quarta-feira, 17 de maio de 2006

"Vender" Abrantes na A23

Abrantes tem imensos produtos regionais que pode e deve promover. Podemos falar da doçaria, com a Palha de Abrantes e as Tigeladas entre os doces mais famosos.
Mas temos vinho, queijo, mel, enchidos, artigos de artesanato, música, livros, jornais...
Enfim, há muita coisa que podemos vender a quem nos visita ou a quem passa pelo nosso concelho.
Quando as bombas de gasolina da A23, na zona de Alferrarede, ficaram concluídas, recordo-me de ter dito em reunião de Câmara que me parecia importante aproveitar aquele espaço de paragem para "vendermos" Abrantes.
Está ali uma oportunidade de negócio.

Hoje, passados uns anos, fui lá de propósito, para ver o que Abrantes vende a quem ali tem de parar para abastecer a viatura ou o estômago, ou apenas para ir à casa de banho.
Nada, praticamente nada. Apenas vi Tigeladas e na loja de marca "Tasca", ou seja, o restaurante. Na loja das bombas, nada que indicasse estarmos em Abrantes.
Artesanato, era do Norte de Portugal, vinhos apenas os comerciais nacionais, com os alentejanos em destaque, doces só de outras proveniências, livros só aqueles esotéricos e outros falsos-profundos como os do Paulo Coelho.
Enfim, reparei que ninguém ainda tirou vantagem comercial para "vender" Abrantes naquele espaço comercial de eleição e excelência.
Quantas pessoas visitam aquele espaço diariamente? Fazem ideia do concelho onde estão? Sentem desejo de o visitar, de vir ao Castelo, aos museus, à Galeria, de visitar o Centro Histórico, o rio, as ruas, de conhecer melhor esta cidade com 8 séculos de história?
Se é verdade que há um caminho e um esforço privado a fazer, há outro que cabe às associações (Associação Comercial, Tagus, Nersant, entre outras) e outro ainda que cabe à Câmara Municipal e às Juntas de Freguesia.
Ignorar este desafio é perder oportunidades. Na minha modesta opinião...

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