sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Resultados Provisórios

Já há resultados provisórios das webpolls colocadas aqui ao lado direito. Aqui ficam, à data de hoje e a esta hora.





Voltarei a este assunto.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

O que anda este Governo a fazer?

Há coisas que são inevitáveis, em nome da competitividade, como os custos da mão e obra, a produtividade, as qualificações e competências dos funcionários, entre outras, que determinam a fixação ou deslocalização de investimentos no país.
Agora, quando as razões são outras, é caso para perguntar se o Ministro Manuel Pinho anda a dormir, afastado, doente ou já não se interessa pelos assuntos da sua competência, com zelo e empenho?
É que a notícia do presumível futuro encerramento da fábrica da Peugeot-Citroen, em Mangualde, assusta, sobretudo depois do encerramento da Opel na Azambuja. Falo da manchete do Diário Económico de hoje. Que nos traz uma "bela" prenda nesta quadra natalícia, sem dúvida nenhuma...
Quando é que alguém explica a este Governo o que é a proactividade, a antecipação de problemas pela sua resolução e outras coisas que, nos dias de hoje, são absolutamente essenciais a governos visionários?
Nos comentários, certeiros, dos leitores do Diário Económico, podemos ler alguns interessantes, que nos deixam a pensar:
- "o que anda a fazer este governo? se não dorme, ressona...POBRE PORTUGAL";
- "expropriam tudo e todos para desviar uma auto-estrada, mas para manter postos de trabalho, não há liquidez";
- "Todos nós somos culpados. Fazem falta as antigas forças revolucionárias. Os chamados "esquerdalhos" por todos os quarantes partidários politicos";
- "À boa maneira portuguesa, os proprietários dos terrenos entraram na especulação imobiliária, esquecendo que essa moda de enriquecer de um dia para o outro é típico de países do 3º mundo e que gente de países civilizados não pactua com gente dessa laia. Resultado: mandam-se mais 6.000 pessoas para o desemprego, por causa duns alarvezinhos portuguesinhos. Haja vergonha e que alguém ponha fim a esta merda de indígenas, duma vez por todas";
- "Este tipo de situações só serve de publicidade para outras empresas ligadas ao ramo automóvel que ainda por cá estão se começarem a questionar - mas como é que ainda não pensámos nisso?".
Enfim, poderia continuar nas citações, mas recomendo uma leitur desta peça e vou-me questionando: até quando a Mitsubishi irá garantir os seus postos de trabalho no concelho de Abrantes?
Espero que durante muito tempo.
Esperemos todos que 2007 nos traga mais alegrias. Oxalá!

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

VOTE, AQUI AO LADO

Aqui ao lado, à direita, foram colocados três questionários simples, de resposta directa, confidencial e anónima.
Vote. A sua opinião é importante. São três perguntas simples, sobre o referendo ao aborto, o grau de satisfação com o mandato decorrido na Câmara Municipal de Abrantes e as expectativas de qualidade de vida, em geral, para 2007.
Não se acanhe. Vote mesmo!

Este Natal já foi

Lá se passou mais um Natal.
Desta vez, foi um Natal singular, como nunca tinha sido. Fora das paredes das casas de família, mas com toda a família junta. No jantar de 24 com uns, no almoço de 25 com outros.
Cada vez mais, o Natal é para as crianças. Para os adultos sobra a convivialidade, a partilha, o espírito de família. É por isso que nos vamos empenhando em viver cada Natal com paz, harmonia, agradecendo termos ainda saúde (!!!).
No próximo fim-de-semana, muda o ano. Não foi um ano mau para mim. Podia ter sido melhor mas já tive piores. Foi um ano de recuperação de ânimo, de perspectivas pessoais e profissionais. Foi um ano politicamente decisivo.
Espero que 2007 nos traga, a todos, melhores perspectivas. Pela minha parte, antevejo mudanças profundas, a nível profissional.
Voltarei ao assunto.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Natal?

