quinta-feira, 29 de março de 2007

Novelas & Novelos - Acto 2

Hoje deveria ter sido publicada a minha 2ª crónica semanal no PL. Abri o jornal e nada vi. Se calhar já fui dispensado. Pelo sim, pelo não, aqui fica o artigo que deveria ter sido publicado, também, na edição impressa de "Primeira Linha".
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Logo na minha segunda crónica vou derivar para uma questão nacional.
Um blog, da autoria de António Balbino Coelho, chamado “Do Portugal Profundo”, tem vindo a insistir no tema das habilitações literárias do Engº José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
O jornal “Público” também já dedicou, na passada semana, quatro páginas ao assunto e outros periódicos mais sensacionalistas também.
A investigação tem dois anos e parece que há cada vez mais elementos que indiciam que o processo de licenciatura do actual Primeiro-Ministro (e não só!) pode ter tido contornos pouco nítidos. No mínimo, isso. Pelo menos, o site oficial do PM já mudou a indicação das habilitações literárias do mesmo.
Estou como diz o jornal “Público”: “o currículo académico de um político ou qualquer outra figura pública não é critério para o avaliar nem como pessoa, nem para saber se é ou não competente para exercer o cargo que ocupa. Grandes figuras políticas europeias - como Jacques Delors - não possuíam qualquer licenciatura”.
Coisa diferente é tentar saber se, caso tenha havido mesmo alguma trama ilegal, vão existir culpas e culpados. Há que investigar de modo sério todos os comportamentos e desejar que a justiça seja chamada a intervir, se for esse o caso.
Mais habilitação, menos habilitação, isso é pouco importante.
O que me preocupa e o que gostaria de saber é se a filiação partidária do cidadão José Sócrates o beneficiou no processo de obtenção do grau de licenciado.
Preocupa-me que a sua posição de proximidade ao Governo, em 1995, o possa, eventualmente, ter beneficiado neste processo.
É preciso saber também se as equivalências e a obtenção de aproveitamento nas cadeiras em falta, por parte do cidadão José Sócrates, teve algum custo financeiro, directo ou indirecto, para o Estado Português. E, já agora, se este existiu, qual o encargo financeiro que representou?
Preocupa-me o silêncio da oposição, sobretudo do PSD, em todo este caso. É, aliás, incrível este silêncio, além de comprometedor. Haverá “telhados de vidro” ou o que importa é fazer propostas que o país, neste momento, não pode comportar, como é exemplo a proposta de diminuição de impostos, apenas feita para tentar antecipar uma eventual decisão do Governo no mesmo sentido, em pleno ano de eleições?
Por fim, algo que me conduzirá a Abrantes (prometi que voltaria sempre a esta região depois de falar de um assunto nacional ou internacional): será que o cidadão José Sócrates se deixou vencer pela miríade do “parecer” sobre o “ser”?
Abrantes, tal como Portugal, vive mais centrada no “parecer” do que no “ser”.
O país “parece” que tem melhor saúde, mas isso é mentira. O país “parece” que tem menos desemprego mas ainda estão por explicar as “limpezas” de ficheiros empreendidas, para além do recente aumento da emigração e da alteração da metodologia de cálculo. O país “parece” que todos os dias anuncia novas empresas e milhares de postos de trabalho mas as empresas continuam a deslocalizar-se e a precaridade do emprego aumenta. O país “parece” que iria abrir concursos para dirigentes do Estado mas a verdade é que as nomeações continuam e deverão continuar. O país “parece” que tem gente com mais qualificações mas todos somos unânimes quando achamos que estamos ainda mais longe do padrão médio do profissional europeu, japonês ou americano.
O país rendeu-se à imagem de um Primeiro Ministro pretensamente europeu, urbano, evoluído, visionário, culto, humanista, tolerante e empreendedor e que todos, pretensamente, queremos seguir. Afinal, sempre há quem duvide da lisura de procedimentos do cidadão José Sócrates para se arrogar no direito de se auto-proclamar engenheiro civil. É preciso ir ao fundo do “ser” e explicar.
Em Abrantes, não está em causa a questão das habilitações literárias dos nossos governantes locais mas, igualmente, impera o “parecer”. “Parece” que vivemos num concelho moderno, próspero, de futuro mas somos cada vez menos, continua o êxodo demográfico, as taxas, tarifas e serviços que pagamos ao nosso Município são cada vez maiores e estamos a sofrer na pele a necessidade de pagar a manutenção, a limpeza, a segurança, a electricidade, salários e consumos correntes dos diversos equipamentos municipais construídos, muitos deles porque era importante “parecer” o que não “somos”.
“Parece” que temos um tecnopólo, parques industriais repletos de dinâmica, empresas a chegar a rodos, muita propaganda no boletim e no site da autarquia mas a verdade é que não vivemos melhor, os “filhos da terra” não arranjam emprego em Abrantes no final do seu percurso académico nem os alunos da ESTA, em geral, aqui se vão fixando e constituindo família, com poucas e honrosas excepções.
Parece que há mais oportunidades para todos mas o fosso entre a cidade e as aldeias acentua-se e gera novos fenómenos de exclusão.
Talvez aqui a questão, sobretudo, do percurso profissional dos nossos governantes possa ser relevante: nenhum dos cinco membros do executivo a tempo inteiro teve um percurso feito na vida (difícil) das empresas ou do sector privado puro. É diferente – muito diferente – sentir o que sente que ousa arriscar vestindo essa mesma pele do que imaginando-a por interposta pessoa ou relato contado. Quatro dos cinco membros do governo da cidade são professores, com percurso feito na posição de empregados do (sempre seguro) Estado – e nada tenho contra isso nem contra quem é empregado do patrão-Estado! O elemento que falta uma fez percurso numa associação, ainda assim criada entre várias autarquias, para as servir e delas dependente financeiramente.
Provavelmente, nenhum dos cinco sabe o que custa “dar o aval à subscritora”. Ainda bem!Talvez sobretudo por isso, a tentação para o “parecer” sobrepõe-se, em Abrantes, tal como no país, ao “ser”. Vivemos num mundo do “faz-de-conta” e isso é, em parte, resultado do estado de hipnotismo a que somos conduzidos por governos – local e nacional – que nos procuram mostrar o que “parece” e não aquilo que “é”. Não é?

