sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Saudades do Verão

Confesso: adoro o Verão. Gosto do calor, do cheiro do ar, das noites, dos dias, na praia, no campo ou na cidade, em férias ou mesmo a trabalhar.
O tempo chuvoso, frio, cinzento e triste não faz o meu género. Convivo com ele mas, sou sincero, sempre à espera do Verão, de melhores dias.
Na verdade, a Primavera já não é má, sobretudo a partir de Maio.
Ahhhh!, já tenho saudades do Verão.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Monumento a D. Nun'Álvares Pereira

O meu amigo e arquitecto António Castelbranco enviou-me um email interessante. Pedi-lhe autorização para o postar aqui e recebi a sua anuência. Por considerar que ele tem absoluta razão no que escreve, aqui vai:
"A meu ver, uma das obras de arquitectura mais interessantes - na cidade de Abrantes - é o monumento ao Dom Nuno Álvares Pereira.
Para além de a sua localização ser soberba, a obra humana - que ao longo dos séculos tem vindo a a ser feita neste local - vem acentuar essa posição. Com efeito, trata-se de um excelente exemplo de:
1- Arquitectura moderna;
2- Integração dessa mesma arquitectura num espaço monumental e histórico;
3- Um trabalho de colaboração entre um arquitecto e um escultor de renome nacional.
É pena que a cidade de Abrantes e o Núcleo da Ordem dos Arquitectos não sejam da minha opinião pois, se assim fosse, este monumento não estaria neste estado.
Ou talvez tenha sido apenas um descuido depois do vandalismo que marca as "Rave Parties" e que por ali também deixaram marcas profundas...
"

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Obrigado António por partilhar connosco esta reflexão, enriquecida com as imagens que igualmente fez questão de juntar.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

REFLEXÃO DE MOMENTO

As organizações políticas tendem cada vez mais a ser um grupo organizado de interesses.
Longe vão os tempos em que as afinidades se ditavam por proximidade de ideal, por razões programáticas ou pela metodologia utilizada para as conduzir à prática.
Hoje, cada vez mais, as afinidades são por interesse.
Por isso, quero registar algumas verdades. Minhas. Discutíveis pelos outros, claro. Mas são as minhas, expressas no meu blog.
Já quase ninguém está verdadeiramente com alguém de modo incondicional. Se um cidadão quer ser líder de uma organização política, busca logo o consenso. Poucos vão a votos em listas opositoras. Eu fui. E provavelmente voltarei a ir, num futuro certo ou incerto. Mas a moda está em gerar consensos, forçar as pessoas a aceitarem o poder das oligarquias.
Assim, gera-se o poder amorfo, as meias-tintas, a paz-podre e os habituais “escolhidos” continuarão a ser escolhidos, por regras feitas por si, para si e com indefectíveis que pouco ou nada param para se questionar.
É com honra que, olhando para o panorama actual, verifico que Abrantes está à margem do sistema. Coerência precisa-se.
As pessoas pensam demasiado na táctica e subvalorizam os princípios, a honra, a lealdade. Um acordo de cavalheiros hoje nada vale daqui a nada, na maioria das ocasiões.
Conheço pouca gente que valha a pena conhecer. Mas esses gosto de os conhecer.
Sou testemunha de acordos e juras de fidelidade recíproca recente que verifico, hoje, em face de dados muito recentes, que foram apenas e só “conversa da treta”.
Outra verdade. Vale tudo, quase tudo. Por vezes, até apoiantes de outros partidos que pediram a desfiliação do seu partido de origem para poderem estar à-vontade em termos locais, para poderem sentir-se libertos para escarnecer nos candidatos do seu próprio partido apoiando outros de extrema-esquerda em troca de uns favores imobiliários, que se desfiliaram do seu partido destruindo – literalmente – o seu cartão são agora, afinal, recuperados e colocados em posição de destaque.
Assim se desvaloriza um projecto.
Por fim, uma outra verdade. Ninguém morre politicamente. Pode ser preciso esperar anos mas, com persistência, com honra, sustentado em valores firmes e convictos, estribado num projecto alternativo com sólida argumentação e alicerçado em solidariedades inquebrantáveis que vão muito para além da mera existência política, é sempre possível o regresso. Isto é válido em todos os quadrantes políticos. Acreditem no que vos digo.
Por fim uma nota. Sei que este post vai ser lido em muitos locais. Em Abrantes, em Lisboa, no eixo Torres Novas-Santarém, no Cartaxo, em Tomar, em vários espaços com distintas interpretações.
A todos quero dizer que esta é apenas uma opinião. Uma reflexão. Sem mágoa. Coerente. Honrosa. De análise do presente. Mas, também, de sinal para o futuro.
Um futuro, por certo, onde ninguém poderá fugir das suas responsabilidades, onde todos teremos de prestar contas, como sucede e deve suceder nas organizações democráticas formadas por pessoas livres.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

I Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade

Foi hoje publicado o Plano acima referido, em Diário da República, 1ª Série – nº183, através da Resolução do Conselho de Ministros nº120/2006.
Recomendo uma leitura mas não deixa de ser relevante o papel atribuído às autarquias locais neste domínio.
Há muito que sabemos que os edifícios públicos (e municipais) são, eles próprios, barreiras à integração plena das pessoas portadoras de incapacidade.
Como medida pedagógica de combate à exclusão e de procura de uma cidadania plena por parte de todos, sem excepção, o Plano é meritório. Agora, não vendo onde estão disponíveis os recursos físicos necessários para o implementar, pergunto-me se não será mais “letra de lei morta à nascença”. Até porque, relativamente a dinheiro para o implementar, o número 5 é absolutamente claro: “as verbas a imputar à execução do presente Plano estão limitadas pelo enquadramento orçamental dos serviços e organismos responsáveis pela sua execução”.
No preâmbulo podemos ler que “o Plano estrutura-se numa vertente programática que estabelece as linhas de acção a adoptar nos vários domínios e uma vertente funcional ou interorgânica que apela ao envolvimento e comprometimento real e efectivo de todas as pessoas, singulares ou colectivas, privadas ou públicas, integradas na administração central, regional ou local na sua execução”.
Ambicioso qb, portanto.
É claro que, à boa maneira socialista, nada disto poderia funcionar sem ser criada uma comissãozita. Pois claro, assim nasce também um “grupo interdepartamental, composto por representantes governamentais, que monitorizará a aplicação do Plano”, não auferindo “qualquer remuneração adicional, incluindo senhas de presença, pela participação em reuniões ou trabalhos”. Um sinal moderno da austeridade, que fica bem, apesar de tudo.
Existem, de acordo com os dados do Censos 2001, mais de 634 mil pessoas com deficiência ou incapacidade em Portugal, o que significa cerca de 6,13% da população.
A parte II do Plano é aquela que tem as novidades e as medidas substantivamente mais relevantes.
Sublinho o Eixo 1 desta Parte II – acessibilidades e informação. Todo ele. Mas gostaria de destacar algo que tem sido bandeira erguida por mim e por muitos companheiros meus do PSD no concelho de Abrantes.
Diz assim: “integração, nos enquadramentos legislativos e programáticos relativos ao desporto, de normas específicas relativas às pessoas com deficiência ou incapacidade que impeçam a discriminação, que no acesso à prática do desporto em geral que no que respeita ao desporto de alta competição”.
Digam-me lá, se souberem. Quantos clubes do concelho de Abrantes promovem a integração de deficientes na prática desportiva? Que incentivos – no âmbito do Findesp – recebem da autarquia para o fazerem? Que estímulo dá a autarquia a que isso aconteça?
Esta é uma das questões essenciais que tem ditado divergência de pontos de vista quanto ao Findesp, enquanto instrumento de apoio à prática desportiva, um instrumento municipal que segmenta e selecciona projectos que visem, sobretudo, o aspecto competitivo, que apenas permite subsidiar clubes onde pontificam cidadãos com aptidões especiais e talentos especiais para determinada modalidade. E a formação, e o desporto-lazer, e o desporto sénior e o desporto para pessoas deficientes ou incapacitadas?
Haja coragem para dar mais passos no aprofundamento deste Plano, é o que eu peço.

domingo, 17 de setembro de 2006

Carta Aberta ao Dr Eurico Heitor Consciência

Eis o texto que foi publicado por mim na edição desta semana do jornal "Primeira Linha". Com a devida vénia:
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Exmo. Senhor
Dr. Eurico Heitor Consciência

