terça-feira, 6 de novembro de 2007

Eleições PSD Santarém

Faço aqui uma breve pausa no relato da viagem a Angola.
Contudo, os últimos dias têm sido férteis em acontecimentos políticos.
Aceitei o convite para ser candidato numa lista aos órgãos distritais do PSD. Sou candidato a Vice-Presidente da Comissão Política Distrital.
Porquê?
Porque é preciso mudar de dirigentes, de práticas instituídas, a forma como a política é feita. Os partidos estão obsoletos, os dirigentes aburguesados, os mais capazes têm sido sistematicamente afastados nesta ‘política do eucalipto’ que, para crescer, vai secando o terreno em redor. Tenho de dar o meu contributo.
Respeito todos sem excepção. Tenho amigos na outra lista, que prezo e quero continuar a estimar. Gente boa e amiga de Mação, Alcanena, Torres Novas e Entroncamento, entre outros, apoia as listas situacionistas. Respeito mas combato-os democraticamente.
Por vezes há uns franco-atiradores, outsiders, que gostam de se colocar em bicos dos pés e lançar umas granadas de mão para cima dos outros. Paciência. Às vezes a granada rebenta nas mãos e isso é um drama. Deixá-los.
Quero contribuir com trabalho, com ideias, com propostas mas sei que não deveremos excluir ninguém deste processo. Uma vez eleitos, se essa vier a ser a vontade da maioria dos militantes, defenderei que todos têm condições para trabalhar, mesmo aqueles que agora não estiveram do nosso lado.
Os nossos adversários são outros: os demais partidos políticos, a abstenção e o alheamento dos cidadãos. Dentro do PSD podemos ter querelas, às vezes antipatias pessoais mas, no plano institucional, todos merecerão respeito porque todos têm algumas qualidades (assim procuro convencer-me!).
Por isso, os dados estão lançados. Os militantes decidirão como entenderem melhor. Uma coisa é já certa: há 15 anos que o PSD vivia em cinzentismo mitigado, em paz podre forçada. Desta vez muita gente decidiu juntar-se, partilhar, construir, mostrar que existe e tem valor.
Por isso, só por isso, ainda que mais nada aconteça, já valeu a pena. De nada me arrependo.

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