sexta-feira, 25 de maio de 2007

Mário "pateta" Lino

O senhor Mário Lino que, por acaso, ainda vai estando nomeado no Governo de José Sócrates deve ser o ministro mais idiota de que me lembro. Desde sempre!
Vou apenas aos episódios mais recentes, esquecendo a piada sobre as habilitações literárias do Primeiro Ministro ou a sua queda para o iberismo (ainda me estão "atravessadas" mas pronto!).
Ouvi as palavras de Mário Lino na Ordem dos Economistas. Percebi claramente que ele se referiu à margem sul, no seu todo, como um "deserto".
Porquê? Porque falou da OTA como sendo uma zona com 4 mihões de habitantes. Ora, não estando estes na povoação da OTA, referia-se a uma região mais vasta, a norte do rio Tejo. Por contraste, ao falar da margem sul, referia-se, por certo, a toda a zona envolvente de Lisboa.
Logo, dizer que falava do Poceirão e de Rio Frio, em concreto, é hipocrisia e mentira balofa.
Depois, veio o "senador" Almdeia Santos dizer que apoiava a escolha do Governo, por causa da ameaça de terrorismo. Dizia o decano socialista que, se o aeroporto fosse na margem sul e houvesse um atentado terrorista sobre uma das pontes, o sul ficaria cortado no norte. Então, pergunto eu: sendo o aeroporto a norte de Lisboa, e admitindo o mesmo atentado terrorista na mesma ponte, as margens norte e sul não fical igualmente separadas?
Por outras palavras, o que Almeida Santos deu a entender é que subscreve as palavras tontas e insensatas daquele ministro meio "pateta". É que, para o PS, a margem sul do Tejo parece ser mesmo um deserto, apesar de ali residirem perto de 800 mil portugueses, dispersos por territórios como Setúbal, Sesimbra, Palmela, Seixal, Montijo, Barreiro ou Almada. É que não éparece ser importante que os passageiros do eventual aeorporto da OTA pretendam passar para a margem sul. Os dirigentes do PS admitem que todos fiquem em Lisboa ou na margem norte do Tejo. Só pode ser isso. Porque se dinamitarem a ponte, com o aeroporto na OTA, não parece haver prejuízo para o país nem para ninguém porque ninguém quererá passar para o "deserto".
Bom, e como fazemos com o TGV, que atravessa o rio Tejo, na zona de Lisboa, em ambos os sentidos?
Isso parece que não é relevante. O que é relevante é falar de terrorismo para justificar o aeroporto na OTA? Mas estará tudo doido lá para as bandas do Largo do Rato.
Ainda a propósito de aeroporto: o até há 15 dias nº2 do Governo, António Costa, defendia a OTA, sem margem para discussão. O agora candidato à Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, admite discutir o assunto, dado que existe a Portela, blá, blá, blá. Um vilento e nítido golpe de rins, para adequar o seu discurso ao eleitorado que pretende conquistar. A prova provada de que, em política, é muito frequente trocar convicções por conveniências. Neste caso, para alguém que foi "endeusado" como peso-pesado e catalogado como vencedor antecipado, começamos mal. Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo, costuma dizer-se. Aqui, n este caso, é quase o mesmo, se é que me entendem... Sei que entendem.
Por causa destes exemplos é que a política está tão pouco credibilizada.
Por causa destes exemplos é que os políticos são tidos como todos iguais.
Por casua disso é que o povo, que pode estar a começar a ficar farto deste governo, não muda para o PSD, ou para o PCP, o BE ou o CDS.
Porque são todos uns mentirosos, aos olhos de quem vota. E porque, não vendo diferenças significativas (o PSD também defendia a OTA no governo e agora questiona essa opção, um entre vários exemplos) é que, menos mal, vai preferindo a estabilidade e vai concedendo a vantagem ao PS, o mesmo PS que fez disparar o desemprego para números record, que não consegue relançar a economia (cresce menos do que na média da UE, ou seja, continuamos a divergir) e que continua a manter a progressão das carreiras na função pública congeladas (e no dia seguinte admite o oposto!?!).
O mesmo governo que persegue um professor e o coloca suspenso, premiando o ressurgimento dos "bufos", ainda por cima que retratam e se "chibam" sobne coisas que, tudo aponta, podem não ter sido tal como relatadas.
Não há capacidade para digerir tudo ao mesmo tempo. Ninguém consegue processar tantos disparates e tirar daí conclusões objectivas. Não há lucidez para optar. Não há ninguém novo, arejado, visto como sério e à margem deste sistema cheio de vícios e viciados, em que os políticos dos vários partidos deixaram de fazer política para falarem e agirem politiquez.
Porque se houvesse, tudo seria diferente.
Enquanto isso, parece que vamos ter de continuar a assistir às "boutades" do ministro "pateta".
*
Sobre alguns destes assuntos, vejam por favor:
E pronto. Há muito mais mas estes exemplos já chegam.

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