quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Exemplo em Odivelas

São já decorridos mais de 4 anos desde que fui proponente, em reunião de Câmara Municipal de Abrantes, de uma medida de amplo alcance: horários da Biblioteca Municipal António Botto alargados, servindo melhor a população.
Os "lobbies" de alguns funcionários levantaram sempre mil e um obstáculos, procurando que os horários os sirvam melhor a eles do que aos utentes.
A Câmara Municipal já não encerra o atendimento à hora do almoço, nem o Centro de Emprego, nem o Centro de Saúde, nem os supermercados (as médias superfícies), nem muitos outros serviços que compreendem que só existem porque e enquanto há utentes que os procuram.
Hoje, o meu amigo João Miguel Salvador chamou-me à atenção para uma peça jornalística que vem publicada na edição de hoje do DN, que tem como título: Biblioteca aberta à noite facilita vida a estudantes.
Dado que "o pior cego não é o que não vê, é o que não quer ver" e de modo a facilitar a vida aos leitores, hoje não deixo apenas o link - transcrevo mesmo toda a notícia, com a devida vénia a Nuno Miguel Ropio, o jornalista. É, talvez, por estas razões que ficamos mal classificados nos estudos que os jornais e revistas fazem sobre Abrantes, com mais ou menos razão.
Cá vai:
«Requisitar livros, ler jornais, navegar na internet, realizar trabalhos de grupo ou estudar, durante a noite, numa biblioteca que não siga o horário padronizado da maioria dos espaços públicos dedicados à leitura e ao estudo. Tudo isto é possível na "Biblioteca Fora de Horas", em Odivelas, que nasceu após a adptação às novas funções da zona do bar da antiga biblioteca D. Dinis. De segunda a sábado, as portas abrem pelas 10 horas mas nunca encerram antes da meia-noite.
A partir das 22 horas torna-se difícil estacionar no pequeno parque dedicado aos utilizadores do equipamento. E mais complicada e prolongada se afigura a espera para quem tenta conseguir uma mesa ou uma cadeira, tal é a enorme adesão de jovens a este espaço, inaugurado em Setembro de 2006. Uma situação principalmente acentuada durante as épocas de exames nas faculdades.
Tânia Fernandes, estudante e uma das frequentadoras mais antigas, já conhece bem a dinâmica e os funcionários do espaço. Em média, aguarda cerca de hora e meia até conseguir um lugar. "Deveriam colocar mais mesas porque tirando o Ágora, em Lisboa, que está a abarrotar, não há nada na capital e os jovens caem aqui em peso", admite a jovem, de 24 anos. Junto a Bruno Tavares, que pela primeira vez se desloca à 'Fora de Horas', garante "Tenho amigas de Setúbal que vêm para aqui em vez de ir para o ISEL (Instituto Superior de Engenharia)". "Aqui estou perto de casa", confessa, por outro lado, o estreante, com exame marcado para dentro de uma semana.
O silêncio que impera apenas é interrompido pelo barulho que sai da cafetaria, também com um horário nocturno. No piso inferior, onde se situam os livros, a calma é maior devido aos poucos requisitantes.
Segundo Fernanda Franchi, vereadora da Educação da câmara de Odivelas, tendo em conta a disponibilidade horária dos técnicos da biblioteca, o investimento no local foi mínimo e o núcleo daquele espaço na Pontinha será o próximo a contar com um alargamento nos horários de funcionamento, ainda este ano. "Estes locais servem como uma ferramenta para o sucesso escolar e que há muito eram pedidos pelos nossos estudantes", garante a responsável
A nossa Biblioteca está no Centro Histórico, reúne condições para ter um alargado período de funcionamento, em termos logísticos e de recursos humanos (Tomar tem metade ou menos dos funcionários e está aberta à hora do almoço) e está ainda mesmo ao lado do Politécnico.
Merece a pena dizer mais do que isto?

1 comentário:

JSD Odivelas disse...

Caro amigo, é com satisfação que tomei conhecimento da referencia a uma proposta pela qual lutamos e que se concretizou (com sucesso até hoje) apesar de proposta por nos (JSD) que não pertencemos ao partido que lidera em Odivelas.

http://kontacto.blogspot.com/2006_01_01_archive.html