Compreendo que o Engº Belmiro de Azevedo meta medo a muita gente. Compreendo os receios de oligopólio nas comunicações se a desblindagem de estatutos da PT tivesse sido aprovada anteontem.
Mas o sinal que o governo deu foi mau demais. Colou-se ao grupo do BES+Berardo+Ongoing e pequenos accionistas (não todos).
Ao assumir o seu voto através da Caixa Geral de Depósitos (não era preciso o Sr. Vara falar para se perceber como se tinha comportado a Caixa), o Estado, representado pelo governo do Engº Sócrates veio dizer que estava contra a desblindagem dos estatutos da PT. Depois, o ministro Mário Lino veio invocar, sem razão de ser e numa atitude patética de nos "atirar areia para os olhos" que a posição do governo tinha sido neutral.
Belmiro de Azevedo já mostrou a todo o Portugal que é empreendedor, dinâmico, criador de riqueza, capaz, competente e um dos melhores empresários que o nosso país já conheceu.
É claro que também tenho alguns receios mas admiro o homem e a obra. Como diz - e bem - Vasco Pulido Valente no seu editorial de ontem do "Público", "Sócrates não se deve agora espantar que ninguém queira pôr um tostão neste seu Portugal tão bem 'blindado' ou que o engº Belmiro resolva amanhã procurar mais verdes pastagens".
É o mais certo, e Portugal ficará a perder com isso. Uma vez mais, embora contente porque os interesses instalados não foram mexidos.
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