Permita-me que lhe escreva esta carta – uma carta aberta.
Tenho lido regularmente os seus textos publicados sobre as autarquias, os gastos que fazem, as reclamações, exigências e choradinhos dos autarcas. Além disso, muito aprecio a forma como escreve, com rigor e humor.
Apesar de ser autarca, cada vez mais acho que os seus escritos são importantes, actuais, incisivos e para serem levados a sério.
Muitos autarcas – a larga maioria dos que conheço, que vão desde o PSD à CDU, passando pelo PS – tem preferido a via fácil de aplicar os dinheiros recebidos em obra que gera votos.
Há excepções, bem o sabemos, infelizmente poucas. Mas, em geral, todos fizeram “inchar” os seus pequenos feudos e têm assegurado reeleições sucessivas.
Mesmo a CCDR (que gere em Lisboa o bolo financeiro que é repartido pelas autarquias da nossa região) vangloria-se da elevada execução dos quadros comunitários de apoio. Quantidade nunca foi sinónimo de qualidade.
O que é preciso é que se gaste depressa e muito. Gastar “bem”, com qualidade e utilidade, à escala do concelho, com critério de auto-sustentabilidade, com planeamento de necessidades efectivas, percebendo as vantagens e inconvenientes, a relação custo-benefício para as comunidades, são características muito relativas. Como resultado, há equipamento que se têm replicado como cogumelos, conduzindo as autarquias para a asfixia.
Os autarcas defendem-se alegando que a melhor avaliação do seu trabalho são os votos do povo e que se este os reelege é porque houve satisfação de necessidades. O cliente satisfeito é fundamental, nas modernas teorias da qualidade.
Há coisas que não se devem dizer, do género “o povo não é clarividente e deixa-se comprar” ou “o povo quer é pão e circo” ou ainda que “o povo não sabe decidir porque não é maioritariamente esclarecido”. Dizer isto cai mal – mas é genericamente verdade (pronto, lá se foram muitos dos eleitores que votaram no projecto que sustentei no ano passado).
As pessoas vivem indiferentes aos milhares de rotundas do país, às centenas de Estádios Municipais e piscinas, aos incontáveis espaços pedonais e de lazer, aos equipamentos culturais cheios do vazio de formação e programação, às centenas de festas gastronómicas e tradicionais dos seus concelhos (todas decalcadas umas das outras), às rotundas com oliveiras replantadas, aos campos de futebol (e de basebol?!?), à festa e farronca contínua. O Estado até dá o exemplo, com os Estádios do Euro, o aeroporto da OTA, o projecto do TGV e outras ambições similares.
Conheço presidentes de Junta cuja actividade anual se resume a manterem os cemitérios das suas terras abertos em horário prolongado, pagar o almoço anual aos velhinhos reformados e umas excursões à praia para os mais carenciados. Escusado será dizer que ganham todos eleições.
Em geral, as pessoas gostam de viver acima das posses e preferem pensar que o dinheiro gasto nessas obras não era seu – era do Estado. Nem elas sabem o que é essa coisa a que chama “Estado” e qual o papel do cidadão nele. Para todos os efeitos, era dinheiro do Estado e, “se não fosse para ali canalizado, provavelmente era estragado em coisas inúteis fora da nossa terra”.
Na realidade, todas estas obras são financiadas com impostos directos e indirectos cobrados junto de cada um de nós, projectando para o futuro milhões de euros (milhões de contos) de despesas correntes e, por isso, partilhando com os cidadãos a responsabilidade da sua execução.
Algumas dessas obras – nem todas! - são importantes mas não podem ser exclusivas.