sexta-feira, 23 de março de 2007

Novelos& novelas – acto 1

Solicitou-me o director deste jornal que eu passasse a escrever, com regularidade, uma coluna de opinião. O Rolando Silva nem sabe onde se meteu – digo eu! – mas recordo-me que ele insistiu e lembrou-me que seria uma forma de continuar ligado ao projecto.
A princípio disse que não escreveria coisíssima nenhuma mas ponderei, reponderei, dormi sobre o assunto e aqui estou a fazer uma experiência, repito, uma experiência. Eu estou a experimentar esta fase nova, o jornal está a experimentar um novo colaborador, alguém que bem conhece o jornal, mas que agora colabora à distância, por fora, sem intromissão de qualquer espécie na vida do periódico. Envio os textos através de correio electrónico, leio o jornal no dia em que ele sai, à noite normalmente, depois de regressar a casa.
Escrever com regularidade implica compromisso, dedicação, talento, domínio da língua portuguesa, capacidade de segurar leitores ao papel. Para mim, significa ainda uma tentativa de ser fiel às minhas convicções, de ser autêntico mas de ser, ao mesmo tempo, equilibrado, justo, honesto. Estes critérios são, num primeiro momento, avaliados por mim, o que é difícil. Mas os leitores também poderão participar nessa avaliação, interagindo comigo. Em baixo, fica a minha caixa de correio electrónico, à disposição de todos os que quiserem criticar, sugerir, debater ou simplesmente trocar opiniões. Espero que seja uma aventura interessante.
O futuro o dirá. Uns gostarão de ler o que escreverei aqui; outros não simpatizarão nada com a ideia. O director do jornal fica desde já autorizado a “despedir-me” destas funções quando quiser. Não levo a mal.
Vou procurar escrever, essencialmente, sobre assuntos que digam respeito ao concelho de Abrantes e aos concelhos da área de abrangência de Primeira Linha. Por vezes, terei de recorrer a temas nacionais ou internacionais. Contudo, irei procurar sempre regressar à importância que esse assunto possa ter para a nossa região e para o nosso futuro.
O director deste jornal justificou o convite que me fez com uma realidade: agora já não estou directamente ligado a cargos partidários executivos. É verdade. Mas sou vereador e ainda tenho algumas responsabilidades comunitárias, porque sou, também, director de quatro Centros de Saúde: Abrantes, Constância, Mação e Sardoal. Senti, assim, que poderia haver algum conflito neste desafio. Mas depois pensei melhor e concluí: em 2009 não serei candidato, logo, não estarei a usar deste espaço para me promover. E quanto à saúde, fico livre desse compromisso no final do corrente mês de Março.
Concluo o mandato, cumprem-se três anos desde que assumi funções no Ministério da Saúde. Contrariamente ao pedido pelo Presidente da Câmara, em carta dirigida ao ministro da Saúde e em comunicado à população, pedindo a minha demissão, cumpri na íntegra o meu mandato. Penso que cumpri bem. Regresso agora à minha vida profissional e vou trabalhar fora do concelho, continuando no distrito de Santarém.
Estou e estarei vigilante. Porque estou preocupado, muito preocupado com o futuro do concelho de Abrantes, com o futuro de toda esta região de interior, cada vez mais distante do litoral e mais perto de um interior que perde, em cada ano, pujança, pessoas, empresas, capacidade de atracção e de fixação de pessoas. Estamos mais longe do litoral e poderíamos pensar que estamos, por isso, mais perto da Europa e, mais imediato, mais perto de Espanha e dos seus grandes centros: Madrid, Barcelona, Sevilha, Valladolid, Valência, Vigo, Málaga, Saragoça e outras grandes cidades. Mas não, estamos mais longe de uma e de outra realidades. Infelizmente.
A ESTA vai agora organizar um evento sobre comunicação e empreendedorismo. Espero que seja uma “pedrada no charco”. Mas estou céptico e tenho cada vez mais dúvidas que o modelo de desenvolvimento que estamos a adoptar nesta região seja eficaz.
Ao longo dos próximos tempos, procurarei ir aqui expondo o que penso sobre vários assuntos que são fundamentais para o nosso futuro colectivo.Para já, este primeiro artigo serve como “estatuto editorial” desta coluna que nasce.
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(crónica publicada no Jornal «Primeira Linha» de 22.03.2007)

