sexta-feira, 16 de dezembro de 2005
Reflexão ziguezagueante
quarta-feira, 7 de dezembro de 2005
Apreciações
Frase do dia
segunda-feira, 28 de novembro de 2005
Nova estratégia para a Abrampolis - II
Citação 01
sexta-feira, 25 de novembro de 2005
Microsoft investe em Portugal
PSD com vantagem ligeira sobre PS
terça-feira, 22 de novembro de 2005
Sociedade do Conhecimento
segunda-feira, 21 de novembro de 2005
Uma brincadeira
11 a 12 de Novembro - Japão
quarta-feira, 16 de novembro de 2005
Peter Drucker - O adeus
terça-feira, 15 de novembro de 2005
Nova estratégia para a Abrampolis
No mundo da política é muito raro assistirmos a episódios destes, de assunção de rupturas com o passado, empreendidas pelos mesmos que vinham defendendo caminhos distintos.
Infelizmente. Parece que temos dificuldade em demonstrar que somos humanos e erramos, por vezes. Maldito orgulho do ser humano que, quando são os nossos adversários a mostrarem-nos que errámos, nos impede de o fazermos e de o assumirmos. Embora interiormente saibamos que o outro tem razão, resistimos a conceder-lhe esse crédito.
Explico melhor. Durante 4 anos, Pedro Marques e João Miguel Salvador, na Câmara Municipal, bem como todos os membros eleitos e Presidentes de Junta de Freguesia eleitos pelo PSD, assumiram sempre uma posição crítica face à estratégia da Abrampolis, empresa municipal de desenvolvimento detida a 100% pelo Município de Abrantes.
Para nós, era errado assumir uma vocação de mediador e operador imobiliário.
Para nós, gerir os “trocos” (não são assim tão poucos – cerca de 50 mil euros por ano) dos parques de estacionamento da cidade de Abrantes, era pouco.
Para nós, a Abrampolis deveria vocacionar-se para a criação de projectos estruturantes que gerassem riqueza, emprego, dinamização de espaços vocacionados para o turismo, o lazer, o desenvolvimento de projectos na área cultural, sobretudo isso.
Ficou sempre clara a nossa posição. Crítica, sim, mas com enunciação de outro modo de ver as coisas.
Agora, finalmente, após as eleições e a tomada de posse de nova equipa gestionária no Município, ficámos a saber que a Abrampolis vai inflectir a sua estratégia e vai dedicar-se a outro tipo de actividades, mais viradas para a criação de riqueza, o aproveitamento de nichos de mercado específicos, nas áreas do turismo, do lazer e não só. Manterá uma vocação imobiliária mas não exclusiva.
Contudo, o Orçamento e Plano Plurianual de Actividades, ontem votado e aprovado na Câmara Municipal de Abrantes, não defende ainda esse caminho. É um Orçamento e um Plano de Actividades na continuidade. Por isso mesmo, os eleitos pelo PSD na autarquia votaram contra. Foi na sequência desse voto que ficámos a saber que, passados quatro anos de andarem a defender o contrário, os eleitos pelo PS, afinal, sem quererem assumir que tínhamos razão, vão mudar a sua atitude para a gestão da Abrampolis.
Mesmo sem o fazerem de modo explícito – como se perdessem dignidade ou honra assumindo que a sua visão para a gestão da Abrampolis, ao longo dos quatro últimos anos, não foi a mais correcta, sendo a nossa mais próxima daquilo que agora vão assumir – não deixo de felicitar esta atitude lúcida de emendar, corrigir, romper, inovar que se anuncia e se espera venha a ter resultados concretos e palpáveis no terreno.
Fica o registo, pela satisfação que o assunto em mim provocou.
sexta-feira, 11 de novembro de 2005
Cavaco Silva
terça-feira, 8 de novembro de 2005
Portfólio 02
segunda-feira, 7 de novembro de 2005
Revoltei o baú das fotos - portfólio 01
domingo, 6 de novembro de 2005
Jorge Sampaio, certo ou errado?
sábado, 5 de novembro de 2005
Erotismo baseado em publicidade inteligente
sexta-feira, 4 de novembro de 2005
Aldrabas
Vi no Adufe e no Muro da Vergonha (onde tenho amigos) fotografias de aldrabas de portas. Acabei de aderir à recolha de imagens de belas aldrabas. Comecei por Constância e Sardoal.
Aqui ficam alguns exemplares.
terça-feira, 1 de novembro de 2005
Dia 1, dia de todos os santos
segunda-feira, 31 de outubro de 2005
Fim de semana prolongado
sexta-feira, 28 de outubro de 2005
Acordar
quarta-feira, 26 de outubro de 2005
Antes de comprar um novo par de sapatos, pare e pense
Quantas vezes compramos coisas de que não precisamos?