Onde estão os investimentos reprodutivos, aqueles que geram riqueza, criam postos de trabalho, garantem estabilidade social, asseguram a sustentabilidade dos outros projectos (aqueles que só geram a tal despesa)? Como tem sido assegurada a sustentabilidade de longo prazo dos concelhos do interior? Em geral, de modo muito deficiente porque essa não é uma verdadeira preocupação de muitos autarcas, tolhidos pela obsessão de querem ficar nas histórias locais como grandes obreiros.
As estimativas demográficas do INE, referentes ao ano de 2005, comprovam o que digo: continuam a dar Abrantes e concelhos limítrofes em acentuada perda demográfica. O país litoraliza-se e a acção dos autarcas para combater essa realidade tem sido, em geral, ineficaz.
Por estas bandas, só Constância consegue suster o ímpeto de perda demográfica e apenas nos anos mais recentes.
Por outras palavras, continuamos a perder gente mas as despesas municipais, pelo contrário, estão sempre a aumentar.
A máquina está criada e tem de ser alimentada. É terrível mas verdade. E inevitável.
A solução, do lado das câmaras municipais, não é “emagrecer”, fazer “downsizing”, recorrer à “reengenharia de processos”. Não, é mais simples e directo: taxar e tarifar sempre pelo máximo: derrama, IMI, IMT, água, saneamento, resíduos sólidos, taxas e licenças municipais. Para alguns autarcas, a lei deveria prever uma derrama de 15% ou 20% e o IMI devia contemplar uma taxa mais elevada. E quando não têm mais dinheiro, queixam-se que o Estado as está a asfixiar e não ajuda em nada.
Já disse em reunião de Câmara, numa declaração de voto recente, que o Dr. Nelson de Carvalho parece o Xerife de Nothingham e nós, os cidadãos, somos os espoliados. Por onde andas, Robin Hood?
A maioria dos autarcas prefere continuar a ignorar o mundo em redor e os actuais desafios competitivos. O conforto dos votos obtidos permite essa postura míope.
Essa miopia estende-se a outros domínios.
Por exemplo, como V.Exa. sabe, o Ministro da Finanças tentou, muito recentemente, meter alguma ordem nas contas das autarquias: nova lei das finanças locais (largamente contestada) e até o impedimento de pessoas reformadas poderem acumular a sua reforma por inteiro (da sua anterior carreira) com a sua avença por inteiro (nas câmaras municipais).
Os autarcas mais “espertos” já encontraram a forma de contornar este “obstáculo”. É assim que é vista esta medida do governo de tentar suster o crescimento da despesa nas autarquias, para além de ser uma afronta à autonomia do poder local.
A solução está pensada: criam-se empresas com os reformados avençados e as câmaras municipais, em lugar de contratarem os cidadãos, individualmente, contratam as empresas criadas por aqueles para beneficiarem dos mesmos serviços; as empresas, por sua vez, pagam aos reformados ex-avençados que decidam empregar-se nessas empresas. Brilhante, não é?
Outra possibilidade é colocar os avençados em associações e aumentar os subsídios a essas associações que, por sua vez, pagam aos ex-avençados.
Garanto que isto não é ficção. É a pura verdade. E está a acontecer já, por aqui.
O problema é que não temos só Abrantes – temos 308 concelhos e, em geral, o pensamento dos autarcas alinha pelo mesmo diapasão.
O Dr. Teixeira dos Santos foi, mais uma vez, fintado. E sê-lo-á de modo transversal aos partidos políticos sempre que afrontar interesses instalados e a lógica corporativa do poder local.
Sabe que mais, Dr. Eurico Heitor Consciência? Ganhou mais um adepto da sua causa, apesar de eu ser autarca e saber que o Estado está a exigir das autarquias aquilo que não é capaz de impor e executar a si próprio.
Com os mais respeitosos cumprimentos,
Pedro Marques

