quarta-feira, 22 de março de 2006

Eleições no PSD/Abrantes

Na próxima sexta-feira decorrerão as eleições para os órgãos concelhios do PSD.
Não se trata de uma mera formalidade ou de um acto irrelevante. Em minha opinião, é exactamente ao contrário.
Em Outubro passado, não vencemos as autárquicas mas fizémos um bom trabalho e saímos prejudicados eleitoralmente, sobretudo porque ficámos a escassos 8 votos de eleger o 3º vereador; fomos os escolhidos de quase 6700 eleitores deste concelho.
É uma grande responsabilidade tudo fazer, durante o decurso do mandato, para não defraudarmos aqueles que em nós depositaram as suas expectativas.
Mas há um outro lado, uma outra parte igualmente importante: os nossos candidatos de Outubro passado, alguns no poder, outros na oposição.
Também esses - dos quais me orgulho - não podem ficar à mercê de um destino incerto, comandado por objectivos erráticos, sustentados na ignomínia de quem não possui réditos sólidos para se lançar sobre uma situação (o oposto de oposição) forte e musculada.
Seria muito mau que tudo o que se construiu se perdesse agora, num qualquer projecto dominado por desejo de vinganças ou acertos de contas por querelas passadas ou ainda por obsessões de ambição inalcançáveis a quem não tem pé suficiente para pôr no estribo.
E os apoios dos vários sectores da nossa comunidade, como seriam possíveis de obter e de congregar sustentados num projecto vazio de conteúdo e de fibra política, onde as causas, as convicções e as propostas devem ser ajustadas ao terreno mas nunca perdendo o fio condutor da doutrina, das linhas programáticas, da orientação conceptual do quadro macro-político e macro-estratégico onde estamos inseridos?
São, pois, várias as razões para que eu e um grupo de gente que se entende desde há muito e que pensa de modo coerente e tão homogéneo sobre o concelho, o distrito e o país quanto é possível (preservando naturais divergências de opinião e de conceitos) tenhamos dado o passo que precisava de ser dado, juntando gente nova (uns em idade, outros nas estruturas directivas do PSD): apresentaremos uma lista candidata à Comissão Política de Secção e outra à Mesa da Assembleia de Secção.
Por isso, ontem entregámos os processos das listas na sede concelhia, entre as 21.30 horas e as 24.00 horas, como mandava a convocatória que nos foi enviada pelo Presidente da Mesa, respeitando o Regulamento.
Por isso, todo o processo foi verificado por um representante da Mesa, ontem, como mandam os regulamentos, tendo à frente os cadernos eleitorais recebidos na sede (e em mais lugar nenhum).
Por isso, pude comprovar que, apesar de existirem rumores de outra lista, ela não foi entregue na sede - o local próprio - durante o horário previamente fixado pelo Presidente da Mesa.
Com o Presidente da Mesa em Bruxelas, o Vice-Presidente em Chicago, ficou outro membro da Mesa a conferir o nosso processo. E, até ontem, que se saiba, só o nosso foi conferido por alguém pertencente à Mesa.
Sou candidato a Presidente do PSD Abrantes.
Seria mais fácil não o ser, resignar-me e assistir de bancada.
Mas não. Em nome da responsabilidade, da estabilidade, de um projecto de conquista de poder, aceitei o desafio.
Não sou candidato a mais nada. Que fique bem claro. Quero que o partido se organize e procure uma solução vencedora para as autárquicas de 2009. Disponho-me ajudar, coordenar, promover soluções, escolher opções, com todos os que me acompanham.
Acompanham-me vários amigos e companheiros. José Moreno, Mauro Xavier, António Belém Coelho, João Miguel Salvador, Fernando Nogueira, António Cruz, Pedro Coelho, Francisco Simão, Paulo Sardinha, João Ricardo Margalho, Sandra Pita, Fernando Alfaiate, Fernando Teimão e Bruno Rodrigues.
Para a Mesa da Assembleia, ao lado de Armando Fernandes vêm Fernanda Aparício, Maria do Rosário Chambel e Carlos Arês.
Para já, sobre este assunto, é o que se me oferece dizer. Mas creio bem ter de voltar a escrever mais sobre estas eleições. Muito mais...

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