terça-feira, 20 de março de 2007

Capicua em português

Sabiam que a seguinte frase:
"SOCORRAM-ME SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS"
lida da direita para a esquerda, é exactamente a mesma coisa???

segunda-feira, 19 de março de 2007

Cronista

O meu amigo Fernando Brazão disse-me há dias que é pena os meus textos (alguns) não serem lidos por mais pessoas.
Diz ele que o blog é um espaço pouco visitado. É verdade.
O Director do jornal Primeira Linha lançou-me o desafio de começar a escrever opinião nas páginas do semanário que dirige há mais de 5 anos.
Uma coisa tem a ver com a outra.
Aceitei o desafio e vou fazer a experiência de escrever uma crónica semanal no Primeira Linha.
Vamos ver se aguento mais este compromisso e se terei quem me leia e aprecie os meus escritos. Propus o nome de "novelos&novelas" para a séria de crónicas.

Dia do Pai

Hoje foi Dia do Pai.
Os meus filhos deram-me prendas que eles próprios fizeram na escola. O mais importante, porém, é o seu amor incondicional por mim, semelhante ao amor infinito que tenho por ambos.
O mais velho deu-me uma caneca, com uma dedicatória e um forte abraço e um beijo.
A mais nova deu-me um porta-chaves, com uma dedicatória também e um enorme abraço ternurento. Fui brincar com ela à escola.
Hoje, recebi. Gostava de ter dado. Mas o meu pai já não está comigo há mais de 10 anos. Pensei nele, como faço com regularidade. Gostava de lhe poder dar um abraço hoje. E de lhe dizer que ele foi o maior!
O segredo é viver cada dia com intensidade, tirando do mesmo o melhor partido. A vida é curta, muito curta mesmo. Há que saber aproveitá-la.
(Sobre assuntos chatos, como as crises nacionais no PSD e, sobretudo, no CDS ou ainda sobre a Carta Educativa de Abrantes escreverei noutro dia e noutra ocasião).
Feliz dia do pai para todos os que são pais, avós, bisavós...

quarta-feira, 14 de março de 2007

3 razões fundamentais

Os dois posts anteriores registaram elevada leitura. É certo que convidei algumas pessoas a lerem este espaço e a pronunciarem-se sobre o que escrevi. E o desafio foi aceite.
Alguns dos que leram o que aqui escrevi poderão perguntar: mas o que é que ele quer? Quer concorrer novamente? E o que é que o move a escrever deste modo?
Primeiro, quero contribuir com o meu empenho cívico para um futuro mais risonho, mais próspero, mais solidário e respeitador dos princípios do desenvolvimento sustentável no meu concelho.
Respondo à segunda pergunta: não sou nem serei candidato. Logo, deixarei de ser vereador em 2009, com 8 anos feitos na oposição. Tive a minha chance. Ou porque não tive qualidade suficiente, ou porque não consegui fazer passar a mensagem que traduzia a minha visão (não só minha, mas de uma vasta equipa), a verdade é que os abrantinos entenderam – e os eleitores entendem sempre bem! – que eu não merecia a oportunidade. Não há mal nenhum nisso nem me sinto diminuído. Dei o meu melhor e continuo a acreditar – mal fora que assim não fosse – que o projecto que defendi era – e é! – melhor para o concelho de Abrantes.
Os do poder usam truques – forte comunicação, propaganda, marketing e apostam largamente em obras de fachada, faraónicas algumas, caras todas. Só são investimento no momento em que se estão a construir; depois disso são uma fonte inesgotável de despesas correntes que aí ficarão como herança. Mas os do poder também são inteligentes e também terão qualidades. Creio que sim. Não sou daqueles que acham que aqui, do lado onde estou, só há virtudes e do outro lado, junto dos nossos adversários, estão os defeitos todos.
O que é que me move a escrever da forma como o faço, era a terceira pergunta acima enunciada?
Porque, no meu contributo cívico, sinto que a minha lucidez, a experiência e conhecimento que tenho do concelho podem ser úteis a uma solução válida de futuro, alternativa ao actual poder desgastado mas que irá, por certo, recandidatar-se a mais um mandato. Nada quero em troca. Só o prazer de ver o actual poder derrotado e de poder ambicionar e sonhar que Abrantes poderá concentrar-se e reencontrar-se, fazendo muito, muito melhor e muito diferente; que Abrantes poderá, então, apostar de modo sustentável em crescimento, desenvolvimento, riqueza, emprego, progresso, crescimento demográfico, não aceitação da actual tendência de interiorização do concelho (migrações, envelhecimento, falta de vigor económico…), assistindo ao regresso dos seus “filhos” rejeitados e enjeitados, aqueles que tiveram de partir para encontrar um horizonte de futuro e esperança que a sua terra não proporcionou.
Como disse, não devemos iludir-nos. Nelson de Carvalho vai concorrer a um último mandato. Porque a lei o permite e porque ele gosta de ser autarca e não aparenta reunir condições – actualmente – para sair daqui. É uma convicção pessoal, só isso. Não vincula nada nem ninguém excepto eu e aqueles que também assim pensem.
Aliás, penso mesmo que na região todos os actuais presidentes de câmara se irão recandidatar, por mais que digam agora o contrário: António Mendes em Constância, Fernando Moleirinho em Sardoal, Saldanha Rocha em Mação, Jorge Martins em Gavião, Irene Barata em Vila de Rei, Luís Miguel Pombeiro na Barquinha, Jaime Ramos no Entroncamento, António Paiva em Tomar (até este) e Moita Flores em Santarém, entre outros.
A lei permite, o QREN está aí e a vontade de deixarem a sua marca (bem ou mal) é latente.