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Hitler

Eis a última foto conhecida de Hitler, que recebi hoje via e-mail.

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Ainda o Jana

Já antes deste episódio da iluminação do espelho de água, o tinha visto criticar - talvez sem o saber - Nelson de Carvalho.
Como sabem, a autarquia promoveu um congresso do Tejo Ibérico e decidiu avançar para outras iniciativas dos dois lados da fronteira, para promoverem a marca Tejo Ibérico.
No dia 28 de Julho, Alves Jana havia dito: "Tejo Ibérico e Vale do Tejo não são marcas a mais para um mesmo produto? Há algum Tejo sem ser Ibérico?"
E mais: "Alguém fica a saber alguma coisa do Tejo Ibérico se não souber já?".
Termina com uma mensagem lapidar: "A expressão «Vale do Tejo» é significativa, para não dizer sagrada, mesmo para quem não souber onde fica o Tejo".
Será coincidência ou noto por aí alguma falta de sintonia? Talvez eu esteja a ver coisas a mais. Talvez...

Espelho de água em São Lourenço

O blog do Alves Jana - Abranteimas - não tem permalinks. Por isso, para citar um post, tenho de o transcrever, não posso remeter para ele.
Vem isto a propósito de um post seu, colocado ontem no ar.
Chama-se "E não se pode desligá-la?" e refer-se à iluminação que, supostamente, foi colocada no espelho de água de São Lourenço.
Eis algumas partes do que ele diz:
- "Um trabalho de destruição daquilo que, de qualidade, estava feito. Um exemplo de como basta um ano para destruir aquilo que se construiu";
- "A nova iluminação mata o ambiente criado, com luzes brancas cria um ambiente de falso dia. Que diferença há entre a iluminação ali e na cidade? Fez-se ali uma praça de cidade, em vez de um parque urbano dotado de poesia";
- "Ao fazê-lo, tornou impossível ver o já construído, que ali ainda está mas agora é invisível. E, pior ainda, os poderosos holofotes agridem fortemente os olhos de alguém que se coloque sobre o dique. Aquele que era um ponto de descanso e poesia é agora um lugar de agressão e… fuga";
- "com aquela luz, nem é possível ver onde se põe os pés, nem é agradável passear sob a agressão dos holofotes";
- Torna-se necessário, agora, corrigir a própria obra. Não se pode desligá-la? E explicar que diabo se terá passado para que este acontecimento bárbaro tenha sido possível".
Bem, este post tem data de ontem, o mesmo dia em que fiquei a saber desta benfeitoria, horas antes de ler o post do Jana, em plena sessão de Câmara. Nelson de Carvalho informou-nos orgulhosamente do resultado desta benfeitoria.
Tenho de ir lá ver. Logo formularei a minha opinião e o meu juízo.

200!

200 posts!
É assim, dia após dia, o blog vai ficando mais cheio.
Confesso que gostaria de mais interactividade, que aqueles que visitam este espaço deixassem a sua opinião, o seu contributo.
É raro mas, por vezes, recebo comentários escritos. Olho (leio) todos com grande interesse.
Hoje é dia positivo. Vou falar de algo positivo. Por exemplo, da nova fábrica de torrefacção de café que se vai instalar na zona industrial, em cerca de 6 mil metros quadrados e que, se tudo correr bem, ampliará logo após os primeiros anos.
Estes investimentos são importantes, necessários e fundamentais. Não o dizer seria contradizer tudo aquilo em que acredito e venho defendendo, desde há vários anos.
Já perdemos tempo demais. Já chega de apenas se gastar e pouco ou nada se pensar na criação de riqueza.
Oxalá corra tudo bem com esta nova empresa. Boa sorte!

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

O nosso Castelo

(foto retirada de http://castelosdeportugal.no.sapo.pt/fotosdecastelos/abrantes2.jpg)



O Castelo de Abrantes é um imóvel de interesse público. Não é Monumento Nacional mas é mais do que Imóvel de Interesse Municipal. É o que temos e é bom. Temos de aproveitar essa vantagem que muitos não têm.
É um ponto de visita obrigatório para todos os que nos visitam, para a comunidade escolar, para o reforço da identidade local. Não há povos com futuro sem memória do passado. Abrantes tem um passado riquíssimo, com fortes tradições, com estórias relevantes, com importantes contributos do Castelo para a história militar, religiosa, das artes, entre outras.
O Castelo deve, por isso, oferecer aos visitantes, a possibilidade de estes nos ficarem a conhecer melhor. Deve abrir caminho para outras visitas a monumentos (Igrejas, edifícios notáveis), a espaços de lazer, convidar a ficar e estar (oferta hoteleira), a comer (gastronomia e doçaria).
O Castelo de Abrantes pode e deve ser a porta de entrada de quem nos viista, para um conhecimento mais profundo das nossas forças e riquezas.
Não é incompatível que no próprio Castelo possa existir comércio, em paralelo com as actividades inerentes a este amplo espaço-museu, depósito de memórias incontáveis.
O próprio Museu, recentemente intervencionado, tem de ver reforçado o seu papel.
Há medidas importantes a tomar, nomeadamente a introdução de novos conceitos interactivos com o público visitante, capazes de proporcionar a fruição e alguma comercial, designadamente merchandising e restauração, realização de eventos medievais, realização de concertos musicais, espectáculos teatrais e reconstituições históricas.
A própria figura do fundador da pátria e de Abrantes, D. Afonso Henriques, deverá ser explorada e elevada a marca a promover. Quantos concelhos promovem figuras históricas, tantas vezes com duvidosas provas da sua passagem por esses concelhos. Camões viveu em Constância? Qual o grau de afinidade de Gil Vicente com Sardoal? Isto para falar apenas de casos vizinhos. Contudo, D. Afonso Henriques esteve cá, teve papel determinante na conquista de Abrantes aos Mouros e por aqui deixou herdeiros.
O Outeiro de São Pedro foi agora utilizado como espaço de diversão musical durante quatro fins-de semana. Foi essa a opção.
Contudo, entendo que outro uso pode ser dado a esse espaço, talvez cumulativamente ou sem prejuízo desse tipo de eventos.
O Outeiro de São Pedro pode e deve ser a porta de acesso de visitantes ao Castelo, com melhoria da iluminação de acesso, construção de bolsa de estacionamento no exterior e local de fruição e contemplação, no interior do espaço murado.
Fazendo isso estamos, não só a honrar a memória do passado, como também a projectar Abrantes para o futuro, com todas as suas riquezas históricas, culturais e sociais, não enjeitando as vantagens que daí poderemos obter para o desenvolvimento do turismo.
Será uma nova fase: a fase de Abrantes Viva! O quanto antes...

