde visitantes.
Quando escrevo sobre o PS ou assuntos da vida municipal, aumentam as visitas locais e as pessoas abordam-me na rua ou enviam-me recados. Uns concordam, outros discordam mas vejo que as visitas e os comentários aumentam.
Quando escrevo sobre o PSD local ou distrital, alguns dirigentes de todo o distrito vêm também ler o que escrevi. Raramente ou nunca fazem comentários aqui escritos mas os recados chegam-me de vários lados. Dizem que “é uma pena, o rapaz até não é parvo de todo mas o que se há-de fazer, tem aquela vontade de escrever e disparar em todas as direcções”, ou ainda “o gajo não tem respeito por nada nem por ninguém, arranjou um argumento esfarrapado para se ir embora da concelhia e criou um cenário de crise por sua única vontade”, ou ainda “o gajo tem-se governado à conta e fica-lhe mal criticar os políticos, parece que está a cuspir no prato da sopa”.
Já ouvi de tudo e até pior do que escrevi atrás. Algumas pessoas contam-me as reacções alérgicas de alguns dos senhores do poder de Santarém (não todos) face aos meus escritos. Sei que o que tenho escrito os incomoda. E muito. Paciência.
Estou-me nas tintas para o que pensam e para o que dizem. Pela minha parte, direi sempre aquilo que penso, nos locais adequados. Neste espaço tenho tido a reserva ou pudor de não dizer o que penso de muitas pessoas do PSD com que privei ao longo dos anos, de exprimir o que penso de alguns. Não o fiz nem farei. Penso que é melhor assim. Há gente boa, há gente assim-assim e, depois, há a “camarilha”. Se calhar no PS é a mesma coisa e no CDS e noutros projectos políticos onde a liberdade de expressão é a regra.
Um amigo meu, muito próximo, diz-me com frequência que as pessoas só têm desilusões porque se iludem. Talvez seja isso mesmo. Se alguém se iludiu comigo e eu não correspondi às expectativas pode agora estar desiludido. Os que me iludiram também me desiludiram. É assim a vida, é só questão de sermos mais maduros e não nos deixarmos iludir com os outros. A primeira regra é não confiar cegamente em ninguém. O mundo está cheio de escroques, de gentios que se encontram cheios de soberba despudorada. A confiança ou se dá em pequenas doses, um pouco de cada vez, ou se conquista igualmente pouco a pouco. Manter uma reserva de sanidade mental é uma boa solução, preservar as amizades uma tarefa difícil mas acessível a quem está eivado de vontades profundas de respeitar os outros, tolerando as suas fraquezas e apoiando-os nos momentos de dificuldade, de angústia ou de dor. Não é fácil mas a vida seria uma maçada se tudo fosse fácil.
As pessoas, em geral, são perversas. Não vou aqui esmiuçar as teorias do bem e do mal absolutos (porque conheço alguma coisa mas não o suficiente para me expor) mas há uma tendência fortemente enraizada para que as pessoas sejam, em primeira instância, más. A bondade não é um acto natural, genuíno mas antes fruto da educação e do trabalho árduo sobre o nosso carácter. É assim que penso. É assim que justifico que algumas pessoas mudem de convicções de modo tão volátil, apenas para, através da alienação da alma, poderem exercer cargos de poder, às vezes poderes vazios, apenas formais.
Em Abrantes, na actual maioria da Câmara Municipal também assim é. Posso assegurar o que digo porque sou testemunha de coisas que ouvi e vi e que, no actual contexto, se eu não o vivesse e não estivesse presente, se apenas me fosse contado, diria ser mentira e impossível.
Em Abrantes, na vida interna do PSD também é assim. Posso igualmente assegurar o que digo pelas mesmas razões que já referi no parágrafo anterior. Os próximos dias o confirmarão. Talvez, afinal, seja tudo por uma boa causa. Talvez seja eu que não consigo atingir os motivos válidos. Talvez; por isso, é melhor mesmo fazer uma pausa. Foi uma boa decisão a que tomei em Outubro passado. É mesmo disso, de uma pausa, que eu preciso. Para não ter de ser surpreendido, em cada dia, pela avalanche de contradições a que assisto, como se fosse regular e normal a vida ter de ser mesmo assim.
Vou iniciar uma nova fase. Estou feliz por isso. E, por agora, é só isso que importa. Mas vou continuar vigilante, atentamente vigilante. E vou por aqui escrevendo, enquanto houver pelo menos uma pessoa que me leia.
O futuro, bom o futuro será o que nós fizermos e o que daí resultar. Será uma consequência das pessoas e das suas circunstâncias, no momento apropriado.
Em política nada morre, tudo pode renascer. Um dia…
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