Confesso que a época do Natal não é das minhas preferidas. Vivo-a alegremente pelos meus filhos mas é uma época em que reina a hipocrisia, os falsos moralismos, em que as pessoas pretendem ser o que, na verdade, nem sempre são.
Há uns dias, um funcionário do Centro de Saúde de Abrantes foi à Bairrada e viu várias crianças andando de bicicleta. O que lhe chamou a atenção não foram os que andavam de bicicleta: foi um que não andava. Quando questionado, o miúdo respondeu que não tem bicicleta. Ao lado, o irmão tinha as sapatilhas sem atacadores e queixava-se de que não podia dar um remate numa bola sem que o calçado lhe voasse para fora dos pés, caindo longe. A mãe já lhe havia prometido que, quando fosse possível, compraria atacadores novos!
Isto acontece em Abrantes, freguesia das Fontes.
E quantos casos haverá mais?
Sem alaridos, os funcionários do Centro de Saúde mobilizaram-se, quotizaram-se, foram ao comércio tradicional e amanhã os meninos vão ter bicicleta nova, pista de carros, carro telecomandado, boneca para a irmã, mais velha, calçado, roupa e um cabaz de Natal, onde não vai faltar o bacalhau, as couves e o azeite.
Nasceu uma onda de solidariedade que fará feliz uma família carenciada e que encheu de satisfação todos aqueles que deram algo, sabendo para onde foi a sua dádiva.
As médias superfícies também aderiram com algo e a generosidade de todos excedeu as nossas expectativas. O que começou de modo voluntário mas pequeno continuou voluntário, mas ganhou dimensão. E nós, todos nós, ficámos mais ricos, dando. Um paradoxo perfeitamente compreensível. Foi um gesto bonito, de pessoas, não de profissionais de uma instituição do Estado. Apesar de a situação ter chegado ao nosso conhecimento por força da nossa actividade assistencial.
Por razões óbvias, a identidade desta família fica por fazer.
Não fizémos alarido, fomos discretos e assim deve ser. Muita gente, felizmente, pratica o bem e a solidariedade sem andar por aí a alardear o que faz. Num dos estabelecimentos onde estávamos a fazer as compras, em plena caixa de pagamento, uma senhora, profissional de saúde - ao que julgo saber - resolveu ali, ao tomar conhecimento do fim a que se destinavam as compras que estávamos a fazer, doar dinheiro e ficar, também ela, realizada e feliz.
Outro caso nos sensibilizou e veio-nos à notícia através do jornal "Abarca". Falo da história de Edmundo Maria Cesário, de 62 anos, que vive em condições indignas, sub-humanas, na cidade de Abrantes, na Avenida da Europa (estranha contradição: qual Europa?). Não falo mais deste assunto, até porque a peça do jornal é elucidativa. Como pode este homem - que não existe, oficialmente - ter passado ao lado da comunidade durante tantos anos?
Estes dois episódios, só por si, servem para justitificar porque razão não gosto, em regra, desta época natalícia.
Porque nos torna piegas, sensíveis, melosos. Porque os problemas da vida não se devem resolver de forma serôdia, apenas nesta época. Porque, ajudando, não estamos a criar bases estruturais sólidas para evitar repetições destes fenómenos de exclusão. Porque estou descrente acerca da forma como o Estado e as instituições procuram (não)dar resposta a problemas semelhantes. Porque me choca saber que, para entrar num Lar, em vez da condição de necessidade e precaridade social, seja mais importante saber se a pessoa candidata "leva" a reforma atrás e a doa à instituição e, adicionalmente, se ainda "entra" com algum "dote" para enriquecer o património das IPSS, assim tipo uma conta a prazo, um terreno ou uma casa.
Tenho de parar de falar nisto. Ainda fico mal disposto.
Nesta época, vale a pena pensar se o Natal é isto que andam para aí a impingir-nos?!?...

domingo, 17 de dezembro de 2006

Um café que também é banco


Li no Semanário Económico desta semana: um café que também é banco ou, melhor ainda, um banco que é café.
Chama-se Tatra Bank e fica na Eslováquia. Um conceito altamente inovador. Vejam por vós próprios.
Trata-se, sem dúvida, de uma aposta na qualidade e na satisfação do cliente que deverá ter seguimento em Portugal em breve.
Não se trata de diversificar o negócio da banca para a restauração mas antes criar melhores condições de bem-estar para os clientes. O cliente pode pedir um café ou um chocolate quente, escolher mesmo um bolo do expositor, sentando-se depois comodamente enquanto usufrui deste prazer e aguarda que o chamem para atendimento, na sua vez.
O Tatra Bank é o terceiro maior banco da Eslováquia e é detido por capitais maioritariamente austríacos (grupo Raiffeisen International), de onde vem a tradição do café.
Quanto tempo passará até à "plasmagem" do conceito?

