Os dois primeiros meses do ano são, para mim, os piores, os mais tristes, os mais nefastos e nefandos.
Não tenho boas memórias destes meses.
Chama-se a isto um preconceito? Claro que sim. Assumido, definitivamente. Todos temos alguns. Eu tenho outros, muitos outros, mais do que devia e do que gostaria. Mas é assim, inevitável. Todos formamos preconceitos aos quais, só muito dificilmente, poderemos fugir.
A recente campanha sobre a interrupção voluntária do aborto foi disso mesmo um exemplo paradigmático.
Liberalização? Método contraceptivo por regra? Alterações à lei penal? A vida já é vida humana com 10 semanas? Com menos? E com 10 semanas e 1 ou 2 dias? Objecções de consciência dos médicos? Juramento de Hipócrates?...
Um não acabar de questões, assentes em preconceitos que o debate não esclareceu, jamais esclarecerá.
Fico com os meus preconceitos mais simples: não gosto de Janeiro e Fevereiro. Associo-os à tristeza, à frieza, à obscuridade, ao ocaso, ao tortuoso. Neles perdi familiares muito queridos, além do mais.
Não, definitivamente, não gosto de Janeiro e Fevereiro. Estou ansioso por Março!
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