terça-feira, 13 de março de 2007

Aditamento ao post anterior

O Vice-Presidente do PSD de Abrantes, Gonçalo Oliveira, chamou-me a atenção para uma situação decorrente do post anterior.
A reversão do lote da Jorgel significará, adicionalmente, a deslocalização do centro de produção para Peniche, onde os responsáveis da - até aqui - empresa de Abrantes concentrarão os seus negócios.
Por outras palavras, não é só uma empresa que deixa de se expandir - é uma empresa que se vai embora. O que é ainda mais grave.
Bem observado! Estamos tramados!

segunda-feira, 12 de março de 2007

Erros locais de elevada severidade

Há uns anos atrás, entre 24 e 27 de Maio de 2001, antes das eleições autárquicas desse ano, realizou-se em Abrantes, com elevada pompa e circunstância, a I Feira Nacional do Azeite e o II Encontro Nacional do Azeite.
Foi uma festa com tudo aquilo a que Nelson de Carvalho e seus pares nos habituaram no domínio do marketing e comunicação. Abrantes iria ser a capital do azeite. Até iríamos avançar com mil hectares de olival, para ajudar a cumprir a meta nacional (salvo erro seriam 20 mil hectares). Depois, bem depois vieram as desculpas, que os agricultores queriam "dado e arregaçado" e que assim, e tal, a coisa já não avançava - e não avançou.
Agora, o Fundão agarrou nesta ideia que se deixou perder - dava um trabalhão do caraças e não havia pilim da comunidade europeia - e zás, lançou a sua Feira Nacional do Azeite. É já entre 12 e 15 de Abril.