domingo, 10 de setembro de 2006

Contrariedades

Prestes a chegar aos 200 posts neste blog e com mais de 16 mil visitas, a pressão intensifica-se e querem condicionar a minha escrita.
Recados, telefonemas, algumas ameças veladas. Começo a ser incómodo.
Não vou deixar de escrever, seja sobre o hospital, seja sobre assuntos mais recentes.
Garantido!

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Futebol e os Planetas

Há um blog que me foi dado a conhecer pelo Helder Silvano.
Traz um post na edição de hoje absolutamente fabuloso.
Podem fazer o link mas está tão bem escrito e tão espirituoso que não resisto a citar a totalidade:
«Depois de ter sido despromovido à Segunda Liga dos Planetas, Plutão recorre aos tribunais civis de forma a suspender todo o Campeonato Interplanetário. Plutão tinha subido à primeira liga deste campeonato há mais de 70 anos e foi agora despromovido porque é pequenito. Plutão não se conformou e recorreu aos tribunais com o argumento de é "pequenito mas corre que se farta. Além de mais, os planetas não se medem aos palmos e qualquer coisa que esteja com uma temperatura ambiente de 220 graus negativos mirra, e não há Ana Malhoa que o estimule". A argumentação de Plutão vai mais longe e sugere que existe corrupção na Liga de Planetas "O nosso mal é estarmos longe do centro de decisão, neste caso, o Sol! Porque é que não despromovem os planetas que são apenas gases? Se nós (Plutão) estivéssemos cheio de gases seríamos muito maiores"
Entretanto, o arrivista planeta UB-313 descoberto no ano passado quer substituir Plutão na Primeira Liga. No entanto, Mercúrio Loureiro, presidente da Liga dos Planetas afirma que um sistema solar com mais do que 8 planetas torna-se pouco competitivo, para além disso, Plutão tem uma orbita meia maluca e por isso deve ser banido do principal campeonato planetário.Entretanto, e com esta confusão toda, o campeonato está suspenso e alguns planetas inclusivamente deixaram de girar. Quem parece mais activo é Vénus, que este ano equipa com camisas novas e novo patrocinador: Durex Barroso.
Para Zé Beto, Presidente da Associação dos Espectadores dos Jogos Interplanetários e do Além, trata-se de uma pouca-vergonha tudo isto, "tínhamos comprado uma faixa nova a dizer que o Hospital Sobral Cid apoia o Planeta Agostini e agora vai tudo por água abaixo."»
BOA MALHA!

