domingo, 31 de julho de 2005

De regresso

Fui ali e já voltei.
Estive ausente uns dias, com a minha família.
Aproveitei para descansar, ganhar forças, ler, estudar e escrever. Comi bem e estive sempre junto de boas companhias. Visitei amigos, estive com amigos, sempre com a família a meu lado.
Voltei com forças para fazer o que tem de ser feito.
Não fui à Madeira e não vou colocar fotos aqui neste blog.
Há por aí gente cuja vida deve ser um imenso vazio, por isso gostam de falar muito na dos outros.
Não devem ter espelho em casa, é o que é.
Ou, então, a sua vida será um imenso vazio porque ainda não vi nada escrito por quem zurze num blog (um pseudo-Barão e uma ave que dá pelo nome de Pelicano) que possa ser considerado uma ideia para Abrantes. Ao menos uma simples ideia... mas não. Preferem a via fácil de crítica e o elogio ao senhor feudal, elogio esse que cheira a naftalina, tal é o ar deja vu das loas que soltam após o clique nos caracteres.
Reféns por opção ou alienados presos nas regras do subsídio do regime?
Não sei, não posso saber, porque se escondem no anonimato.
Estão no seu direito, é uma consequência da liberdade de expressão. Só lamento que nem a crítica seja sustentada. Fica tudo assim meio no ar, suspenso no vazio, no mesmo vazio de que já antes falei.
Não perderei mais um minuto com isso.
O tempo que aí vem é de esperança e de confiança. Vamos em frete, porque é Tempo de Mudar.

sábado, 16 de julho de 2005

Atitudes

Há quatro anos protagonizei a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Abrantes.
Muitos disseram que era uma candidatura que iria perder de modo estrondoso.
Curiosamente, os resultados foram superiores às expectativas de muita gente. O PSD, sozinho, conseguiu ter maior percentagem de votos do que 4 anos antes, em que concorreu juntamente com o CDS.
A soma dos votos do PSD e do CDS, em 2001, em percentagem, dá um score superior àquele que Humberto Lopes conseguiu em 1989, quando PSD e CDS concorreram também juntos.
Há quatro anos atrás, muitas foram as negociações entre PSD e CDS. Inglórias. À beira da entrega das listas, houve mudanças de camisola.
Entrou nas minhas listas um sujeito, recomenado por outro senhor, igualmente do norte do concelho, homem poderoso que me telefonou quando eu ia a entrar na Antena Livre para gravar uma crónica radiofónica. Entrou para quarto mas acabou em terceiro, a seu pedido e insistência.
Falei com o homem e pensei que poderia ser útil. E foi, em certa medida, menor do que a que o próprio gosta de apregoar.
Passado uns tempos, filiou-se no PSD. Fez o seu percurso, tomou as suas atitudes, concorreu a Presidente do PSD, perdeu e começou um percurso cada vez mais sinuoso de ofensas, calúnias e insinuações na comunicação social.
Foi alvo de um processo disciplinar que ainda corre na Jurisdição do PSD.
Ontem, assumiu a sua condição de candidato do CDS (voltou para lá, fique bem!).
Ainda bem! Há atitudes que, parecendo (e sendo) más acabam por ser óptimas.
Contudo, não deixam de ser atitudes, cujos valores éticos deixam muito a desejar, porque fundadas em incontornáveis incoerências e percursos erráticos!