Mais a norte vai mesmo nascer, noutro concelho, já de Trás-os-Montes, o Museu do Azeite. Não é que Belmonte não tenha já o seu Museu do Azeite, mas...
A verdade, por mais que nos custe - e custa! - é que este executivo socialista gosta, sobretudo, de fazer obra fácil. Apesar de tudo, é mais fácil construir obras, ainda que grandes, com apoios garantidos, do que gerar conteúdos, trabalhar nos projectos imateriais e gerar riqueza a partir das ideias.
Até a cortiça já perdemos para, pelo menos, dois concelhos a sul: Ponte de Sor e Coruche.
***
Deixe-me dar mais alguns exemplos da ideia que possuo sobre a (limitada) capacidade empreendedora dos executivos municipais socialistas de Abrantes.
Começo por referir a fraqueza de fixação de empresas no Parque Industrial.
Quando comecei a "apertar" com as críticas de falta de empresas, a meio do anterior mandato, a equipa de Nelson Carvalho esforçou-se por tentar demonstrar o contrário. Encontraram algumas empresas, desmentiram-me quando eu disse que havia "meia dúzia" de empresas (uma figura de estilo) e toca de demonstrar o contrário, colocando até placas com os nomes das novas empresas. Algumas, felizmente, acabaram por avançar com a construção e aí estão. Ainda bem. Na divulgação da venda dos terrenos e no anúncio de novos postos de trabalho, foram céleres e eficazes.
Como será agora a atitude do "telecomandado" SDI (sem ofensa para alguns profissionais que têm mesmo de emitir os comunicados que têm de ser emitidos em uso de propaganda) ao ter de informar a população que 6 empresas a quem tinham sido vendidos os terrenos, afinal, não se vão fixar por aqui e acabarão por ver os seus lotes revertidos para o Município?
Por outras palavras, o Município paga aquilo que recebeu e volta a dispor dos terrenos para tentar colocar no mercado.
Depois da Ourividro e da Gerarfrio (já este ano), hoje foi a vez da FML – Fundição e Metalurgia (2 Lotes), da STEEL TEJO – Metalomecânico e Fabrico de Máquinas (1 lote) e da CIM – Cacém Industrial Metalúrgico (1 lote). A Recy-Top também vai perder o lote que tinha adquirido para se poder expandir porque, afinal, não vai precisar do mesmo. Na próxima semana será a vez da Jorgel (1 lote).
Garantem-nos que isso até é bom porque estavam a ficar com falta de lotes e há muita gente para se instalar?!? A sério, é esta a visão dos responsáveis do Município. Não os critico por pensarem assim. Critico antes os abrantinos que lhes deram o voto de confiança e, afinal, Abrantes não está "uma terra melhor para viver, trabalhar e investir".
É que, antes desta reversão, podíamos contar ainda 35 lotes disponíveis para venda! Para que não pensem que minto, aqui ficam eles: I26, I34, I38, I15, I16, I17, I18, I01, I02, I03, I04, I06, I59, EA67, I61, I68, I69, I70, I71, I72, I73, I75, I77, I78, I79, I80, I81, EA82, I83, I84, I85, I86, I87, I88, e I89.
Outro exemplo: a dinâmcia do Tecnopólo está a anos-luz daquilo que seria desejável. O Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica incuba pouco, faz pouco como motor de desenvolvimento tecnológico para induzir outros investimentos. O Centro Tecnológico Alimentar é um capricho cuja viabilidade ainda está por aferir. Consta que alguém vai ficar melhor por aquela infraestrutura existir mas a grande pergunta a que temos de dar resposta é esta: "aquilo era, de facto, fundamental para alavancar o desenvolvimento das empresas e, por via disso, gerar mais emprego, mais riqueza e mais desenvolvimento?". Talvez, um poucochinho. É essa a palavra: um poucochinho! O Centro de Inovação, Incubação e Desenvolvimento de Empresas está atrasado. Já terá financiamento assegurado? E, depois, o que irá fazer, em concreto, pelo desenvolvimento económico, pela geração de riqueza e pela criação de emprego local e regional? Como será gerido? Com que modelo? Outro equipamento a colocar no Tecnopolo é o Forum Empresarial. Também está atrasado, já mudou de local, já cresceu em dimensão e é de difícil financiamento e sustentabilidade.
Enfim, uma sucessão de erros, não porque o conceito esteja incorrecto mas porque não há condições técnicas dos decisores e responsáveis para fazerem esse percurso de modo adequado.
É assim género peixe fora de água. Normalmente morre de boca aberta e sem água por onde nadar e voltar a fugir para o seu meio. A aventura de um peixe fora de água só muito raramente corre bem.
Continuamos a dar o benefício da dúvida?
***
Para acabar em beleza neste dia, sinto que devo falar (ainda que levemente) da Carta Educativa.
Não o irei fazer numa perspectiva técnica (fica para outro dia, quem sabe?) mas antes "picar" uns dados que nela estão contidos para fazer extrapolação política.
Para este efeito, colhe apenas colocar 3 quadros retirados da proposta de Carta Educativa que o Conselho Municipal de Educação vai apreciar dia 22 de Março.

Ora aqui têm. Verifiquem 3 cenários de projecção demográfica:
- O pior diz que passaremos de 42,4 mil habitantes em 2001 para 37,8 mil habitantes em 2001;
- O segundo pior aponta para 38,5 mil habitantes em 2001;
- Na melhor das hipóteses seremos 39,2 mil habitantes nessa altura.
Em qualquer dos cenários, Abrantes perde população. Para quem anda a viver ilusões e a multiplicar a despesa corrente, podemos ter a certeza de que teremos de pagar cada vez mais taxas, tarifas e impostos porque seremos cada vez menos e a despesa que o PS gerou será cada vez maior. Já não sou apenas eu quem o diz - agora a própria Carta Educativa subscreve este cenário terrível.
Outro quadro:

Aqui, podemos ver como o Índice de Envelhecimento vai continuar a aumentar no nosso concelho.
Como consequência, eis o quadro seguinte:

Em 2001 deverá haver mais 32 lugares disponíveis do que a procura existente ao nível de Jardins de Infância, mais 501 (!!!) lugares em sala disponíveis do que alunos do 1º ciclo, mais 168 lugares em sala do que alunos bos 2º e 3º ciclos e mais 330 lugares em salas de aulas do que a procura de alunos ao nível do secundário. Ao todo, o nosso concelho terá mais cerca de 1000 lugares em sala do que a procura por parte dos alunos do concelho, já daqui a 4 anos.

O território educativo 1 (TE1) é o Agrupamento Vertical Dr. Manuel Fernandes, o TE2 é o de Tramagal e o TE3 o D. Miguel de Almeida. Creio que faltam aqui as escolas Dr. Solano de Abreu e Profissional de Desenvolvimento Rural de Mouriscas.

Seja como for, o que isto nos diz é que, ao contrário do que nos andam a querer fazer crer, o concelho de Abrantes continua a não conseguir suster o êxodo populacional e vai continuar a definhar.