Fim da silly season

A vida, pacata, regressa ao normal.
Os dias minguam, o calor começa a diminuir, as escolas estão prestes a abrir, os Tribunais também.
Regressaram os jornais de referência da nossa terra.
Pego no "Primeira Linha".
Vejo que na página 2 atribuem ao José Moreno uma intervenção minha em sessão de reunião de Câmara Municipal, sobre a empresa Terras do Azeite e o logro que constituiu todo esse projecto. Esteve bem o "Mirante" que, na semana passada, investigou o caso e deu destaque ao mesmo logro. Só se esqueceram de ouvir a Associação de Agricultores, que poderia explicar melhor que o projecto era financiado em 50% por fundos comunitários e que os restantes 50% tinham de ser encontrados localmente. Só que a CMA não quis entrar com nada desses 50%, "empurrando" para os agricultores a totalidade do investimento remanescente a efectuar. Se tudo corresse bem, seria mérito da autarquia, que teria dinamizado uma boa iniciativa; se corresse mal, a culpa seria dos agricultores, esses malandros!?!...
Não faz mal que tenham atribuído essa intervenção no executivo ao José Moreno - somos uma equipa. Mas fica o reparo, só para que conste.
Leio o artigo do Dr Eurico Consciência, que continua com a sua linha de coerência, escrevendo sobre assuntos muito sérios, com o humor e espírito crítico que bem lhe conhecemos.
Na página 5 somos informados que a taxa do IMI para 2007 foi aprovada. A derrama também foi. Em ambos os casos, taxa máxima, claro! Não diz a peça - porque o SDI omitiu, por certo - foi que os vereadores eleitos pelo PSD estiveram, como sempre têm estado, contra esta postura da maioria, com declaração de voto entregue.
A página 7 vai para a esquerda-caviar, aquela que combate o imperialismo americano mas bebe (pode ver-se na página 2) Coca-Cola, um dos expoentes máximos do "american dream".
Na página 17, surge uma notícia sobre o PSD. Ou melhor, uma notícia, uma opinião refractária e uma carta de perfeito non-sense.
Como é que este indivíduo (de seu nome Pico) ainda tem quem o atenda? Porque não usa o seu jornal, aquele que ele criou e para o qual angariou algumas assinaturas anuais, tendo o jornal saído apenas 4 ou 5 vezes? Será que o dinheiro das assinaturas - ANUAIS - foi devolvido aos assinantes? Porque não continua a editar o seu jornal e a escrever nele o que bem entender? É um facto que os jornais, tendo donos, são um produto democrático. É igualmente um facto que todos temos o direito à asneira. Cometi muitas, uma delas ter conhecido um dia esse sujeito. Mas também cometi actos decentes, como por exemplo erradicá-lo do meu espaço de afectos e conhecimentos pessoais.
Pronto. Não gastarei nem mais um minuto com esse senhor mal-educado, mal-formado, raivoso e sorrateiro. Vejam o que ele escreveu há duas semanas sobre o Presidente da Junta de Freguesia do Souto, um rapaz decente, digno, capaz, sério, competente, idóneo, que está a trabalhar de modo denodado pela sua freguesia e que precisa de muitas ajudas. Enfim, o homem não é boa rés, é o que vos digo.
Sobre o sujeito que escreve mais abaixo, nem vale a pena falar. O silêncio é a melhor resposta que se pode dar, porque é a única merecida, nesta situação.
E lá vem, na página 19, o meu amigo Armando Fernandes, sempre em forma nos seus escritos sobre as nublosas. Só eu entendo essa do Valla, afinal o descendente do pobre Zé que vivia junto da vala e ficou conhecido como Zé da Vala. Não sei se valia a pena esse ajuste de contas, mas o meu amigo tem esse feitio; que eu aprecio, bastante. Pelo menos não lhe falta frontalidade e lealdade. Coisa rara...
Saúdo o teu regresso "PL". No próximo post falarei sobre "Abarca".

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Ainda o Zidane

A notícia vem no DN de hoje: afinal Materazzi disse uma coisa normal, talvez um pouco "esticada" para a linguagem comum mas nada de especial, em minha opinião, para a linguagem de balneário.
Cito:
"Estava a puxar-lhe a camisola e ele [Zidane] disse-me: se quiseres a minha camisola, dou-ta depois. Ao que respondi que preferia a sua irmã. Não é uma coisa simpática para se dizer, reconheço. Mas há muitos jogadores que dizem coisas piores".
É verdade, acrescento eu.
Até porque Materazzi diz ainda que "juro que até aquilo acontecer não sabia que ele tinha uma irmã". Também acredito.
Por isso, cada vez gosto menos do careca argelino. Admirava-o pelo futebol mas o homem tem mau ar, aspecto de não ser boa pessoa. Deu cabo das aspirações de Portugal por duas vezes e isso é mais do que suficiente para não gostar dele. Mas já repararam como ele nunca sorri? Não gosto de pessoas demasiado sisudas, excessivamente circunspectas.
*+*+*
Outro caso vi também da edição de hoje do DN Online e envolve os Loureiros, pai e filho. Vou citar algumas partes:
"Valentim e João Loureiro escolhiam, por diversas vezes, os árbitros para os jogos do Boavista a contar para a época 2003/2004".
"As escutas telefónicas do processo "Apito Dourado" demonstram que quer o presidente da Liga de Clubes quer o líder do Boavista faziam chegar aos árbitros escolhidos a mensagem da promoção na carreira a troco de uma "boa" arbitragem".
O resto, leiam. Mais um escândalo. Se eu fosse a FIFA, nem esperava por dia 14. Assunto encerrado, ai era, era,