quarta-feira, 14 de março de 2007

3 razões fundamentais

Os dois posts anteriores registaram elevada leitura. É certo que convidei algumas pessoas a lerem este espaço e a pronunciarem-se sobre o que escrevi. E o desafio foi aceite.
Alguns dos que leram o que aqui escrevi poderão perguntar: mas o que é que ele quer? Quer concorrer novamente? E o que é que o move a escrever deste modo?
Primeiro, quero contribuir com o meu empenho cívico para um futuro mais risonho, mais próspero, mais solidário e respeitador dos princípios do desenvolvimento sustentável no meu concelho.
Respondo à segunda pergunta: não sou nem serei candidato. Logo, deixarei de ser vereador em 2009, com 8 anos feitos na oposição. Tive a minha chance. Ou porque não tive qualidade suficiente, ou porque não consegui fazer passar a mensagem que traduzia a minha visão (não só minha, mas de uma vasta equipa), a verdade é que os abrantinos entenderam – e os eleitores entendem sempre bem! – que eu não merecia a oportunidade. Não há mal nenhum nisso nem me sinto diminuído. Dei o meu melhor e continuo a acreditar – mal fora que assim não fosse – que o projecto que defendi era – e é! – melhor para o concelho de Abrantes.
Os do poder usam truques – forte comunicação, propaganda, marketing e apostam largamente em obras de fachada, faraónicas algumas, caras todas. Só são investimento no momento em que se estão a construir; depois disso são uma fonte inesgotável de despesas correntes que aí ficarão como herança. Mas os do poder também são inteligentes e também terão qualidades. Creio que sim. Não sou daqueles que acham que aqui, do lado onde estou, só há virtudes e do outro lado, junto dos nossos adversários, estão os defeitos todos.
O que é que me move a escrever da forma como o faço, era a terceira pergunta acima enunciada?
Porque, no meu contributo cívico, sinto que a minha lucidez, a experiência e conhecimento que tenho do concelho podem ser úteis a uma solução válida de futuro, alternativa ao actual poder desgastado mas que irá, por certo, recandidatar-se a mais um mandato. Nada quero em troca. Só o prazer de ver o actual poder derrotado e de poder ambicionar e sonhar que Abrantes poderá concentrar-se e reencontrar-se, fazendo muito, muito melhor e muito diferente; que Abrantes poderá, então, apostar de modo sustentável em crescimento, desenvolvimento, riqueza, emprego, progresso, crescimento demográfico, não aceitação da actual tendência de interiorização do concelho (migrações, envelhecimento, falta de vigor económico…), assistindo ao regresso dos seus “filhos” rejeitados e enjeitados, aqueles que tiveram de partir para encontrar um horizonte de futuro e esperança que a sua terra não proporcionou.
Como disse, não devemos iludir-nos. Nelson de Carvalho vai concorrer a um último mandato. Porque a lei o permite e porque ele gosta de ser autarca e não aparenta reunir condições – actualmente – para sair daqui. É uma convicção pessoal, só isso. Não vincula nada nem ninguém excepto eu e aqueles que também assim pensem.
Aliás, penso mesmo que na região todos os actuais presidentes de câmara se irão recandidatar, por mais que digam agora o contrário: António Mendes em Constância, Fernando Moleirinho em Sardoal, Saldanha Rocha em Mação, Jorge Martins em Gavião, Irene Barata em Vila de Rei, Luís Miguel Pombeiro na Barquinha, Jaime Ramos no Entroncamento, António Paiva em Tomar (até este) e Moita Flores em Santarém, entre outros.
A lei permite, o QREN está aí e a vontade de deixarem a sua marca (bem ou mal) é latente.

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