segunda-feira, 10 de julho de 2006

Dentro e fora

Preferi esperar pelo final do Campeonato do Mundo para me pronunciar sobre o mesmo.
Fiquei a sentir-me menos mal com a derota dos franceses. Malditos! E era Portugal que jogava violento e tinha jogadores fiteitros?!? Bem-feito! Tiveram o que mereceram e ainda foi pouco.
Aquele Zidane, cujo génio e talento é enorme, mostrou de que massa são feitos os franceses no futebol.
Portugal cumpriu a sua missão e quase cumpriu um sonho.
No jogo decisivo, contra a francesa, ganhou a imprensa, a mesma imprensa (má) que andava a dizer, por todo o lado, que Portugal jogava futebol pouco ou nada bonito, que tinha jogadores agressivos e que o plantel era formado por uma cambada de fiteiros. Démos bailinho, jogámos bonito, poucas faltas e tirando um ou outro "mergulho" (Postiga, sobretudo) tudo correu bem, menos o resultado. A França, beneficiada pelo árbitro, marcou de penalty (outra vez, tal como ontem com a Itállia). Faltas sobre jogadores franceses nunca ofereceram dúvidas àquele árbitro asiático; faltas sobre Portugal raramente eram assinaladas.
Cristiano Ronaldo não ganhou o prémio de melhor jogador jovem mas mostrou contra a Alemanha e contra o vencedor desse prémio, que foi de facto o melhor.
Enfim, como habitualmente resta-nos o prémio de consolação. E de agradecer ao Scolari e aos atletas, mandando saudades ao Figo e ao Pauleta (que me perdoem mas não percebo porque é que o Nuno Gomes jogou tão pouco...).
Agora, voltemos ao país real e às dificuldades que Portugal atravessa. Ficou o exemplo de superação nas dificuldades, dado pela selecção; assim a generalidade dos portugueses o saiba seguir (o que muito duvido).
O ministro da Economia vai anunciar nos próximos dias a nova vaga de industrialização do país. Portugal industrial é algo de que tenho dúvidas mas pode ser que se consiga arranjar qualquer coisa de novo. Bem precisamos de um novo impulso e todas as acções positivas nesse sentido são meritórias. Precisamos de ganhar músculo interno para ganharamos força internacional; o mesmo que fizeram as selcções de futebol nos últimos vinte anos, com resultados assinaláveis.
Horta Osório é outro exemplo de força internacional. Singrou no grupo Santander, afirmou-se como líder em Portugal do Totta Santander, com quarenta e poucos anos e agora vai assumir a liderança do Abbey National em Inglaterra, um banco com sete vezes mais créditos concedidos que o Totta Santander e três vezes mais funcionários.
Boa sorte! Se bem que a sorte dá muito trabalho a alcançar...

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