O mundo em que vivemos leva-nos a não pensar muito nos problemas que seres humanos sentem na pele todos os dias.
Vivemos, trabalhamos, temos o nosso ordenado, compramos coisas necessárias e úteis e vamos seguindo a nossa vida.
Porém, quantas vezes cedemos e compramos algo de que não precisamos MESMO?
Por exemplo, um par de sapatos. É um exemplo. Há pessoas que têm armários cheios de sapatos com poucas horas de uso. Vale a pena olhar para a imagem que se segue.
Uma fotografia que já venceu 3 prémios internacionais e que dispensa comentários. Só nos remete para uma reflexão sobre o sentido da vida e dos nossos gastos supérfluos e desnecessários.
Cá vai, mais uma vez agradecendo ao meu amigo Nuno Romão pelo seu envio.
Lamento não poder creditar a foto, mas desconheço o seu autor. Peço desculpas por isso. Se viesse creditada, aqui ficaria o registo. Como sempre faço.
domingo, 23 de outubro de 2005
O Código Da Vinci
Comecei a lei, apenas na passada sexta-feira, o livro de Dan Brown, composto de 536 páginas.
Bem sei que já muita gente o leu antes de mim mas, embora me tenha sido oferecido há cerca de um ano, ainda não tinha tido oportunidade de o começar a ler.
É fantástico, muito interessante. Vou na página 316, ao cabo de dois dias. Quanto mais se lê, mais se quer ler.
Lembrei-me da sua forte ligação à Ordem do Templo, aos Templários, cuja presença foi forte na nossa região.
Eis um belo exemplar arquitectónico da sua obra (dos Templários).
sexta-feira, 21 de outubro de 2005
A Diferença entre o Paraíso e o Inferno...
O QUE É O PARAÍSO?
.
É um lugar onde:
- a polícia é britânica;
- os cozinheiros são franceses;
- os mecânicos são alemães;
- os amantes são portugueses;
- e tudo é organizado pelos suíços.
.
O QUE É O INFERNO?
.
É um lugar onde:
- a polícia é alemã;
- os cozinheiros são ingleses;
- os mecânicos são franceses;
- os amantes são suíços;
- e tudo é organizado pelos portugueses.
(Obrigado Nuno Romão e um abraço)
quarta-feira, 19 de outubro de 2005
Por Abrantes, Por Justiça!
APELO AOS CIDADÃOS
1. Como é do conhecimento geral, o Governo concedeu isenção de sisa à venda da Central Termo-Eléctrica do Pego, feita pela EDP à TEJO ENERGIA, no ano de 1993.
5. Nesse processo, ficou definitivamente assente, em 1ª instância, que o prejuízo consequentemente sofrido pelo Município de Abrantes se cifra no valor da indemnização pedida, de 10.800.000 contos.
Presidente do Tribunal Constitucional
______________________________________________________________________________________ residente em _____________________________________________________________________________________________
titular do Bilhete de Identidade número _____________________________,
a) _________________________________________________________________
Esta intervenção cívica de todos os abrantinos, de todos os quadrantes políticos, de todas as associações, de todos os cidadãos, é urgente e fundamental.
terça-feira, 18 de outubro de 2005
Há quem diga...
domingo, 16 de outubro de 2005
Ressaca do Benfica
sábado, 15 de outubro de 2005
Fim-de-semana de Outubro
Uma bela imagem, sem dúvida.
Continuo a navegar e chego ao Extranumerário, um blog fantástico sobre poesia contemporânea. Vale a pena uma visita. O seu autor, Gonçalo Nuno Martins, que não conheço, tem veia artística.
Não resisto, após as eleições autárquicas, a transcrever o pema "A quadrilha". Cá vai:
Avelino já tem dentes do siso
Concorre com os “Malucos do riso”
E quando não vai ao bordel
Fica a ler Maquiavel
Ainda quer roubar mais vezes
Nada resta no Marco de Canavezes
O people de Felgueiras axa cool
A doutora Fátima e o saco azul
“Ela vai à bola todas as semanas
E no final paga o fino e as bifanas”
Ó Fatinha fazias cá uma falta
Nada como uma ladra pra animar a malta
Valentim é o maior do campeões
Oferece varinhas-mágicas e televisões
Festa e sardinhada na avenida
E que se lixe a câmara falida
Que o major está bem de vida
O Isaltino é um queridinho
Guarda o dinheiro do sobrinho
E ao Domingo vai à missa
Rezar pelas contas da Suíça
E se a eleição der para o torto
Compra um táxi e rouba no aeroporto
Ó ladrõezecos deixem-se de modas
O vosso problema é falta de fodas.
Não fui eu que escrevi. Mas está interessante.
sexta-feira, 14 de outubro de 2005
O que me pediram
quinta-feira, 13 de outubro de 2005
Miguel, o exaurido - Conto de ficção
As pernas tremiam que nem varas verdes. Nunca havia pensado que poderia assistir a uma cena daquelas.