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Espírito de Natal

Não. Não vou falar. Há assuntos de que não vale a pena falar. A prudência assim manda.
Esperemos que as coisas se emendem e que os erros de principiante possam ser corrigidos.
Não. Não vou julgar ninguém. O direito à asneira existe e é de livre adesão. O tempo, por vezes, ajuda a corrigir comportamentos, atitudes, decisões. O homem pode errar e corrigir os seus erros, se estiver disponível para tanto. Isso é válido para todos nós. Não há pessoas infalíveis. Às vezes as pessoas de que nos rodeamos também não ajudam muito. Ou não querem contradizer-nos assim de início, a modos que parece mal, porque a confiança recíproca ainda não é sólida.
OK, tudo bem. Vamos dar tempo ao tempo. E esperar que aquilo que não começou bem, possa melhorar.
Vou esperar, com paciência e boa vontade. O espírito de Natal a isso me compele. É tempo de amor, amizade, solidariedade, fraternidade.
É isso, dá-me jeito pensar as coisas assim, nesta altura. Talvez consiga convencer-me a mim e essa terapia ajude com energias positivas, projectando-as no futuro.

domingo, 10 de dezembro de 2006

A Entrevista

Marques Mendes é bom homem, parece-me sério e tem um passado político de inquestionável serviço e dedicação.
Mas a verdade é que está mais do que provado de que dificilmente convence o eleitorado, aquele que decide. A prova disso são as mais recentes sondagens, que dão o PS com maioria absoluta, apesar de a imagem do Governo não ser muito forte. O líder do PS, José Socrates Pinto de Sousa continua em alta e é à sua custa que o PS continua em alta.
É essa imagem de líder forte, renovador, reformista, capaz de empreender as tarefas de que Portugal precisa que o projecta para níveis elevados de popularidade e aceitação, apesar de ele não ser aquilo que aparenta e de as reformas não serem o que nos querem fazer passar. A verdade é que Portugal, estruturalmente, não melhora em diversas áreas e muitas das medidas são inadequadas, de mera cosmética ou de simples propaganda. Mas isso o povo em geral não alcança.
O contraste desta imagem é a que reveste a personalidade de Marques Mendes. Certinho, bem comportadinho, bom chefe de família mas sem rasgo, sem carisma.
Ora bem: o carisma. É isso que está na base da fulanização da política em Portugal e esta nunca foi tão evidente como nos dias de hoje.
O momento escolhido por Nuno Morais Sarmento não poderia ser melhor. Sócrates em alta, Marques Mendes a teimar não descolar na posição cinzenta a que nos habituou, Durão Barroso e Santana Lopes fora de jogo, Luís Filipe Menezes num jogo que os militantes não apreciam, Marcelo cada vez mais confinado ao papel de entretainer semanal (em queda de audiência a cada Domingo que passa). Portugal está num interregno de eleições, com tempo para se pronunciar (apenas) sobre a descriminalização da IVG, a mais ou menos metade do mandato de Sócrates.
Este é o tempo certo para uma "Nova Esperança". Pelo menos assimo deve pensar Nuno Morais Sarmento e seus pares.
Reconheço-lhe dimensão de líder, gostei que ele tivesse assumido um papel activo na definição de uma alternativa que concorra em 2009 (muito provavelmente no mesmo dia das eleições autárquicas!) contra José Socrates. Gostei mesmo de alguns nomes que ele mencionou, designadamente José Pedro Aguiar-Branco ou Rui Rio, como fazendo parte do mesmo grupo geracional.
Contudo, duas cautelas se impõem:
Primeiro, o projecto não pode cingir-se ao "geracional"; deve assentar em competências técnicas e políticas multidisciplinares, independentemente da idade.
Segundo, alguns nomes próximos do "barrosismo" resistente e citado na entrevista do DN e da TSF, deveriam ser excluídos do "lote", por serem pernicioisos, viciosos e atentatórios de uma reforma de mentalidades e um mais que exigido expurgo de vícios no PSD.
Se houver essa capacidade e essa coragem, NMS poderá ter sucesso amplo no partido e no país. Se, ao invés, os caciques, controleiros e carreiristas sem profissão continuarem no domínio da máquina do PSD e os pretenderem empurrar para o domínio da máquina do Estado, não estarei nesse lado.
Para que fique claro e, logo à partida, é o que se me oferece dizer.
NMS merece o meu respeito, reforçado desde o dia em que, através da entrevista a Maria João Avillez, assumiu o "pecado" do seu passado errático e desviante. Com isso, cresceu e ganhou respeito, assumindo que é (sempre) possível recomeçar e refazer o rumo, com respeito, dimensão humana, competência técnica e projecto político. O que lhe reconheço.
Na hora de decidir, entre avançar ou não avançar, NMS via ter de ponderar se quer contribuir para uma nova alvorada (não vejam aqui semelhanças com nada) ou se pretende levar consigo alguns esqueletos bolorentos que representam o pior que o PSD andou a criar desde a génese do cavaquismo.
Nunca falei tão claro e nunca granjeei tantas inimizades. Podia estar calado e ser conivente mas isso seria deixar de ter a minha marca identitária.
Mas não. Fica aqui, preto no branco.

