Desta vez, quase de certeza que não irei estar presente no XXIX Congresso Nacional do PSD, que se realiza na Póvoa de Varzim, entre os dias 19 e 21 de Maio.
É longe - muito longe, não há grandes motivos para discussão e fica bastante caro aos bolsos de cada um - pelo menos aos meus.
Marques Mendes sucederá a Marques Mendes e não antevejo nenhuma grande surpresa no rol dos membros que o acompanharão nas listas candidatas aos órgãos nacionais.
O único ponto de interesse que poderia haver seria se o Zé Beto Pereira Coelho obtivesse uma boa votação. Felizmente, imperou o bom senso - forçado pela Jurisdição Nacional, que vetou a lista, por irregularidades - e o Zé Beto não é candidato. Fica a contas com a Justiça, pelo que depreendo da queixa apresentada à Polícia Judiciária por falsificação de assinaturas, na tentativa de chegar as 1.500 exigidas pelas leis internas do PSD.
Ou seja, estaremos em presença de um Congresso diferente dos até aqui realizados, por força da introdução das directas e da revisão dos Estatutos, mas que antevejo sem chama, sem interesse e sem alma. Os "situacionistas" já se colaram todos à máquina interna do poder, procurando assegurar a sua sobrevivência. Muitos deles nunca tiveram, não têm nem terão profissão. Ou seja, antes de haver Congresso já se pode perceber quem vai estar e quem não vai estar na máquina do poder. Muitos deles estiveram contra Marques Mendes, quando estavam com Durão Barroso. Mas, antes, já tinham estado contra Durão Barroso quando estiveram com Fernando Nogueira.
E nesta lógica do "todos ao molho", todos se ajudam a equilibrar uns aos outros, ninguém cai, todos "amanham o peixinho". Até porque todos se conhecem já há quase duas décadas, altura em que se profissionalizaram na política dos talentos ausentes e dos curricula vazios. Bem sei que custa dizer isto assim, verdade crua e nua. Porém, é a verdade.
Infelizmente, é assim em quase todos os partidos, pelo menos nos maiores, com vocação de poder. Aparece gente boa e gente de menos qualidade; estes, normalmente, profissionalizam-se e conseguem "chutar" os "mais capazes" em termos pessoais, profissionais, intelectuais e sociais. É a teoria da boa e da má moeda, que aqui revisito.
Por isso, o que iria eu lá fazer? Maçar-me, moer-me, ver o que sempre tenho visto? Para isso, não vou; fico por cá. Talvez acompanhe na TV ou na Net. Talvez... Se vir que vale a pena. Não estou tão seguro disso e há coisas mais interessantes a fazer nesse fim de semana.
1 comentário:
como sou o autor de "Toponímia Galego-Portuguesa e Brasileira" e você me distingue com um link, atrevo-me a escrever. gostaria de lhe pedir, na minha qualidade de nortenho, que não escreva "Póvoa do Varzim". o nome dessa cidade-praia é "Póvoa de Varzim". a nós soa mal esse "do", que nem motivo tem, porque "Varzim" não é um substantivo.
espero que não me leve a mal.
(de vez em quando passo por aqui. vou voltar).
um abraço
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