segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Ainda as Finanças em Rossio ao Sul do Tejo

Andava à procura de um documento no meu arquivo quando encontrei um texto, redigido pelo Sr. Manuel Maurício, conhecido socialista - e meu amigo desde o tempo em que fomos ambos líderes concelhios das "jotas", eu da JSD, ele da JS - e homem que gosta de estar sempre por dentro dos acontecimentos.
Como homem do Rossio que é, fez publicar um texto no Mirante, em 17.07.2003, num momento em que o Governo era liderado pelo Dr. Durão Barroso, após a vitória do PSD nas eleições legislativas de Fevereiro de 2002 (já lá vão 5 anos!).
Eis o texto, que considero ainda actual:
«A 2ª Repartição de Finanças de Abrantes, localizada na Cidade (Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo), e não nos arredores desta, como afirma o Sr. Director de Finanças do Distrito de Santarém, vai ser encerrada. Porquê? Ninguém explica.
O referido responsável disse ao jornal Primeira Linha, que se na Capital de Distrito não existem duas repartições, em Abrantes também não se justifica que tal aconteça. Se é só por isto, o argumento não convence. Mais, devemos então partir do pressuposto que as directivas lançadas, ao tempo, pelo governo do PSD estavam erradas, quando propunham que também em Tomar e Santarém houvesse desdobramento destes Serviços.
Deduzo pelas afirmações do Sr. Director que na altura tal não aconteceu, apenas e só porque em Tomar e Santarém houve inércia na execução dessas mesmas directivas.
Como podemos acreditar que as medidas, agora preconizadas são as melhores no que concerne à prestação de mais qualidade e eficácia, na prestação de serviço/atendimento, que estão obrigados a prestar aos Cidadãos? Em que medida contribui tal acção, para a tão propalada modernização na Administração Pública?
Todos sabemos, foi recentemente transferida de edifício municipal, a 1ª Repartição para um edifício alugado (quanto custará ao erário público mensalmente?). Sendo que este terá sido dimensionado para albergar os funcionários que ali exercem funções como se irão agora encaixar mais pessoas, no mesmo espaço? E estará a área do público em condições de receber mais utentes de forma condigna? Não acredito. De acordo com constatação que fiz, quando ali me desloquei, recentemente.
Mais obras de adaptação, mais dinheiro dos nossos impostos a ser gasto, sabe-se lá a que propósito, serão a solução a adoptar? Serão respeitadas todas as regras de segurança e higiene no trabalho a que a lei em vigor, obriga?
Para uma boa gestão de recursos é fundamental que primeiro, se pense nas pessoas e nas condições que lhes vamos oferecer, para executarem as suas tarefas.
Precisamos também de saber quanto, gastaram os nossos governantes na aquisição do espaço que ao que parece vai ficar, brevemente, devoluto. E que futuro terá? Como recuperarão o investimento feito? Estou convicto que os Cidadãos merecem mais e melhores explicações, sobre este assunto. Quem as dará?
Como nota final, quero só recordar que foi na vigência e por directivas emanadas de um Governo do PSD que a 2ª Repartição de Finanças foi instalada na nossa Cidade. É caso para dizer: O PSD a deu, o PSD a tirou e como diz o Povo: “Quem dá e tira, vai para o Inferno.” Por isso, estes Senhores que se cuidem...»
E agora, Manel? A Repartição, com o PS no Governo, está a funcionar onde? Não é verdade que ainda poderia ter ficado onde estava? Nao é verdade que este Governo, socialista por sinal, não ligou a mínima às palavras do socialista de Abrantes?
Reflexões sobre isto ficam a cargo de cada um. Em política, não de pode ser nem populista, nem demagogo e aqui, o Manel - que é até é pessoa séria - abusou um bocado de "partidarite aguda".
Ainda bem que encontrei o texto, no baú dos meus arquivos. É sempre bom ter arquivos…

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Notícias Contraditórias

Ando para colocar este post aqui desde há uns dias. Agora falta-me o tempo para manter este espaço actualizado. Esse tempo há-de regressar, assim o espero.
Bom, voltando ao assunto do tema: notícias contraditórias publicadas no mesmo dia; pelo menos o título.
Por seu lado, o Diário Económico do mesmo dia (foi há uma semana) trazia uma notícia que se chamava Despesa com medicamentos sobe 6,7% no último trimestre de 2006.
Serão ambas verdadeiras mas criam confusão a quem as lê.
Qual o sentido? Quem é mais pró-Governo? Quem pretender "doirar a pílula"?

