Há 5 anos atrás, antes das eleições autárquicas de 2001, o PSD propôs um novo modelo de festas - "populares e não popularuchas", que fugissem à "farronca" mas acabassem com o esbanjamento de dinheiro público, que dessem espaço aos valores tradicionais concelhios, como o folclore, a etnografia, a música popular, entre outros.
Também sempre achámos que a organização deveria ser noutros moldes.
Desde há dois anos, pessoalmente eu venho defendendo que o modelo do largo 1º de Maio está esgotado e que urgia ser repensado.
Por tudo o que dissémos - e que eu disse - fomos e fui, por vezes, quase "crucificado". Sobretudo eu e o então redactor de um artigo sobre as festas, Armando Fernandes.
É por isso que saúdo o caminho feito pela maioria socialista na câmara, de aproximação ao que vimos defendendo, de ruptura com o anterior modelo, dando espaço ao convívio entre populações, privilegiando o contacto, promovendo a cidade (centro histórico), mobilizando todos os sectores, comercial e cultural incluídos.
Vai haver artesanato, festas populares, bailaricos, tasquinhas, desporto, cultura, comércio (cabe à Associação Comercial assegurar que os estabelecimentos estarão abertos em período nocturno), privilegiando a oportunidade de TODOS participarem. Pelo menos assim foi explicado e assim espero que aconteça.
Por isso, espero que o actual formato dê frutos. Porque me parece melhor do que o anterior; porque se aproxima mais dos pressupostos e fundamentos que o PSD vem defendendo desde há, pelo menos, cinco anos.
Tudo isto mais barato: o limite orçamental máximo do Município são 100 mil euros - 20 mil contos. Isto é tanto mais assinalável quanto os orçamentos-padrão eram superiores a 70 mil contos/ano, no início deste milénio.
Não vamos embandeirar em arco e fez bem a Câmara Municipal de Abrantes em modificar a organização e a estrutura das festas; mesmo que nunca diga - como nunca diz - por uma vez que seja, que afinal os autarcas do PSD já tinham visto e dito antes o que agora é óbvio e que vai ser realidade já no próximo mês de Junho.
Por uma questão de coerência com tudo o que vimos defendendo desde há anos, naturalmente votámos - eu e o José Moreno - favoravelmente a celebração de um contrato programa entre o Município e a Abranpolis (que vai liderar o processo das festas, com várias parcerias com privados, rompendo também aqui com o Centro Social do Pessoal do Município de Abrantes, organismo que, contudo, continua a ser "possuidor" do mair restaurante do recinto das Festas no 1º de Maio).
Não é o PSD que está de acordo com o PS; foi o PS que se aproximou de um modelo mais correcto e mais adequado, mais individualizado e menos "copiado" de outros concelhos. Não é caso para "puxar dos galões" mas também não devo esquecer a verdade dos factos. Só para que conste: o seu a seu dono.
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