quarta-feira, 31 de outubro de 2007

It's good to be back

Meio mês sem escrever aqui?!? Tanto tempo...
Confesso que tenho andado com muita ocupação de tempo. No dia 17 viagei para Angola, em trabalho.
Nunca tinha estado naquela terra linda, de altos contrastes, de riqueza e pobreza, de abastança e privação, de beleza natural e poluição urbana.
Um país enorme, de terra vermelha e ar quente e húmido, um dos países que mais cresce economicamente no Mundo, um dos países de maior potencial, um dos países mais jovens.
Senti-me em casa, encontrei gente conhecida (colegas de faculdade, colegas de trabalho...), conheci gente lá de grande entrega, revi gente da terra.
É fácil, porventura mais fácil pela distância face ao nosso país, encontrar um clima propenso às amizades e a grupos coesos em Angola.
Luanda é uma terra terrível: bonita e caótica. O trânsito nas ruas é absolutamente caótico e os angolanos entendem-se naquela desordem. Encontrar um lugar para estacionar é muito mais difícil do que em Lisboa ou no Porto.
Os restaurantes são, em regra agradáveis. Contudo, caros, muito caros. Comer fora é das actividades mais caras em Angola, sobretudo em Luanda.
Lá fiz novos conhecidos e encontrei possíveis parceiros de negócio.
Ao longo dos dias que lá estive - uma semana - fui recolhendo imagens da paisagem. Aqui ficam umas quantas dessas imagens.


Aqui pode ver-se como o trânsito é denso e cheio de 'taxis' angolanos, as tradiconais Toyota Hiace azuis e brancas, que funcionam como um misto entre o transporte colectivo e o individual. Esta foto foi tirada do BES-Angola e ao cimo da avenida em frente fica o Hospital Josina Machel 'Maria Pia'. O prédio que se vê à direita está a ser feito pelos chineses. A publicidade é ao vinho Grão Vasco do Alentejo e ali, naquele espaço, fica também a Universidade Lusíada de Luanda, a Papelaria Fernandes e as bombas de combustível Galp/Sonangol. Era quase como estar em Portugal...

A mesma zona noutro dia. Vê-se melhor o prédio dos chineses e a zona verde à direita é onde fica a residência oficial do Presidente da República e a do Primeiro Ministro.
Repare-se que não há trânsito porque estavam prestes a passar o PR e o PM. Várias motas, vários carros com militares armados, polícia e militares na rua a impedir o trânsito e os peões de se chegarem à via e, depois, José Eduardo dos Santos haveria de passar dentro de um dos 7 carros iguais (Mercedes topo de gama de vidros fumados) que por ali passaram. Fernando da Piedade dos Santos 'Nandó', se passou, terá sido dentro de um dos 3 Audi que vinham mais a trás. É um aparato e tanto, assistir a este rigoroso desfile.

A baía de Luanda está a ser encurtada. Já se vê a areia a surgir, porque a intenção é avançar com terra pelo mar para fazer uma zona de lazer, pedonal. A baía ficará um pouco mais pequena mas creio que ganhará em beleza. Ao fundo vê-se a ilha de Luanda. O trânsito, como se vê, é sempre caótico.


Luanda é um estaleiro permanente. Em breve ficará cheio de torres gigantescas, é o que todos prevêem. Qualquer edifício de escritórios, como o presente, é vendido ainda em planta, pago no acto, para entrega dois anos depois, a preços muito elevados por cada metro quadrado.
A habitação é igualmente muito cara. O mercado de arrendamento exige entre 12 e 24 meses de renda adiantada e os preços assustam qualquer mortal.


Ao cimo da rua da Missão, fica o largo do Kinaxixe. Como se vê, sempre excesso de carros, em regra bons carros.
Na rua da Missão, à esquerda da foto, fica o Hotel Trópico, onde fiquei hospedado. No Kinaxixe comi no Panqué, um razoável restaurante. mas também fui à Tendinha (na rua da Missão) e à Flor das Ingombotas, nas traseiras da Embaixada de Portugal, por baixo do edifício Peugeot, que era sede do BES-A e agora aloja, entre outras, a Escom Imobiliária.


A dada altura meti-me num Foker 50 e fui a Benguela, em busca de outras oportunidades. Esta vista acima é tirada a partir do 7º piso do Hotel Mombaka. Está um pouco em queda e parece que agora, em Benguela, o melhor hotel é o Praia Morena. As nuves carregadas adivinhavam a chuva que, horas depois, haveria de cair a rodos.
(depois continuo)

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