A única coisa que cresce é a factura a pagar por parte das famílias, das empresas, das insituições, enfim, por parte de todos e cada um de nós.

domingo, 11 de março de 2007

Benfica-Sporting

Falta pouco. Espero que corra bem.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Ecomuseu

Um dos assuntos que hoje foi apreciado e deliberado em reunião da Câmara Municipal de Abrantes teve a ver com o espaço do Ecomuseu, em Martinchel.

O espaço é só isso mesmo - um espaço. Vazio, sem conteúdos visíveis, sem actividades dignas de registo.
Agora, ao cabo de alguns anos de degradação física do espaço e da sua envolvente, a Câmara Municipal de Abrantes decidiu entregar à empresa Alfa Aventura a gestão do espaço, o qual passará a dar apoio à promoção turística do concelho.
Está assim morto o Ecomuseu. Mas, afinal, o que é um Ecomuseu?
Trata-se de um conceito relativamente novo, criado em França no início da década de 70 do século passado, por um senhor chamado Hugues de Varine.
Segundo o «Jornal de Notícias" de Domingo, 04.03.2007, a filosofia de um ecomuseu "tem como princípio programático a focalização na identidade de um determinado local e o envolvimento constante da comunidade onde se insere". Logo por aqui se vê que nunca tivémos um ecomuseu mas um edifício pago com o nosso dinheiro que nunca foi o que estava previsto ser.
Diz ainda o JN que "os ecomuseus privilegiam o património cultural e natural em detrimento da colecção e a comunidade em vez dos visistantes e são polinucleares, ou seja, não se restringem a apenas um espaço físico".
Podem ainda ver o que a Wikipedia define como ecomuseu.
O maior ecomuseu do mundo fica no Canadá, apesar de França e Itália serem os países do mundo com mais tradição neste tipo de equipamento. O Kalyna Country é, de facto, o maior ecomuseu do mundo, com mais de 20 mil quilómetros quadrados de área. Visitem e vejam como é diferente daquilo que nunca chegámos a ter.
Aos poucos, a política do executivo socialista vai tentando corrigir os erros do passado, embora nunca admite que a oposição tinha razão quando fazia críticas a um modelo expansionista do lado da despesa sem sopesar devidamente a necessidade de criação sustentada de riqueza. E quando falo de oposição - modéstia à parte - falo do PSD, a única que tem sido consistente e coerente e que tem "direito" a reclamar créditos pela inflexão de política que o PS vem tentando efectuar, sobretudo desde as eleições de Outubro de 2005.
Por cá, o ecomuseu do Seixal já compeltou 25 anos de actividade. Visitem também e verão todas as diferenças para o nosso concelho. "Territorialmente, o EMS integra 8 sítios (6 núcleos museológicos e 2 extensões) e gere 3 embarcações tradicionais de recreio. Funcionalmente, o EMS baseia-se na gestão integrada de serviços, por que se reparte a nossa equipa permanente de cerca de 45 pessoas, abrangendo a investigação, a documentação, a conservação, a exposição, a difusão e a educação, centradas num vasto acervo museológico e num património muito diversificado", podemos ler no sítio indicado.
Há outros em Montalegre (ecomuseu do Barroso), em Belmonte (ecomuseu do Zêzere) e em Viseu (ecomuseu da Torredeira), pelo menos.
Por cá, escolhemos a via mais fácil: entregou-se a uma empresa que explora o Parque de Lazer e Recreio de Aldeia do Mato e - em teoria - os bungallows, os tais que tardam a entrar em funcionamento, demonstrando mais um mau investimento efectuado por este executivo.
Mesmo assim, vale a pena tentar este novo rumo, porque já ficou provado que a Câmara Municipal de Abrantes não dispunha de pergaminhos para criar, explorar e manter em adequado funcionamento o Ecomuseu de Martinchel.

OPA

Compreendo que o Engº Belmiro de Azevedo meta medo a muita gente. Compreendo os receios de oligopólio nas comunicações se a desblindagem de estatutos da PT tivesse sido aprovada anteontem.
Mas o sinal que o governo deu foi mau demais. Colou-se ao grupo do BES+Berardo+Ongoing e pequenos accionistas (não todos).
Ao assumir o seu voto através da Caixa Geral de Depósitos (não era preciso o Sr. Vara falar para se perceber como se tinha comportado a Caixa), o Estado, representado pelo governo do Engº Sócrates veio dizer que estava contra a desblindagem dos estatutos da PT. Depois, o ministro Mário Lino veio invocar, sem razão de ser e numa atitude patética de nos "atirar areia para os olhos" que a posição do governo tinha sido neutral.
Belmiro de Azevedo já mostrou a todo o Portugal que é empreendedor, dinâmico, criador de riqueza, capaz, competente e um dos melhores empresários que o nosso país já conheceu.
É claro que também tenho alguns receios mas admiro o homem e a obra. Como diz - e bem - Vasco Pulido Valente no seu editorial de ontem do "Público", "Sócrates não se deve agora espantar que ninguém queira pôr um tostão neste seu Portugal tão bem 'blindado' ou que o engº Belmiro resolva amanhã procurar mais verdes pastagens".
É o mais certo, e Portugal ficará a perder com isso. Uma vez mais, embora contente porque os interesses instalados não foram mexidos.