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Exemplo em Odivelas

São já decorridos mais de 4 anos desde que fui proponente, em reunião de Câmara Municipal de Abrantes, de uma medida de amplo alcance: horários da Biblioteca Municipal António Botto alargados, servindo melhor a população.
Os "lobbies" de alguns funcionários levantaram sempre mil e um obstáculos, procurando que os horários os sirvam melhor a eles do que aos utentes.
A Câmara Municipal já não encerra o atendimento à hora do almoço, nem o Centro de Emprego, nem o Centro de Saúde, nem os supermercados (as médias superfícies), nem muitos outros serviços que compreendem que só existem porque e enquanto há utentes que os procuram.
Hoje, o meu amigo João Miguel Salvador chamou-me à atenção para uma peça jornalística que vem publicada na edição de hoje do DN, que tem como título: Biblioteca aberta à noite facilita vida a estudantes.
Dado que "o pior cego não é o que não vê, é o que não quer ver" e de modo a facilitar a vida aos leitores, hoje não deixo apenas o link - transcrevo mesmo toda a notícia, com a devida vénia a Nuno Miguel Ropio, o jornalista. É, talvez, por estas razões que ficamos mal classificados nos estudos que os jornais e revistas fazem sobre Abrantes, com mais ou menos razão.
Cá vai:
«Requisitar livros, ler jornais, navegar na internet, realizar trabalhos de grupo ou estudar, durante a noite, numa biblioteca que não siga o horário padronizado da maioria dos espaços públicos dedicados à leitura e ao estudo. Tudo isto é possível na "Biblioteca Fora de Horas", em Odivelas, que nasceu após a adptação às novas funções da zona do bar da antiga biblioteca D. Dinis. De segunda a sábado, as portas abrem pelas 10 horas mas nunca encerram antes da meia-noite.
A partir das 22 horas torna-se difícil estacionar no pequeno parque dedicado aos utilizadores do equipamento. E mais complicada e prolongada se afigura a espera para quem tenta conseguir uma mesa ou uma cadeira, tal é a enorme adesão de jovens a este espaço, inaugurado em Setembro de 2006. Uma situação principalmente acentuada durante as épocas de exames nas faculdades.
Tânia Fernandes, estudante e uma das frequentadoras mais antigas, já conhece bem a dinâmica e os funcionários do espaço. Em média, aguarda cerca de hora e meia até conseguir um lugar. "Deveriam colocar mais mesas porque tirando o Ágora, em Lisboa, que está a abarrotar, não há nada na capital e os jovens caem aqui em peso", admite a jovem, de 24 anos. Junto a Bruno Tavares, que pela primeira vez se desloca à 'Fora de Horas', garante "Tenho amigas de Setúbal que vêm para aqui em vez de ir para o ISEL (Instituto Superior de Engenharia)". "Aqui estou perto de casa", confessa, por outro lado, o estreante, com exame marcado para dentro de uma semana.
O silêncio que impera apenas é interrompido pelo barulho que sai da cafetaria, também com um horário nocturno. No piso inferior, onde se situam os livros, a calma é maior devido aos poucos requisitantes.
Segundo Fernanda Franchi, vereadora da Educação da câmara de Odivelas, tendo em conta a disponibilidade horária dos técnicos da biblioteca, o investimento no local foi mínimo e o núcleo daquele espaço na Pontinha será o próximo a contar com um alargamento nos horários de funcionamento, ainda este ano. "Estes locais servem como uma ferramenta para o sucesso escolar e que há muito eram pedidos pelos nossos estudantes", garante a responsável
A nossa Biblioteca está no Centro Histórico, reúne condições para ter um alargado período de funcionamento, em termos logísticos e de recursos humanos (Tomar tem metade ou menos dos funcionários e está aberta à hora do almoço) e está ainda mesmo ao lado do Politécnico.
Merece a pena dizer mais do que isto?

