Do mesmo modo que assinalei e assinalo sempre aqui quando os relatórios são desfavoráveis à conjuntura económica nacional, devo registar a revisão em alta do Banco de Portugal relativa ao crescimento económico português em 2006. Pelos vistos, passa de 0,8% para 1,0%. Faço esta correcção com satisfação, mas com igual prudência.
Só espero que seja verdadeira e não uma manobra menos lícita.
O senhor Constâncio é dado a alguns truques e jeitos. Vamos a ver. Espero que seja mesmo verdade, para bem de todos nós. E ainda é pouco, muito pouco, continuamos em afastamento face à média da União Europeia. Mas é sempre melhor do que estava previsto.
Menos bem está o comportamento da inflação, igualmente revista em alta.
O Governo já fez saber que não há revisão salarial intercalar, o mesmo é dizer que os portugeses vão continuar a perder poder de compra real.
O que diria o PS na oposição? Que águas agitaria?
Por mim, sei que os quilómetros em viatura própria para os funcionários e agentes do Estado, passaram em 2006 para 0,37 euros por cada quilómetro percorrido, contra os 0,36 euros do ano passado. Isto é um aumento de 2,8%. Os combustíveis já subiram mais de 14% desde o início do ano. Ora façam lá as contas. Agora, com os salários a perderem poder real de competitividade por força da inflação ter sido superior aos aumentos, o que nos resta?
Já sei: resta-nos continuar a ouvir Sócrates, Teixeira de Sousa e Constâncio, entre outros, a venderem o oásis que tanto criticaram e rebentarem com o resto deste país.
Será que a fuga não é o melhor dos caminhos?...
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