domingo, 4 de março de 2007

Desemprego e desgaste

Este governo mentiu: prometeu criar milhares de empregos e o desemprego aumenta. E aumenta ao mesmo tempo que aumenta a emigração, o que significa que, se não tivesse havido aumento do êxodo de portugueses em busca de emprego no estrangeiro, a taxa de desemprego seria ainda maior!
Os portugueses ainda não mostram, em geral, descontentamento face a este governo mas lá chegaremos... e depressa.
O problema é que a oposição não oferece nenhuma garantia de melhor capacidade de execução da prática governativa. Se oferecesse os eleitores já teriam mudado a sua tendência de voto.
Paulo Portas percebeu isso bem e procura ocupar esse espaço. No PSD também começa a assistir-se a movimentações.
A oposição à direita do PS pode, afinal, tentar conquistar já o poder em 2009. O calendário dirá se isso será possível. Logo após a Presidência portuguesa da UE prevejo grande desgaste sobre o governo do Engº Sócrates. E da capacidade de fazer aumentar esse desgaste, a cargo das oposições, nascerá - ou não - a alternativa viável de governação. Os portugueses o dirão.
Para já, na 6ª feira passada, milhares de portugueses (ouvi falar em 120.000!) desfilaram em Lisboa contra a política do governo. Podem ver a cobertura que o Diário Económico dá ao assunto. Pessoalmente, não concordo com algumas das reivindicações da MANIF (por exemplo, fim do sistema de avaliação de desempenho, possibilidade de todos os funcionários atingirem o topo da carreira, aplicação indiscriminada de subsídios de risco, etc) mas a verdade é que o evento já mobilizou muita gente: a suficiente para "assustar" o senhor Pinto de Sousa.
A verdade é que este, como Primeiro Ministro, dispõe de condições únicas para empreender as reformas e apresentar resultados. Tem ficado aquém, sobretudo, os resultados são escassos para tão grandes sacrifícios exigidos e impostos aos portugueses. Tem maioria absoluta, goza de um mandato mais longo, goza de consenso popular de que as reformas eram inevitáveis para salvar o país, entre outras. Mas os resultados (como os magros menos 0,4% de processos em tribunais ou os escassos 1,2% de crescimento económico, o mais baixo da UE) estão muito aquém do esperado e do necessário. E porque a expectativa era alta (muito alta, por culpa do próprio PM) a desilusão será proporcional à expectativa.

Anedota

A Fernanda Mendes acabou de enviar-me uma anedota bem engraçada. Obrigado, Fernanda. Aqui fica ela:
"Numa reunião com o Presidente da Suiça, o primeiro-ministro português apresentou-lhe os seus ministros:
- Este é o ministro da Saúde, este é o ministro dos Negócios Estrangeiros, esta é a ministra da Educação, este é o ministro da Justiça, este é o ministro das Finanças ...
Chegou a vez do Presidente da Suiça:
- Este é o Ministro da Saúde, este é o Ministro dos Desportos, este é o da Educação, este o da Marinha ...
Nessa altura, com ar emproado, José Sócrates começou a rir:
- Ha! Ha! Ha!.... Para que é que vocês têm um Ministro da Marinha, se o vosso País não tem mar?
O Presidente da Suiça faz um ar digno e respondeu:
- Não seja inconveniente. Quando você apresentou os seus ministros da Educação, da Justiça e da Saúde, eu também não me ri".