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Soltas

Manuel Maria Carrilho renunciou ao seu mandato de vereador na Câmara Municipal de Lisboa, alegando dificuldade de conciliação com as suas funções enquanto deputado à Assembleia da República.
Alguém sentiu que houve nessa atitude alguma grande surpresa?
Por certo que não. Desde há muito que no PS de Lisboa se vivem dias difíceis, de relações difíceis entre dirigentes, com muitas palavras ditas e escritas, muitas tomadas de posição, muita falta de solidariedade. Acresce que nunca achei que o senhor-marido-de-Bárbara-Guimarães-e-pai-do-Dinis se aguentasse muito tempo numa tarefa ingrata como é aquela de ser-se oposição num Município.
A jornalista Ana Marques, numa entrevista à GQ diz que não exclui a possibilidade de concorrer a Presidente da CML. Hoje, na Tertúlia Cor-de-Rosa, na SIC, disseram mesmo que se ela concorrer, o Carrilho poderia desistir já, porque iria perder novamente. Claro que era a brincar mas será que o Professor levou a coisa a sério e resolveu desistir após o programa?
Aos poucos a vida em Lisboa volta à normalidade.
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Entretanto, o Presidente da República iniciou uma importante visita de Estado à Índia. A API chamou à visita "Uma Ponte para o Futuro". O Diário Económico está a efectuar uma notável cobertura desta visita e das oportunidades que da mesma podem surgir. A edição de hoje já deu conta disso e ao longo dos próximos dias recomendo uma leitura aos mais interessados no assunto.
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Entretanto, a CRIL passa de 60 milhões de euros para 100 milhões de euros e o Túnel do Rossio aumenta 7,5 milhões.
Parece que não é só Lisboa que volta à normalidade. É o país. Todo!
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Entretanto, o Ministro das Finanças afirma que quer que Paulo Macedo continue a tratar da máquina fiscal mas que não pode pagar mais do que o vencimento do PM.
À cautela, Paulo Macedo encomendou esta tarde uma missão de acção de graças pela DGCI e pelos seus funcionários. Curioso, não?
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Por cá, continua o Congresso da Cidadania.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Cansaço...

...físico. Não cansaço emocional ou intelectual. É assim que me sinto.
Disseram-me nos últimos dias, recorrentemente, que têm estranhado a ausência de alguns posts aqui neste espaço. Não admira!
A verdade é que tenho andado muitíssimo ocupado e com pouco tempo para reflectir. Nem sequer tenho dedicado atenção à agricultura, nem ao desporto.
A nossa vida, de tempos a tempos, muda e às vezes implica abdicarmos de alguma(s) coisa(s) para obtermos outra(s) em troca.
Sinceramente, espero que seja compensador. Pelo menos, gratificante é.
Com tudo isto, hoje nem sequer estava em Abrantes para ir à apresentação do GabInvest (uma ideia que apresentei em plena campanha eleitoral de 2005, note-se, embora um pouco mais ambiciosa e estruturada do que esta estrutura que agora surgiu, ainda assim uma evolução da maioria socialista em Abrantes...), nem sequer para a minha habitual partida de futebol no pavilhão da D. Miguel de Almeida.
Cheguei há pouco a casa. Sentei-me por uns instantes, vi a mailbox e vim aqui postar, com saudades e com vontade.
Inté...

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Fotos de um Sérvio










As duas primeiras não sei mas a última é de um tal Ivan Minic e há centenas de belas fotos neste site: http://my.opera.com/SerbianFighter/albums/show.dml?id=39696.
Boa navegação.

Feliz 2007

Bom Ano de 2007, o melhor possível para todos. São votos que formulo sabendo que, no final do ano, no balanço que vier a ser feito, iremos concluir que houve coisas negativas. É sempre assim, é inevitável.
Palpita-me que 2007 vai ser um ano muito fértil em acontecimentos, no Mundo, na Europa, em Portugal, em Abrantes. A vários níveis, desde o sócio-económico, ao desporto, à cultura, à política...
Sinto - sinto mesmo - que muitas coisas impactantes vão acontecer.
Por cá, saliento aquilo que pode vir a ser uma boa iniciativa, entre 5 e 20 de Janeiro, com o Congresso da Cidadania, cujo programa pode ser visto aqui.
Começo a ter menos tempo para reflectir e escrever o que penso, sinto e registo da minha vivência quotidiana. Os acontecimentos têm sucedido a velocidade alucinante, nem me dando espaço para pensar, reflectir e agir.
Ainda bem!
Olhem, e mais uma vez: Feliz 2007!