quarta-feira, 31 de agosto de 2005

O princípio das escolhas

E pronto. Faltam apenas 39 dias para as eleições autárquicas.
Ainda não existe sorteio de ordenação das listas candidatas nos boletins de voto.
O Tribunal de Abrantes só ontem deu por findo o processo de formação de listas. O CDS, que tinha manifestado vontade de concorrer a 4 freguesias, afinal, não conseguiu juntar gente suficiente para concorrer na principal freguesia do concelho: São Vicente.
Concorrem a Tramagal, Alferrarede e São João. Vale o que vale. Respeite-se!
A CDU concorre a 14 freguesias. O Bloco de Esquerda também se fica por poucas: São Vicente, São Facundo e Rossio ao Sul do Tejo.
Só PS e PSD concorrem a todas. Um sinal claro que quem está neste processo para disputar a vitória final.
Sinto um grande descontentamento das pessoas relativamente ao poder vigente. Sinto-o e espero que esse descontentamento se materialize em algo de positivo para a candidatura em que estou envolvido.
Sinto, sobretudo, que Abrantes merece experimentar outro caminho, outro modelo.
A equipa de pessoas que reuni enche-me de orgulho. Não o digo apenas porque estamos em época de eleições. Não! De facto, estou mesmo orgulhoso. Gente boa, gente capaz, gente de trabalho, gente inteligente e criativa, gente de muitas profissões, mais e menos novos, mulheres e homens, raparigas e rapazes, ricos e menos afortunados, enfim, uma lista de quase quinhentas pessoas que são bem o espelho da nossa comunidade.
Em Abrantes, vota-se muito por tradição. E o "punho fechado" está muito enraizado. Felizmente, começa a deixar de estar e muitas são as pessoas que sempre votaram no PS que afirmam ir mudar, pela primeira vez, a sua posição.
Na nossa equipa, se vencermos, cumpriremos o mandato na íntegra.
Não sei quantos cabeças de lista à Câmara Municipal podem afiançar que o farão. Mas não é eticamente aceitável que alguém entenda concorrer e, ao cabo de alguns dias ou meses, em caso de hipotética vitória, abandone as suas funções e deixe um nº2 que as pessoas não escolheram a liderar o concelho. Seria um logro, uma fraude. Em eleições autárquicas, de grande proximidade entre eleitos e eleitores, quem vota escolhe, sobretudo, pessoas. Não podem ficar quaisquer dúvidas de que, votando em mim ou em Nelson Carvalho, quem quer que vença, deve cumprir o seu mandato até ao fim.
Quem votar em mim, vota também na minha equipa mas não está a escolher o José Moreno para Presidente da Câmara.
Do mesmo modo, quem votar em Nelson de Carvalho não pode estar a votar, afinal, no Albano Santos.
É preciso clarificar este aspecto e não podem ficar dúvidas por esclarecer. As pessoas de Abrantes merecem este esclarecimento.
Alguém tem receio de dar uma palavra clara, inequívoca, simples e directa sobre o que pretende fazer após o dia 9 de Outubro, em caso de vitória?
EU FICO!
Digam lá os outros como é ou como será.

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