sexta-feira, 2 de março de 2007

Abaixo de nulo

A “criatura” ligou-me pelas 8:56 horas desta amanhã. Não tinha o telemóvel comigo na ocasião, por isso não reparei. Quando vi que tinha uma chamada não atendida, feita para o meu telemóvel a partir do número 919041636, marquei esse número. Eram 9:02 horas da manhã.
Assim que atenderam do outro lado, identifiquei-me e perguntei com quem estava a falar, dado que um número de telefone desconhecido estava registado no meu telemóvel.
A “criatura” começou de imediato a vociferar. Ameaçou-me com pancada, com uma sova, que me fazia e acontecia, que me dava pares de estalos, que fosse trabalhar, dado que tenho bom corpinho.
Tive dificuldade em perceber quem era. A voz não me era estranha mas, confesso e juro que assim foi, não consegui perceber quem me estava a insultar durante mais de um minuto. Bem pedi para a pessoa se identificar mas nada.
Falou de um encontro que eu terei tido em Valladolid em que eu terei falado nele (mal, presumo). Ao falar em Valladolid percebi quem seria porque nessa deslocação profissional (estritamente profissional) que fiz surgiu-me como interlocutor um dirigente partidário distrital. Foi a pista que me fez perceber que era a “criatura” em pessoa, ali ao telefone, a insultar-me e a lançar “postas de pescada”. Logo nele, cujo nome não pronuncio por razões de – já o disse e repito-o – higiene pessoal. Nem quero saber da sua vida para nada. Feliz ou infeliz, bem ou mal, é-me indiferente. Há muitos anos que assim é.
Ora, nunca pensei ter de perder mais de um minuto com este assunto. Mas vale a pena fazer este exercício, porque fui ameaçado na minha integridade física. Se eu adivinhasse a chamada (se eu fosse bruxo), a mesma teria sido gravada e a “criatura” lá teria de ir justificar-se ao Juiz. Mas, infelizmente, apanhou-me desprevenido. Desta vez…
Vamos aos aspectos morais e depois aos psicológicos.
Uma “criatura” que escrutinou a minha vida nos jornais, que tem uma fixação doentia sobre mim e sobre alguns dos meus amigos e que, nas urnas, vale menos do que os votos nulos, só pode ser abaixo de nulo. Uma nulidade profunda, porque é abaixo do nulo. Foi isso que os eleitores de Abrantes tentaram dizer-lhe. Toda a gente já o percebeu, menos a “criatura”.
Não tem autoridade moral para se arrogar no direito de ser intocável e de me insultar, exigir que não fale dele – não o faria, excepto se não tivesse sido hoje ameaçado telefonicamente pela “criatura”. Não tem lucidez para perceber que deve estar doente, psicologicamente falando, porque eu não mereço as suas atenções (faz-me um favor se deixar de vir espreitar a este blog). Há vários anos que escreve cobras e lagartos sobre a minha pessoa e a todos os ataques tenho respondido com o silêncio que a “criatura” merece. E eu não mereço ter de aturar a “criatura”. A “criatura” zanga-se sempre com tudo e com todos. Onde ele entra, cria-se confusão, sururu, conflito. Claro que o problema deve ser “dos outros”, porque a “criatura” sente-se perfeita. Nunca terá reflectido para perceber que ninguém lhe “liga pevide”, ninguém lhe “passa cartão”, ninguém quer saber o que a “criatura” pensa.
Os abrantinos já o tentaram demonstrar, com um humilhante resultado eleitoral.
E pronto. Cá fico eu à espera que a “criatura” me agrida, me esfole ou me mate. Sim, porque de uma pessoa desequilibrada podemos esperar “tudo”. Nem que “tudo” tenha começado com um momento de desvario em que a “criatura” resolveu atacar-me telefonicamente, numa chamada telefónica que, afinal, até fui eu quem pagou. Livra. Nunca tinha pensado que teria de pagar para ser ameaçado.Se me acontecer algo, já sabem quem foi: foi a “criatura” cujo nome não pronuncio.

quinta-feira, 1 de março de 2007

A ausência traz problemas

Nem acreditei quando verifiquei que a última vez que escrevi aqui foi no dia 16 do mês passado!?!
É verdade que tenho tido muito que fazer, muito trabalho, muitas horas gastas em labor, menos tempo para visitar este espaço, etc.
Mas também é verdade que tenho uma responsabilidade: criei este espaço, dou-lhe alimento, há pessoas que o procuravam com regularidade - algumas ainda o fazem. Não tenho o direito de "cortar" este hábito. Saudável, aliás!
Tenho - sempre tive - muito prazer em escrever, gosto de me esforçar por aplicar bem as palavras certas. Sei que tenho muito que aprender ainda no domínio da letra e da palavra. Mas sei também que me expresso com facilidade, normalmente sem erros graves de gramática ou outros.
Outra verdade: nos últimos tempos têm sido tantos os assuntos que me têm prendido a atenção que não consigo ter tempo para escolher assunto adequado: há o parecer do Conselho Económico e Social sobre o QREN, há o PEASAAR ( Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais), há a Feira de São Matias, o Festival de Gastronomia "Sabores do Tejo", a nova unidade hoteleira que vai surgir em Abrantes e a polémica com o Hotel de Turismo a proósito da decisão tomada de vender os terrenos para o novo hotel a 1,25 Euros cada metro quadrado, o mal-estar que se vive novamente nos Bombeiros com a promoção de um soldado do quadro de honra (não tem 1 ano recente no activo, está no quadro de honra há 3 anos) a Bombeiro de 1ª (parece que é assim), associado à recusa em pagar almoço aos bombeiros que estão 6, 7 e às vezes 8 horas em serviço externo, ao mesmo tempo que outros recebem quilómetros de casa para o quartel e vice-versa, há ainda a última Assembleia Municipal, as eleições no CDS-PP de Abrantes (lista única de alguém que não menciono, por razões de higiene pessoal), a crise na Câmara de Lisboa, o anúncio de Paulo Portas de hoje à noite (regressa/não regressa?), enfim, tantas coisas interessantes...
Ainda poderia acrescentar o comunicado do PSD distrital sobre saúde (centros de saúde e rede de urgências), o rescaldo do referendo sobre o aborto...
A juntar a toda esta panóplia de situações, ainda estive fora de Abrantes e de Portugal na altura do Carnaval, numa viagem familiar alargada.
A ausência traz problemas. A minha ausência deste blog atrasou muitas reflexões que, em circunstâncias normais, já teria feito. Vou tentar reassumir assiduidade e regularidade. Por gosto, por opção, por sentido de responsabilidade