Sentou-se. Levantou-se. Sentou-se. Voltou a levantar-se. Lavou a cara no bebedouro público onde, a custo, conseguiu afastar os pombos que por ali costumam habitar em dias de calor.
A escola havia-a deixado aos dez anos de idade, quando resolveu partir com os homens dos carrinhos de choque, no final de mais uma Feira Anual. Desde então, nunca mais pegou em livro algum. Mal sabia ler ou escrever, mas em contas de cabeça era um ás, ninguém o conseguia enganar. Talvez por isso ganhou o epíteto de ministro da droga.
Essa era a sua actividade. Comprar e vender, traficar, roubar. Nunca matou e não tomava drogas duras. Sabia que não o poderia fazer, pois isso seria o seu fim. Fumava uns charros, não dispensava a sua ganza.
Nunca esteve preso. Uma vez, de noite, em pleno Inverno, após o início de novo ano, conseguiu fugir por uma vala de esgoto, após uma rusga em Almada. Andou desaparecido durante quase uma semana e, quando surgiu em casa de Matilde, a namorada, ia doente. Esteve internado durante mais de um mês no Hospital, com difteria e tuberculose. Nunca mais foi o mesmo, ficou para sempre franzino, seco de peles e de olhar, sorriso triste e pose deslombada.
Porém, naquela noite, teve de se fazer forte e corajoso.
Entrara em casa de Matilde, como habitualmente, em busca do seu sossego e de um pouco de conforto no regaço da sua amiga de infância, auxiliar num lar de crianças abandonadas. Uma mulher pobre mas honrada, amargurada pelos azares que a vida lhe trouxe mas séria, triste mas digna. Nunca disse a Miguel que uma certa vez, abortou, impedindo que o filho de ambos chegasse a nascer. Estava de esperanças há 8 semanas quando decidiu que o rebento nunca haveria de conhecer este mundo, nem o pai, nem a mãe. Para não ter de cair na mesma vida, na mesma miséria, na mesma desgraça. Fê-lo por amor.
Miguel procurou Matilde mas não a encontrou. Por isso, sentou-se e ligou o televisor. Enrolou mais um charro, que tragou com uma mini e adormeceu ainda antes do final da primeira parte do jogo entre o Benfica e o Sporting, um clássico que não lhe despertou interesse. O seu desinteresse era devido a outros interesses da sua vida.
Quando acordou, pelas quatro da madrugada, estava amarrado a uma cadeira, a casa revolvida e Matilde, em frente de si, enforcada com um bilhete pendurado no vestido e o seio pendurado por fora do vestido rasgado.
Ao longe, Miguel conseguiu ler: “NUNCA MAIS VENDAS DROGA IMPURA. ÉS O PRÓXIMO”. A assinatura era de Cajó, um cliente, que agiu assim zangado com a falta de pureza do ‘cavalo’ que Miguel lhe havia vendido.
Atrás de si, um rastilho consumia-se em direcção a uma botija de gás. E ele amarrado, impotente para se mover, sem força para sair dali.
Conseguiu ir buscar forças onde nunca pensou que elas estariam guardadas e atirou-se para o chão, rastejando em direcção à porta da rua. Estava fechada. Restou-lhe fazer novo esforço e atirar-se da janela.
Caiu do primeiro andar no pavimento de terra batida e a cadeira, partiu-se. Conseguiu fugir mais uns metros e, ao olhar para trás, viu desaparecer num colorido vermelho, amarelo e laranja, toda uma existência, uma vida e conforto.
Correu o mais que pode e foi assim que o encontrei.
Miguel vinha exaurido.
quarta-feira, 12 de outubro de 2005
Dias do futuro
A neblina do chuvisco, num dia austero de chuva forte outonal com o céu forrado a seda cinzenta impede-me de ver os recortes precisos do horizonte. Tudo fica desfocado. Tudo fica diluído e perde-se a nitidez da linha do horizonte e parte da amplitude da vida.
segunda-feira, 12 de setembro de 2005
Falta menos de um mês
quarta-feira, 31 de agosto de 2005
O princípio das escolhas
quarta-feira, 24 de agosto de 2005
A indústria dos incêndios?
1- Porque é que o combate aéreo aos incêndios em Portugal é TOTALMENTE concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros países europeus da orla mediterrânica?
Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências?
Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair? Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis?
Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?
2 - A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios...
3 - Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei.
4 - À redacção da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: "enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder". Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre.
5 - Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atractivos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade.
Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime...
Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta - e até as habitações - e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspecto perfeitamente marginal?
Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país. Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objectivo - destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime.
Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer:
1 - Assumir directamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar.
2 - Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas).
3 - Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores
4 - Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei.
5 - Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível.
6 - E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios.
Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo".
Alguém discorda?