sábado, 9 de dezembro de 2006

O adeus oficial

No dia 7, quinta-feira à noite, oficialmente deixei de ser Presidente da Comissão Política do PSD Abrantes, nove meses depois de ter sido eleito para essa função.
Cumpriu-se o que estava previsto. Limito-me a não comentar nada sobre o assunto.
Fico na expectativa. Do que vier e do que der. É prudente conceder tempo para ver o que a nova equipa é capaz de fazer e como pretende organizar e dinamizar o papel de oposição municipal.
Na próxima segunda-feira, lá irei à primeira reunião de trabalho com os dirigentes locais, para prepararmos a participação na Assembleia Municipal de quinta-feira próxima.
A passagem de testemunho foi seca. Nem um agradecimento, nem uma referência feita aos que sairam. Nem da Comissão Política, nem da Mesa. Era o que eu esperava.
Será a refundação? Será o começar de novo, fazendo tábua rasa do passado recente?

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

E se a moda pega(2)?

Soltas e breves

Foram ontem a enterrar 3 dos jovens falecidos no Chile. Hoje, a Cláudia vai também a sepultar em Viana do Castelo. Por razões familiares, este processo tocou-me. São jovens da idade da minha irmã e 3 deles foram seus colegas de faculdade. Hoje, a minha irmã está em Viana acompanhando a dor da família e dos amigos da Cláudia que, além de colega de faculdade, foi colega de trabalho.
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Ontem foi ainda dia de evocação da Memória de Francisco Sá Carneiro. Passaram 26 anos e a verdade não prescreve - foram os homens e o sistema de justiça que criaram esse esquema administrativo, seguramente com boas razões.
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Ontem reuniu a Assembleia Distrital do PSD de Santarém. Sala cheia, bem composta, intervenções para todos os gostos - algumas de bajuladoras, outras equidistantes (não quero chamar-lhes cinzentas) e ainda as de livres-pensadores, críticos, reflexivos, prospectivos e proactivos. Pelo menos voltámos a falar de Portugal e do distrito.
Lá disse o que disse e penso que não fui ofensivo. Mas disse o que penso e o que sinto, sem espartilhos e sem amarras.
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Hoje recebi o jornal «Abarca», que me (nos) presenteou com um suplemento sobre o "Azeite". Esta é uma boa prática - os suplementos temáticos - que, infelizmente, foram caindo em desuso na nossa imprensa regional e local. Obrigado «Abarca» pela iniciativa e pelo conteúdo.
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Amanhã o Benfica vai tentar fazer o quase-impossível, ou seja, alcançar um quase-milagre. Para os mais crentes, eles às vezes acontecem. Oxalá...

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Carta de uma Mulher Desesperada

BENFICA!


2-0!
Piu...